Em meu sucinto estudo sobre Neide Freire, pude analisar a sua dedicação pela educação e seu amor pela literatura.
Uma mulher de vasta inteligência, professora, teóloga, escritora e poetisa. Seu conhecimento erudito foi bem mais além de seus livros, pois ela se destacava em todas as áreas as quais exercia com primor e sapiência.
Falar sobre Neide é percorrer num mundo onde a faina se torna aprazível, pois seu labor era assim com esmero e ornado de gratidão para com todos que sempre estavam à sua volta lhe acompanhando no dia a dia da efêmera existência nesse mundo.
Neide Freire era filha de Laura de Oliveira Moreira e de Isaías Moreira. Nasceu em Lavras da Mangabeira no dia 23 de maio de 1924. Nascia ali uma estrela à literatura cearense cujo nome ficou imortalizado nas letras literárias do Brasil.
Seus primeiros professores foram João Augusto Banhos e José Luiz da Silva Ramos. O início de uma trajetória na linha do conhecimento da educação que se tornou cada dia mais fortalecida rumo a um aprendizado infindável.
Aos 08 de dezembro de 1941 diplomou-se Professora Normalista. Em 1969 fez o curso de reciclagem para professores a cargo da Secretaria de Educação do Estado, fez também o curso de Atualização em Literatura Infantil na Academia Cearense de Letras. Em 1986 fez o bacharelado em teologia pela Faculdade Universal de Teologia de São Paulo.
Na vida profissional, em 1942, iniciou no magistério público estadual na cidade de Ibiapina, lecionando no ano de 1947 e em 1948 na Cidade de São Benedito. Em 1949 transferiu-se para Ubajara, onde dirigiu durante 15 anos a Escola de Ensino Fundamental Grijalva Costa. Em 1973 aposentou-se do magistério. Em 1981 ela assumiu a direção do Complexo Educacional Francisco de Oliveira Moura, pertencente ao DNOCS.
Em sua faina literária, Neide Freire escreveu dois livros: Acendalhas (crônica e poesia) 1987 e, Poemas e Lembranças (2008).
Em Fortaleza, foi presidente da Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno no biênio 1992-1994, ocupante da cadeira nº 53, sendo sua patrona a professora Maria Gonçalves da Rocha Leal. Foi coordenadora da Revista Jangada, integrante da Associação de Jornalistas e Escritores do Brasil (AJEB-CE), Academia Lavrense de Letras, Academia Irajaense de Letras (RJ) Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul (RS), União Brasileira de Trovadores (UBT), Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (ALMECE).
Participou de muitas publicações em revistas, antologias e jornais no Estado do ceará e em outros Estados do Brasil. Seu nome é verbete no Dicionário da Literatura Cearense; Dicionário de Mulheres, Ensaios e Perfis, e Cearenses Notáveis. Assim, recebeu diversas medalhas e troféus, inclusive deteve o troféu Mons. Francisco Tarcísio Melo outorgado pela prefeitura de Ubajara em 2001. Em 2004 como reconhecimento por seus méritos, no Dia Internacional da Mulher foi homenageada pela Assembléia Legislativa do Ceará.
Neide Freire faleceu em 10 de maio de 2018 aos 94 anos de idade por causa do diabetes. Além dos 11 filhos, ela também deixou um grande legado para a literatura cearense e do Brasil, mas sua estrela continuará a brilhar eternizada no mundo das Letras.
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