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Ubajara celebra a fundação da Academia de Letras e Artes

Revista de Entretenimento

Nicollas José Aguiar Costa

Nicollas José Aguiar Costa, natural de Ubajara-CE, filho de Fernando Pereira Costa e Ana Aguiar Teixeira Costa, é engenheiro civil pela FB-UNI-Universidade Farias Brito. Além disso, é especialista em Cálculo Estrutural e Georreferenciamento pelo INCRA. Em 2017, teve uma publicação literária na antologia poética pela Editora Vivara Nacional, no Concurso Nacional de Novos Poetas — com cooperação de Genuíno Sales. Acadêmico na Acadêmica Cearense de Letras, cadeira nº 09.

Raimundo Magalhães Júnior

Raimundo Magalhães Júnior, nascido em Ubajara, CE, em 12 de fevereiro de 1907, e falecido no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1981, foi jornalista, biógrafo e teatrólogo.

Filho do jornalista Raimundo Magalhães, conhecido pelo Vocabulário popular publicado em 1911, iniciou seus estudos em sua cidade natal e posteriormente em Campos, transferindo-se aos 17 anos.

Nessa cidade, estudou humanidades e começou sua carreira no jornalismo na Folha do Comércio, onde se tornou redator-chefe antes de mudar para o Rio de Janeiro em 1930.

Desde 1927, Raimundo escrevia peças de teatro e contos, tendo lançado seu primeiro livro de contos, “Impróprio para menores”, em 1934 pela Editora Record. Na imprensa carioca, contribuiu como secretário da “A Noite Ilustrada”, integrou o grupo fundador do “Diário de Notícias”, dirigiu as revistas “Carioca”, “Vamos Ler” e “Revista da Semana” e foi redator de “A Noite” a partir de 1930.

Como correspondente no exterior, cobriu a Guerra do Chaco no Paraguai a convite do jornal “A Noite”. Em missão jornalística, passou três anos nos Estados Unidos, colaborando com veículos renomados. Retornando ao Brasil, participou da redação da revista “Brazilian-American”.

Quinto ocupante da Cadeira 34 na Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 9 de agosto de 1956 na sucessão de D. Aquino Correia e recebido pelo Acadêmico Viriato Correia em 6 de novembro de 1956. Durante sua trajetória, recebeu os Acadêmicos Dinah Siveira de Queiroz e Jorge Amado.

Na política, assinou o Manifesto da Esquerda Democrática, que posteriormente deu origem ao Partido Socialista Brasileiro. Foi eleito vereador à Câmara do Distrito Federal em 1949, sendo reeleito em 1954.

Como autor teatral, escreveu mais de trinta revistas, comédias e peças dramáticas, destacando-se títulos como “Carlota Joaquina”, “O imperador galante”, “Vila Rica”, “Canção dentro do pão” e “Essa mulher é minha”.

Raimundo foi membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e seu diretor desde 1959 até o seu falecimento.

Além de sua atuação na literatura e teatro, foi conselheiro do Serviço de Defesa do Direito Autoral, participando de congressos internacionais e sendo o primeiro presidente da Associação Brasileira de Tradutores.

Raimundo Magalhães Júnior recebeu diversos prêmios literários, como o Prêmio do Serviço Nacional do Teatro em 1940, o Prêmio Brasília de Literatura em 1972 e o Prêmio Juca Pato em 1974. Antes de ingressar na ABL, conquistou os Prêmios Artur Azevedo (teatro), José Veríssimo (ensaio e crítica), Carlos de Laet (crônica) e Sílvio Romero (ensaio).

Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, também foi sócio correspondente dos Institutos Históricos e Geográficos de São Paulo e do Ceará.

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