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Ubajara celebra a fundação da Academia de Letras e Artes

Monique Gomes

Monique Gomes é filha de José Vidomar Gomes e Maria de Lourdes da Silva Gomes. Tem formação em Turismo, Letras/Língua Portuguesa, pós graduação em Educação à Distância e as Novas Tecnologias. 

Trabalhou como redatora e diagramadora no Informativo O Senhor da Canoa, revista impressa de Edmundo Macedo. Fundou e editou dois jornais nas versões impressa e online: Folha Ubajarense (na cidade de Ubajara-CE) e Portal da Imprensa (na cidade de Acaraú-CE).

Produziu conteúdo para grandes empresas, como: Rock Content, Mutant, Simplus, Hotmart, Nortel, Movidesk e outras. Recebeu menção honrosa na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará por meio da Academia Ubajarense de Letras e Artes.

Atua como jornalista freelancer, repórter, copywriter, criativa de pautas, analista de marketing e tem planos de iniciar carreira como escritora biográfica. Escreve para a Revista Digital Blog da Monique.

Edmundo Macedo — por Monique Gomes

Edmundo Macedo, Modesto Alcântara, Ana Lúcia Alcântara, Monique Gomes e Carlos Miranda (in memoriam).
Edmundo Macedo (in memoriam), Modesto Alcântara (in memoriam), Ana Lúcia Alcântara, Monique Gomes e Carlos Miranda (in memoriam).

Edmundo Macedo, filho de Bhaé Macedo e Francelina de Oliveira Lima, nasceu no dia 20 de novembro de 1923, em Ubajara, Ceará.

Ainda não havia escolas na vila e, por isso, muitos ubajarenses aprendiam o bê a bá em casa, com a professora Maroca Perdigão.  

Em um aniversário marcante, aos 11 anos, Edmundo recebeu um presente especial da querida professora: uma cartilha com capa de papelão. 

Ele carregava um profundo amor pela vida e pelas pessoas que cruzavam seu caminho. Prova disso é que guardou a cartilha para sempre como símbolo de gratidão e carinho pela professora.

“Pela ternura, modéstia e sabedoria que caracterizam sua pessoa, receba do seu mimoso onde moras, rodeada de anjos, um beijo deste seu aluno, já com 71 anos e oito meses de existência” — declarou, por escrito, o aluno aplicado.

A criança de outrora traçou sua jornada entre os corredores do Seminário Dom José Tupinambá da Frota, em Sobral. 

Mas, como um pássaro que anseia por horizontes mais amplos, Edmundo alçou voo para São Paulo, cidade de promessas e desafios. 

Nos intrincados caminhos urbanos, semeou os votos sagrados de uma união terrena, colhendo, assim, os frutos da paternidade: três filhos que iluminaram a sua existência.

Mesmo longe, em meio aos cenários ruidosos da grande São Paulo, o coração de Edmundo permanecia sintonizado com o pulsar tranquilo de Ubajara.

Dessa forma, decidiu transformar a saudade em uma obra tangível e afetuosa por meio d’ O Senhor da Canoa”. Uma revista impressa onde as páginas eram como barcos navegando pelas memórias de um homem apaixonado pela terra natal.

Em cada edição, Edmundo tecia narrativas que desenhavam os contornos familiares, os aromas das ruas conhecidas, as festas da sua mocidade e as vozes que ecoavam pelas paisagens que tanto amava. 

A revista tornou-se não apenas uma celebração à Ubajara, mas um laço que unia corações distantes, uma ponte de nostalgia entre a metrópole pulsante e a quietude do interior.

Ubajara florescia nas páginas da revista, reavivando não apenas lembranças, mas a própria essência da cidade que se tornou o coração de Edmundo Macedo.

Assim, Edmundo Macedo se transformou em um verdadeiro embaixador do amor à Ubajara, deixando um legado de gentileza e generosidade para as gerações futuras.

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