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Ubajara celebra a fundação da Academia de Letras e Artes

Melissa Vasconcelos Gomes

Melissa Vasconcelos Gomes é escritora, poeta, autora do livro “Flores Mortas do Sertão” (Editora Penalux, 2022) e mediadora ou professora de oficinas de escrita literária.

Em 2020, no auge da pandemia, começou a usar as redes sociais como principal meio de trabalho, tendo publicado poemas em revistas independentes nacionais e internacionais de Literatura, além das produções independentes feitas, como os é-zines, livros digitais, e os fanzines, livros artesanais confeccionados de maneira 100% manual.

É fundadora do Crauá Coletivo, com iniciativas voltadas à união de artistas cearenses. Iniciou seus estudos como universitária ingressa no curso de Letras, mas migrou de área e hoje é acadêmica de Direito.

Dário Macedo — por Melissa Vasconcelos

Deslindo, por meio desta comunicação, meu objetivo de ocupar a cadeira pertencente ao imortal Dário Macedo, cujo propósito é fomentar o cuidado pela preservação e propagação da cultura e história de Ubajara, localidade que o mencionado patrono nasceu e decidiu aderir como berço de sua existência.

Outrossim, destaca-se que o autor em questão não somente é filho de Ubajara, como também é filho de pais ubajarenses. A consecução do reconhecimento como ocupante da cadeira nº 19 na Academia Ubajarense de Letras ronda-se de singular importância, lapidada por diversas indagações.

Primeiramente, é preciso ressaltar que Dário Macedo não articula a tessitura de seu legado somente voltada à escrita, tendo publicado os livros “Mocidade e civismo”, “Política, nem sempre” e “Do alto da torre”, mas também direcionada ao jornalismo, à vista de que o patrono fez-se um ilustre jornalista, e, com certeza, é uma grande referência em ambas as áreas para o município de Ubajara e para o Estado do Ceará, fitando aquilo em que se propôs atuar durante a vida.

Nesse sentido, o filho jornalista de Edgar Brito Macedo e Guimar Costa Macedo fundou jornais em Ubajara e em Fortaleza, tais sejam “Águia de Haia” para o colégio Rui Barbosa e “O Planalto” que circulou na região ibiapabana. Além disso, foi correspondente dos jornais ubajarenses “Correio do Cerá” e “Unitário” e do jornal originalmente carioca “Diário de Notícias” quando residiu em Fortaleza.

Por fim, exerceu chefia da Casa Civil do governo de Plácido Alderaldo Castelo entre os anos de 1966 a 1971. Em memória de toda a sua contribuição e seu legado para a cultura ubajarense, faço-me honrosa e responsável a representá-lo durante os anos em que estarei membra da cadeira de número 19 da Academia Ubajarense de Letras e Artes.

No que condiz à minha ocupação da referida cadeira, fito a obstinação de ampliar a disseminação de trabalhos de produção literária significativa, englobando obras como livros, artigos e ensaios que abordam temáticas relevantes para a literatura cearense, assim como a articulação de movimentos de oficinas de escrita criativa e de leitura que possam alimentar o cultivo ao contato literário para os cidadãos ubajarenses.

O foco é explorar a vasta herança cultural da região, visualizando a edificação de um trabalho digno de destaque não apenas pela excelência literária, mas também pela dedicação à promoção da literatura e cultura local.

Comprometo-me, enquanto escritora e filha de Ubajara, a articular o crescimento da Produção Literária Local, observando a Academia como um veículo propulsor que funcionará impulso e base para escritores locais, evidenciando que o empenho à literatura e cultura regional é não apenas valorizado, mas também recompensado.

O resguardo e a manutenção da história da Literatura Ubajarense e Cearense, acoplado ao trabalho conjunto dos membros da academia, com certeza, deverá pavimentar e solidificar o caminho para que os novos e futuros profissionais das artes e da literatura consigam promover os seus trabalhos e brilhar a sua estrela da melhor maneira possível. O primeiro passo para o alçar de voos de um profissional vem em saber de onde se origina e em ser reconhecidamente ajudado pelos seus dentro do seu ambiente de partida.

Portanto, ao ocupar a cadeira nº 19 na Academia Ubajarense de Letras e Artes, disponho minhas energias a honrar o legado de Dário Macedo e reconheço a contribuição atemporal de um escritor e jornalista que por muito engrandeceu a cultura ubajarense e cearense. Em finalização, a posse hoje concretizada estreitará os laços entre a população ubajarense e suas origens culturais.

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