Enfermeira Ratched é inspirada na vida real?

A enfermeira Ratched (2020, Netflix) é lendária: ela está na quinta posição na lista do American Film Institute dos 100 maiores vilões de todos os tempos (depois de Hannibal Lecter, Norman Bates, Darth Vader e a Bruxa Malvada do Oeste). Não é pra menos. Assim como no filme de 1975 e no livro de Ken Kesey de 1962 (abaixo) no qual foi baseado, ela é cruel: aplica terapia de eletrochoque e lobotomias como retribuição até mesmo pelas menores infrações. É importante lembrar que, embora seus métodos sejam grotescos, na maioria das vezes ela estava operando dentro do que a medicina entendia ser os parâmetros de tratamento de doenças mentais na época. Quem é a enfermeira Ratched? A atriz Sarah Paulson dá vida a Mildred Ratched. O ano é 1947. Ratched começa a trabalhar em um hospital psiquiátrico no norte da Califórnia, onde seu comportamento externo “desmente uma escuridão crescente que há muito arde dentro de si, revelando que verdadeiros monstros são feitos, não nascidos”. A fotografia, o figurino e a trilha sonora da série são impecáveis. Na tentativa de humanizar Mildred Ratched, a história a apresenta como uma mulher empática e muitas vezes horrorizada com os maus-tratos dos pacientes, onde lobotomias, hidroterapia e outros procedimentos extremos são prescritos em excesso. Simultaneamente, também a mostra usando os mesmos procedimentos, bem como todas as formas de manipulação e sabotagem. Mais tarde, quando fica implícito que o comportamento dela é resultado de um trauma de infância, a mensagem fica um pouco confusa. Como Ratched se conecta ao filme Um Estranho no Ninho? Ratched é uma série Netflix que serve como história de origem para a icônica Enfermeira Ratched, de “Um Estranho no Ninho”. Os episódios exploram o passado de Mildred Ratched, mostra como ela se transformou na figura fria e autoritária do filme. Quem revelou a localização de Mildred para Edmund? No final da primeira temporada de Ratched, Edmund descobre a localização de Mildred no México. Embora não seja claro quem revelou o esconderijo de Mildred, a série sugere que a Enfermeira Bucket pode ter compartilhado informações com Louise, ou talvez Charlotte Wells, uma amiga de Edmund. Essa revelação configura um suspense para a segunda temporada. Qual é o significado do massacre das enfermeiras em Chicago na série Ratched? O massacre das enfermeiras em Chicago, cometido por Edmund, é descrito como um “tributo” a Mildred. A série deixa em aberto se há uma pista escondida no massacre ou se é apenas uma demonstração do comportamento assustador e violento de Edmund. Chicago pode ter um significado especial para Mildred, ou o massacre é um ato de terror dirigido a ela. Por que Edmund está atrás de Ratched em Ratched? Edmund persegue Mildred porque se sente traído. Apesar de Mildred tentar salvá-lo da pena de morte e ajudá-lo a escapar de um destino cruel, Edmund acredita que sua irmã o traiu e, portanto, busca vingança. O relacionamento entre os irmãos é bastante complexa. O que aconteceu com a eleição para governador na série Ratched? O governador George Wilburn, retratado como um tirano sanguinário, foi eleito novamente. A série apresenta o comportamento cruel de Wilburn e a execução pública na cadeira elétrica como estratégias políticas, levantando questões sobre o impacto de seu governo. Por que Charlotte resgatou Edmund e por que ela ainda está com ele? Charlotte Wells resgatou Edmund e ainda está com ele devido ao trauma e às suas personalidades divididas. Apesar de suas personalidades estarem em conflito, Charlotte acredita que pode “tratar” Edmund. A ligação com ele é complexa, envolve questões emocionais e psicológicas profundas que serão exploradas depois. O Hospital Estadual Lucia ainda está funcionando em Ratched? O Hospital Estadual Lúcia continua operando apesar dos graves incidentes que ocorreram, incluindo suicídios, mortes e fugas de pacientes. A série sugere que o hospital sobreviveu a uma revisão de saúde pública, o que pode refletir uma crítica ao sistema de cuidados psiquiátricos. Henry Osgood será visto novamente em Ratched? Após os acontecimentos trágicos na primeira temporada, Henry Osgood, que sofreu amputações e teve problemas com a mãe milionária, pode retornar. Sua condição e o impacto de suas ações na série sugerem que ele pode reaparecer, ambientalmente como um paciente problemático no Hospital Estadual Lúcia. O que aconteceu com o ex-marido de Gwendolyn, Trevor? Embora Trevor tenha aparecido brevemente, trouxe uma energia divertida para a série. Um spin-off sobre sua vida após os desenhos de Gwendolyn poderia explorar seu novo relacionamento e carreira, oferecendo uma visão adicional sobre essa pessoa. Como a trama da série Ratched aborda a morte de Dolly? A série não explora profundamente a morte de Dolly, uma enfermeira que foi assassinada por Edmund. A falta de resposta sobre sua morte deixa um vazio na trama, especialmente considerando seu papel no hospital psiquiátrico. Homossexualidade x doença mental Se há um ponto que Ratched mostra com sucesso é um espelho para o tratamento que a comunidade psicológica dava à homossexualidade na época. Por anos, isso foi visto como um transtorno de saúde mental. Somente em 1973 a American Psychiatric Association removeu a homossexualidade do Manual de Diagnóstico e Estatística. Ratched “diagnostica” vários personagens com lesbianismo e, assim, dá início a um tratamento o tanto quanto bizarro: a imersão do paciente em banhos de água extremamente quente e, em seguida, gelada. Um dos principais temas de Ratched não é apenas o tratamento brutal usado contra pessoas consideradas doentes mentais, mas o que eles achavam que era uma doença mental. Livro que inspirou a enfermeira Ratched Ratched é baseada em história real? O romancista escreveu o livro com base em suas próprias experiências enquanto trabalhava no turno da noite em um centro de saúde mental na Califórnia. Também é sabido que ele se inspirou em uma enfermeira chefe real com quem trabalhou no hospital e a descreveu como uma “tirana fria e sem coração”. Portanto, embora a enfermeira Ratched seja fictícia, é baseada em uma pessoa de verdade mas, como o autor admitiu mais tarde, exagerou na crueldade da mulher em sua história para efeito
Duna, a história de ficção científica mais influente de todas

Um dos filmes mais esperados de 2021 é a adaptação do amado livro Duna, de Frank Herbert, para o cinema do diretor Denis Villeneuve. O cineasta pretende dividir o filme em duas partes, uma vez que, nas palavras dele: “o mundo de Duna é muito complexo”. Embora a versão de David Lynch de 1984 tenha se tornado um clássico cult, a recepção na época foi negativa por parte dos fãs do romance, fãs do trabalho de Lynch e críticos. Elenco de Duna (2020) O elenco é repleto de estrelas, liderado por Timothée Chalamet como Paul Atreides; Oscar Isaac ocupando o papel do duque Leto Atreides, o pai de Paul; Rebecca Ferguson como Lady Jessica, a mãe Bene Gesserit de Paul. Também: Jason Momoa como Duncan Idaho; Zendaya como Chani; Javier Bardem como Stilgar; Charlotte Rampling como Gaius Helen Mohiam; Dave Bautista como Glossu Rabban; David Dastmalchian como Piter De Vries; Chang Chen como Dr. Wellington Yueh; Stellan Skarsgård como o vilão Barão Harkonnen e Josh Brolin como Gurney Halleck. O original Duna é um romance de ficção científica O livro é de 1965 e foi escrito por Frank Herbert. É frequentemente citado como uma das inspirações originais de George Lucas para Star Wars e influenciou obras como Game Of Thrones. Né pouca coisa, não. A história foi publicada inicialmente como duas séries separadas na revista de ficção científica “Analog Science Fiction and Fact”. Uma em 1963 e a outra em 1965. Desde essa publicação, nasceram cinco sequências de Duna: Messias de Duna, Filhos de Duna, Imperador Deus de Duna, Hereges de Duna. Embora Duna tenha ganhado dois prêmios de ficção científica de maior prestígio, não foi um sucesso comercial da noite para o dia. Sua base de fãs cresceu ao longo dos anos 60 e 70, circulando em diferentes espaços. Cinquenta anos depois, é considerado por muitos como o maior romance do cânone de ficção científica de todos os tempos e já foi lido por milhões em todo o mundo. Saiba mais sobre o universo de Duna O ano é 10.191. Casas nobres lideram uma sociedade feudal que se estende por muitos planetas. Os feudos são propriedades de terra mantidas com a condição de oferecer serviços a alguém superior. Paul Atreides é filho do duque Leto Atreides e Lady Jessica, uma assistente Bene Gesserit. As Bene Gesserit são uma seita religiosa matriarcal que exerce poderes aparentemente sobre-humanos obtidos após anos de treinamento físico e mental exaustivo. Elas têm as próprias motivações políticas e procuram adquirir mais poder. Grande parte da população desconfia das Bene Gesserit e as chama de “bruxas” por causa de suas estranhas habilidades. No final das contas, as Bene Gesserits participam de um longo programa de melhoramento genético para dar à luz a uma figura semelhante a de Cristo, conhecida como Kwisatz Haderach. Resumindo, Duna é a história de uma família traída por seus mestres e forçada a trabalhar com os nativos do planeta para sobreviver. A aventura foca principalmente em Paul e continua a incluir uma série de personagens estranhos e maravilhosos. Duna na Amazon: entenda a ordem de leitura Se você quiser uma base sólida de conhecimento sobre Duna antes do lançamento do filme, então o primeiro romance deve ser suficiente. O romance em si é dividido em três partes distintas: “Duna”, “Mua’dib” e “O Profeta” – enquanto o filme de Villenueve será dividido em duas. No entanto, se você estiver interessado em mergulhar mais fundo no mundo de Frank Herbert, há uma abundância de material para explorar. O autor faleceu após a publicação de Chapterhouse: Dune. Duas décadas depois, o filho dele, Brian Herbert, junto com Kevin J. Anderson, escreveu uma sequência baseada nas notas deixadas por Frank Herbert. Há muito material a ser ingerido e, se você decidir fazer isso, aqui está a ordem de leitura para abordar os livros. 1. Duna 2. Messias de Duna 3. Filhos de Duna 4. Imperador Deus de Duna 5. Hereges de Duna Aproveite para ler também:
Afinal, quem é Enola Holmes?

Enola Holmes é um produto da Inglaterra do século 19, dominada por um movimento radical de mulheres que reivindica direitos sociais e políticos. Usuários do Twitter ficaram surpresos ao descobrir que Enola Holmes e Sherlock Holmes são irmãos. O filme Enola Holmes (2020), estreado recentemente na Netflix, aumentou a curiosidade e a busca desenfreada na internet por informações sobre a família Holmes. O obra apresenta Millie Bobby Brown, a estrela de Stranger Things, no papel principal, juntamente com Henry Cavill como Sherlock Holmes, Sam Claflin como Mycroft Holmes e Helena Bonham Carter como Eudoria Holmes. É dirigido por Harry Bradbeer, conhecido por sua direção em programas premiados como Fleabag e Killing Eve. Mas quem é Enola Holmes? Enola Holmes é a irmã mais nova de Sherlock Holmes, o famoso detetive das histórias de Arthur Conan Doyle. No entanto, ela não aparece nos livros originais do autor. O único irmão citado é Mycroft, que também aparece no filme de Harry Bradbeer. A garota é uma criação original da escritora Nancy Springer, que se inspirou na fantasia de Doyle para lançar uma série de livros em 2006. Enola é uma adolescente de 14 anos (no filme tem 16) que vive com a mãe, Lady Eudoria, em uma propriedade rural na Inglaterra. Como irmãos, ela tem Sherlock Holmes, o “detetive consultor” de renome mundial, e Mycroft Holmes, um funcionário do governo. Ambos viveram em Londres durante a maior parte da vida da menina, portanto, era apenas ela e a mãe morando sozinhas. Com o misterioso desaparecimento de Eudoria, Enola embarca sozinha para Londres, segue pistas envolvendo anagramas e cifras e prova ser uma detetive digna por seus próprios méritos. Ela se recusa a cumprir os papéis de gênero atribuídos pela sociedade, seja casar com um homem ou usar um “chapéu que coça”. E embora haja uma abundância de histórias ambientadas no final do século 19, raramente os espectadores veem uma mulher forte e desobediente em busca de romance. Qual é a história por trás do feminismo no filme? As mulheres ensinam e apoiam umas às outras enquanto lutam pela igualdade de gênero. Isso se baseia nas lutas reais da época, quando as ativistas protestaram, lutaram e morreram pelo sufrágio feminino. Situado em 1884, o enredo de Enola Holmes acena para sufragistas e protofeministas da vida real. Vemos um folheto de uma reunião do movimento que menciona a sindicalista Amie Hicks, a autora Gwyneth Vaughan e a ativista pelos direitos e pela educação das crianças Margaret McMillan. A mãe de Enola também lê The Subjection of Women, do filósofo, economista e membro do Parlamento John Stuart Mill, que junto com sua esposa Harriet Taylor Mill exigia votos para mulheres. Ele liderou o primeiro debate sobre o sufrágio feminino no parlamento em 1867. O filme retrata uma vitória estreita na votação parlamentar, embora a Terceira Lei de Reforma de 1884 na verdade não incluísse as mulheres. As mulheres não votariam pela primeira vez até 1918. Somente em 1928 o voto seria concedido a todas as mulheres. Qual o enredo de Enola Holmes 2? A segunda sequência começa com Enola abrindo a própria agência de detetives. Mas como todos os seus clientes em potencial esperam consultar os outros irmãos Holmes, ela luta para conseguir clientes. Então, uma jovem operária aparece pedindo que encontre a irmã. Assim, Enola acaba explorando o mundo da classe trabalhadora da Londres vitoriana, com o qual ela não está familiarizada. Enquanto isso, Sherlock está preso em um caso próprio, que tem a ver com grandes somas de dinheiro desaparecendo e reaparecendo em contas bancárias por toda Londres. Conforme Enola investiga, descobre que o caso está ligado a alguns dos moradores mais ricos de Londres — e encontra o caminho cruzando o do irmão novamente. Assim como no primeiro filme, as performances de Brown e Cavill são elétricas. Enola fala diretamente com o público, quebrando a quarta parede com charme confiante. O Sherlock de Cavill dá ao famoso detetive outra dimensão: além de ser um gênio brilhante e pomposo, ele também é um irmão tentando se reconectar com a irmãzinha. Sherlock e Enola estão tentando se conectar um com o outro e expressar, em suas formas limitadas, que se importam — enquanto também tentam resolver seus casos. Vai ter Enola Holmes 3? A Netflix está atualmente elaborando o roteiro de Enola Holmes 3, com a talentosa Millie Bobby Brown no papel principal. Após o sucesso de Enola Holmes 2, que deixou amplo espaço para novas aventuras, a empresa está ansiosa para expandir a propriedade intelectual de Enola Holmes. A série também inclui Henry Cavill como Sherlock Holmes. Para saber mais: Enola Holmes, O Caso do Marquês Desaparecido, é o primeiro livro da série Enola Holmes de Springer lançado em 2006. Ele foi seguido por outros cinco: O caso da senhora canhota (2007), O caso dos buquês bizarros (2008), O caso do leque rosa peculiar (2008), O Caso da Criptica Crinolina (2009) e, finalmente, O Caso do Adeus Cigano (2010). Aproveite para ler também:
O Diabo de Cada Dia: Final Explicado

A história de O Diabo de Cada Dia (2020, Netflix) começa com Willard Russell (Bill Skarsgard) no campo de batalha da Segunda Guerra Mundial topando com a visão aterrorizante de um oficial americano escalpelado e crucificado. Na pequena cidade de Ohio, se apaixona por Charlotte (Haley Bennett), uma garçonete adorável. Tudo parece normal quando uma sequência milimetricamente calculada de horrores começa a acontecer. O mal é um veneno que se infiltra na vida de todos em nível hard. Seja por zelo piedoso, fanatismo ou perversão. Ninguém é poupado do redemoinho infinito de brutalidade e loucura: nem a gente!!! O Diabo de Cada Dia Final Explicado Willard e Charlotte se casam e têm um lindo bebê chamado Arvin (interpretado mais tarde por Tom Holland, o Homem Aranha da nova geração). O pai acostuma o garoto a conversar com Deus no morro da oração, local onde instalou uma enorme cruz de madeira pra essa finalidade. Quando Charlotte fica gravemente doente, o marido, acreditando que será atendido, sacrifica um animal no esforço de convencer Deus a poupá-la. Enquanto isso, o pregador Roy (Harry Melling), casado com a jovem Helen (Mia Wasikowska), fica obcecado com a ideia de que pode trazer os mortos de volta à vida. Como você pode imaginar, isso dá merda. Após o primeiro teste drive de ressurreição sem sucesso ele foge, mas topa com um casal barra pesada que se diverte matando pessoas e fotografando cadáveres. Sim, esse filme é cheio de “cidadãos de bem”. Anos depois, um charlatão espalhafatoso das escrituras sagradas aparece: o ministro atende pelo nome de Preston Teagardin, que é interpretado com louvor (literamente) pelo incrível Robert Pattinson. Preston é uma mistura de João de Deus com Flordelis. Resumindo: precisa ter um estômago saudável pra digerir tamanha hipocrisia. É sempre impactante ver alguém usando o nome de Deus para influenciar pessoas, enganá-las e cometer crimes. Eu quase vomitei. Fica evidente o ceticismo do autor sobre as manipulações da religião organizada. Muitas vezes me peguei concordando com a cabeça. Essa visão de mundo brutalmente pessimista não é novidade para o diretor de O Diabo de Cada Dia, cujos filmes anteriores incluem Afterschool, Christine e a série The Sinner, dramas psicológicos perturbadores. O que acontece no final de O Diabo de Cada Dia? O final do filme é intenso, sombrio e amarra várias histórias interconectadas. Aqui está um resumo detalhado do que acontece: Arvin defende Knockemstiff Depois de uma série de eventos trágicos e violentos, Arvin se torna um vigilante, lutando contra a corrupção e os abusos em sua cidade natal, Knockemstiff. O desfecho do personagem é marcado por um confronto com aqueles que lhe causaram sofrimento. Arvin mata Carl e Sandy Arvin se encontra com Carl (Jason Clarke) e Sandy (Riley Keough), um casal de assassinos em série que têm causado terror em várias cidades. Ele os enfrenta depois de saber que foram responsáveis pela morte de Lenora (Eliza Scanlen). A tensão culmina em um confronto brutal onde Arvin, em um ato de vingança, mata Carl e Sandy. Arvin mata o Xerife Bodecker Em seguida, Arvin se volta para o xerife Bodecker (Sebastian Stan), que estava envolvido na corrupção e também estava envolvido na história. Arvin o confronta e o mata, eliminando assim uma das principais figuras de autoridade corrupta que perpetuou o sofrimento na cidade. Lenora comete suicídio Lenora, a jovem que Arvin tentava proteger e que foi abusada pelo pregador Preston Teagardin, também enfrenta um trágico destino. Após ser abusada, Lenora fica grávida e, em desespero, comete suicídio. O sofrimento dela e a injustiça que enfrentou são centrais para o impulso de Arvin em buscar vingança. Arvin vai embora de Knockemstiff No final do filme, Arvin está deixando Knockemstiff, aliviado por ter eliminado algumas das figuras corruptas e violentas da cidade. Ele parece ter encontrado uma forma de fechar esse capítulo sombrio de sua vida. No entanto, o filme deixa uma nota ambígua sobre o futuro de Arvin. A última cena sugere que ele pode se juntar ao exército para lutar na Guerra do Vietnã, repetindo assim o ciclo de violência que seu pai havia iniciado. A transmissão de rádio no fundo da cena final indica que Arvin está considerando essa mudança, sugerindo que, embora tenha buscado justiça, a violência pode continuar fazendo parte da sua vida. Arvin se tornou um vigilante? Sim, Arvin se torna um tipo de vigilante. Ele acredita que precisa fazer justiça com as próprias mãos, especialmente após a morte da irmã adotiva, Lenora. A partir daí, decide confrontar o pastor corrupto e outras figuras violentas da história. Embora suas intenções possam parecer justificáveis, Arvin segue um caminho perigoso que espelha a violência que viu na infância. Por que Willard sacrificou o cachorro de Arvin? Willard sacrificou o cachorro de Arvin como parte de um ato desesperado para tentar salvar a vida da esposa doente. Ele acreditava que um sacrifício poderia apelar a Deus para curar Charlotte, mostrando até onde ele foi levado pelo fundamentalismo religioso. Essa cena simboliza o impacto destrutivo do fanatismo religioso. Carl e Sandy eram serial killers em O Diabo de Cada Dia? Sim, Carl e Sandy eram serial killers. Eles atraíam homens que pediam carona, faziam sessões de fotos bizarras e, em seguida, os matavam. Eles são exemplos de como a maldade permeia diferentes personagens no filme, mostrando que a violência está presente em todos os cantos, até fora da pequena cidade de Knockemstiff. Por que Arvin matou o pastor Preston Teagardin? Arvin mata o pastor Preston Teagardin após descobrir que ele abusou sexualmente de Lenora, levando-a ao suicídio. Sentindo-se culpado e em busca de justiça para Lenora, Arvin decide agir por conta própria e confronta o pastor, o que culmina em sua morte. É um ponto chave na transformação de Arvin em um vigilante. Willard estava possuído pelo diabo? Não, Willard não estava literalmente possuído pelo diabo, mas a frase “ver o diabo o tempo todo” refere-se aos seus próprios demônios internos. Ele sofria com traumas da guerra e a doença da esposa, o que
Você sabe identificar o tema de um filme?

É comum que alguns filmes causem uma certa estranheza. Não é regra, mas quem diz “não gostei” geralmente é porque não entendeu a obra. Um dos motivos pelos quais isso acontece é a dificuldade de enxergar além da narrativa. Por isso, é importante, pelo menos, saber identificar o tema de um filme. Continue a leitura para você não desistir de uma história pela metade. Afinal, o que é o tema do filme? O tema ou ideia central é a mensagem que o escritor/roteirista/diretor deseja que o público entenda depois de assistir ao filme. É o coração do filme. O filme é conduzido pelo tema. Na maioria das vezes é repetitivo para tornar a imersão do espectador mais significativa. Os temas menores aparecem brevemente dando lugar ao tema central. Este evoca uma experiência humana universal e pode ser expresso em uma palavra ou frase curta, por exemplo: amor, morte, solidão, impermanência, traição, preconceito, vida moderna etc. Por que o tema é tão importante? O tema também é o elemento mais importante do roteiro. É a intenção motriz por trás do filme. É a mensagem que o criador tenta transmitir ao público que, quando comunicada de forma eficaz, o satisfaz completamente, sobretudo quando o espectador faz a descoberta sozinho. A ideia central define o universo em que a história acontecerá, bem como o filtro pelo qual todas as informações serão administradas. Em outras palavras, ela ajuda a colorir cada parte da história, desde os personagens, o enredo, as ações, tudo. Além do mais, está diretamente ligada à jornada interna do protagonista. Conecta as preocupações e paixões do personagem, ao enredo externo, enquanto dá ao espectador alguém por quem torcer. Como identificar o tema de um filme? Antes de tudo, você precisa ter a mente aberta pra olhar na tela sem preconceitos. Depois, prestar bastante atenção para entender o que a narrativa está querendo dizer. Estamos acostumados a assistir a filmes apenas para entretenimento. Acontece que, dessa forma, somos apenas meros observadores. Quando vemos o filme como objeto de estudo, temos que ser mais detalhistas em como tratamos a obra. Um filme é algo que podemos ler tão cuidadosa e conscientemente quanto um livro ou poema. Assim, uma dica para aprender a “ler” um filme é assistir com caneta e caderno na mão, fazendo anotações sobre suas impressões. Procure por repetições que o indiquem sobre as coisas que o diretor pensa que são importantes. Existe uma canção recorrente, música, técnica de câmera, diálogo, efeito especial que adiciona um significado maior? Pense sobre como suas observações se relacionam com as ideias gerais, problemas e temas do filme. Como esses detalhes ajudam sua compreensão do todo? Pense, observe, converse com seus amigos. Exemplos clássicos de temas de filmes Tema: Bem contra o Mal Subtema: Vingança Transmitidos desde os tempos das peças de Shakespeare, vários filmes usaram a liderança em busca de vingança com bastante sucesso. A maioria dos filmes de Tarantino se volta para esse subtema. Pense em Kill Bill ou Bastardos Inglórios. A vingança pode ser um prato que se come frio, mas certamente tem um custo. Entes queridos morrem e sempre há muito trauma para processar. Tema: Sociedade Subtema: Luta de classes Considere Titanic: pode ser sobre a mudança na sorte de um navio inafundável após o choque com um iceberg. Entretanto, é pontuado pela história de dois amantes infelizes que estão separados por classe social. Jack é visto como um pária quando entra na vida dos ricos. Enquanto isso, Rose se cansou dos privilégios com os quais nasceu e quer viver com mais liberdade. É essa camada extra que torna os personagens tão icônicos. Subtema: Indivíduo X Sociedade V de Vingança tece a história de um suposto terrorista que ameaça explodir o Parlamento, um antigo símbolo do poder autoritário. O filme consegue defender os perigos de uma ditadura de forma convincente. James McTeigue faz isso invertendo os papéis de policiais e terroristas. Subtema: Humanidade x Tecnologia Com a tecnologia pronta para desempenhar um papel mais dominante em nossas vidas, a questão é como isso afetará o futuro. Vários filmes abordam esse tema, tentando responder a essa pergunta. Pense em HAL assumindo o controle e decidindo matar a tripulação em 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, ou Blade Runner colocando uma questão sobre o que realmente nos torna humanos. Tema: Amor Subtema: Amor x Solidão Her (Ela), de Spike Jonze, faz um ótimo trabalho ao capturar o sentimento de solidão da madrugada. O filme examina como nos conectamos uns com os outros e o papel integral que a tecnologia passou a desempenhar no processo. Theodore compra um sistema operacional de última geração semelhante à Alexa para lhe fazer companhia. Com o tempo, os dois forjam um vínculo emocional. Subtema: Amor próprio Comer, Rezar e Amar é claramente o melhor exemplo desse tema. Elizabeth tem tudo o que poderia precisar, mas um vazio permeia seu ser. Em um esforço para se revigorar, ela decide fazer uma viagem solo ao redor do mundo. Essa jornada a ajuda a refletir sobre a vida externamente e, mais significativamente, internamente. Agora que você sabe identificar o tema de um filme, vai prestar mais atenção sempre que apertar o play, não é mesmo?
Vale a pena assinar Prime Video?

Se você não é um membro Prime, provavelmente está se perguntando o que é Amazon Prime Video ou se compensa ser assinante. É um serviço de assinatura paga da Amazon que oferece uma variedade de vantagens. Desde remessa rápida a serviços de streaming gratuitos, neste post eu vou apresentar as principais vantagens de adotar o Prime como o seu melhor amigo. Continua aí a leitura, ok? Vantagens de assinar Prime Video Prime Video é, antes de tudo, um streaming ilimitado de filmes, séries e episódios de TV que concorre com empresas como Netflix e Hulu. O catálogo é bastante profundo e tem títulos em todos os gêneros. Se quiser, é possível adicionar assinaturas de vídeo para Showtime, Starz, A&E, AMC e muitos outros canais de streaming de entretenimento, mas nesse caso você paga uma taxa extra. Confira todos os benefícios: Amazon Prime Music O assinante tem acesso ao Prime Music. Sim, a Amazon também tem um serviço de streaming de música com uma biblioteca de mais de dois milhões de músicas. Assim, você ouve quantas músicas quiser sem anúncios, com pulos ilimitados. Dá para baixar faixas no seu celular para ouvir offline. Como o Prime Vídeo, todo o conteúdo do Amazon Prime Music pode ser acessado tanto pelo navegador do computador como no aplicativo Amazon Music em dispositivos móveis. Livros, revistas e audiobooks O assinante do Amazon Prime tem acesso a milhares de e-books. A mensalidade permite que você escolha até 10 títulos de uma vez em uma biblioteca contendo livros, revistas e audiolivros. Não se preocupe, você não precisa de um Kindle para ler ou ouvir, pois é possível baixar o aplicativo Kindle no dispositivo iOS ou Android. Se você é um leitor voraz que procura mais, pode assinar o Kindle Unlimited, que é basicamente uma versão aprimorada do Prime Reading. Os assinantes do Kindle Unlimited têm acesso a uma biblioteca com mais de um milhão de livros, edições atuais de revistas e milhares de livros de áudio. Amazon Prime Gaming Atenção, jogadores! A Amazon acaba de anunciar um novo benefício para os assinantes Prime Vídeo. Amazon Prime Gaming oferece conteúdo de jogo para Grand Theft Auto Online, Red Dead Online, Apex Legends, EA Sports FIFA 20, League of Legends e mais de 20 outros jogos para PC, console e móveis. Também inclui uma coleção gratuita de jogos de PC todos os meses. Frete grátis Com o Amazon Prime você aproveita Frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos elegíveis e acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos e muito mais em uma única assinatura. 7 Perguntas & Respostas sobre a assinatura Prime Video da Amazon 1. Quanto custa a assinatura Prime Video? A mensalidade é de apenas 14,90/mês. Os primeiros 30 dias da assinatura anual são gratuitos e você pode cancelar a qualquer momento. Faça um teste! 2. Posso dar uma assinatura de presente? Sim. No seu carrinho de compras, antes de finalizar o pedido, certifique-se de que a caixa “Este item é um presente” esteja marcada e você poderá preencher o restante das informações ao fazer o pagamento. 3. Amazon Prime Video é melhor que Netflix? É uma pergunta bastante subjetiva. Por exemplo, se você levar em conta apenas a quantidade de filmes que tem no catálogo, a Netflix ganha com vantagem. O acervo do Prime é menor, porém os filmes são muito bons e as séries são super produzidas. Ao mesmo tempo, é bem mais barato e oferece outras vantagens, como: compras com frete grátis, música, livros físicos e digitais etc. 4. Onde posso assistir a filmes Prime Vídeo? O Amazon Prime Vídeo está disponível em PCs Windows, Macs e computadores Linux, bem como em todos os consoles de jogos modernos e de última geração. Usuários iOS e Android podem baixar o aplicativo Amazon Prime. Para as tevês mais antigas, às vezes é preciso instalar uma tvbox ou investir no fireStickTV. 5. Quais livros Kindle estão disponíveis para empréstimo? A Amazon declara que há mais de 1 milhão de livros disponíveis na Kindle Lending Library. Para ver se um livro que você deseja ler se qualifica no pacote de assinatura Prime, basta pesquisá-lo no computador, em seu dispositivo Kindle, aplicativo Kindle no tablet ou no site da Amazon e ver se o logotipo Prime aparece ao lado dele. 6. Como posso me inscrever no Prime Video? Acesse a página oficial e siga as instruções. Você precisa criar uma conta gratuita na Amazon e também usar um cartão de crédito. Se decidir cancelar a assinatura posteriormente, vá para sua conta e selecione Gerenciar assinatura principal. Clique em Encerrar Assinatura se você estiver inscrito no momento ou em Não Continuar se estiver em um teste gratuito e não quiser iniciar uma inscrição paga. 7. O que devo fazer se a minha entrega atrasar? A entrega da Amazon é super rápida, mas se atrasar por algum motivo desconhecido, no status Meus Pedidos tem todas as informações sobre o rastreamento do produto. Não tem erro, pode confiar. Gostou de conhecer as vantagens do Amazon Prime Video? Além de Frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos elegíveis, você tem acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos e muito mais em uma única assinatura.
Paris, Texas: o plot twister que você não viu

Paris, Texas (1984) é um filme do aclamado diretor Win Wenders que recebeu diversos prêmios. Travis (Harry Dean Staton) é um homem que vaga pelo deserto até ser encontrado pelo irmão Walt (Dean Stockwell) quatro anos depois de ter ido embora por livre e espontânea vontade. A partir desse encontro, o andarilho tem de lidar com os fantasmas do passado. No decorrer da narrativa, descobrimos que o motivo do chá de sumiço aconteceu por conta de uma “decepção amorosa” (as aspas são uma ironia que você vai entender daqui a pouco). Ao contrário do que possa parecer, Travis não é um adolescente que brigou com a namoradinha da escola… Paris, Texas: Travis É um homem na faixa de uns 50 anos, casado com a jovem Jane (Nastassja Kinski) e pai de Hunter (Hunter Carson) que na época tinha apenas quatro aninhos. Após o abandono, não demorou muito para que a criança fosse largada também pela mãe. Ela o deixou na casa de Walt e Anne (Aurore Clément) e foi embora da cidade. Isso talvez se explique pelo fato de que Travis era o único provedor da família. Não sabemos muito sobre Jane, mas provavelmente não tinha renda e tampouco conseguiu concluir os estudos. Afinal, ela foi contratada como stripper — é o tipo de atividade que não exige conhecimento acadêmico. O plot twister do meu ranço! A cena que revela o que vou chamar de plot twister implícito não intencional mostra o reencontro de Travis e Jane. Os dois estão no clube onde ela trabalha. Cada um em um pequeno quarto separado por um vidro. Ela não o vê, mas pode ouvi-lo pelo telefone que existe ali para essa finalidade. Travis começa a contar sobre a vida deles em terceira pessoa, como se fosse a história de um amigo qualquer. Enquanto Jane ouve e cada vez mais se identifica com a riqueza de detalhes daquele relato, a nós é revelada uma sequência de abuso, possessividade e violência doméstica. Segundo as palavras do próprio Travis, quando os dois estavam juntos ele se sentia inseguro por ser um cara mais velho, tinha medo de ser traído. Confessou que por mais de uma vez pediu demissão do emprego para poder ficar em casa com ela com o objetivo de garantir a fidelidade da moça. Certa vez, ele amarrou um guizo no tornozelo dela pra ouvir se ela se levantasse de cama à noite para ir embora, mas ela aprendeu a abafar o barulho com uma meia. Uma noite deixou a meia cair e, com o barulho do guizo, ele acordou e a amarrou ao pé do fogão com um cinto. Ele foi dormir, enquanto ela gritava e o filho ouvia. Dali, ele se admirou por não sentir mais nada, só queria dormir. Pela primeira vez, queria estar longe dela”. Desculpa a sinceridade, Win Wenders… Paris, Texas é uma história contada pela perspectiva de Travis. Isso não seria um problema se Wenders não tivesse vendido a ideia de que existe um sentimento de amor naquele homem. Mas ele vendeu. E vendeu de um jeito tão poético, romântico e belo que o espectador comprou. Muitas pessoas derramaram lágrimas de emoção ao assistir a essa cena épica de Paris, Texas que, ao meu ver, é o momento mais desagradável do filme. É isso.
Chega de filmes! Vamos tomar um café com Hemingway?

Recentemente fiz uma autocrítica e percebi que tava dedicando quase todo meu tempo livre assistindo a filmes e séries. Então, resolvi dar uma pausa na sétima arte pra retomar algumas leituras, procurar livros novos e, assim, oxigenar meu cérebro sedento de informação. Afinal, as tardes de domingo não são suficientes para aprender coisas que só são possíveis encontrar nos livros. Outro ponto que levei em conta foi a necessidade de receber algum retorno no investimento que eu fiz ao assinar 3 meses de Kindle Unlimited por R$ 1,99/mês — promoção imperdível. Nesse plano eu baixo livros que são mais caros que o próprio valor da assinatura normal. Foi assim que me envolvi com a História Bizarra da Psicologia, de Raquel Sodré. Ela conta que as últimas décadas do século 20 não existiam tratamentos satisfatórios para as doenças mentais. Os médicos provocavam choques elétricos nos pacientes, tiravam pedaços do cérebro e injetavam insulina para “curar” esquizofrenia, por exemplo. Nada do que eu já soubesse até chegar ao capítulo 4, momento em que a autora narra o triste fim do escritor Ernest Hemingway (1899 – 1961). Ele participou de 36 sessões de eletroconvulsoterapia (tratamento conhecido como eletrochoque) para tentar aliviar os sintomas da depressão que o atormentavam. Segundo um amigo da família, Hemingway implorava de joelhos para não voltar à clínica, mas não adiantava: era forçado a ir, pois a família acreditava no benefício daquele procedimento????. O escritor participou das duas guerras mundiais, sobreviveu a dois acidentes de avião, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura e teve seus livros queimados pelos nazistas. Seu nome foi dado a um corpo celeste que orbita o sol. ???? Hemingway na Amazon com frete grátis Sempre tive curiosidade de saber mais sobre a vida de Hemingway, aí pensei que poderia existir algum filme ou documentário nas plataformas de streaming. Pra minha grata surpresa, encontrei estas duas belezinhas (a primeira na HBO e a segunda na Amazon Prime Video): Hemingway e Gellhorn (2013) Esse último exemplo serve de base para o filme da HBO Hemingway & Gellhorn , que narra o (é claro) caso tumultuado entre o autor (Clive Owen) e a famosa correspondente de guerra Martha Gellhorn (Nicole Kidman). A história começa naturalmente com o primeiro encontro entre Gellhorn e Hemingway em um bar em Key West em 1936. A essa altura, Hemingway já é o assunto da cidade literária com o lançamento de livros como The Sun Also Rises e A Farewell to Armas . Os dois instantaneamente descobrem que têm um relacionamento natural e, apesar do fato de Hemingway já ser casado, sentem-se atraídos um pelo outro. Os dois então viajam para a Espanha para ajudar a filmar um documentário sobre a Guerra Civil Espanhola. Lá, as faíscas realmente acendem. Pouco depois, Hemingway se divorcia de sua esposa e os dois se casam. Mas, como qualquer pessoa familiarizada com a história sabe muito bem, um final feliz não estava nas cartas. Ao longo da história, os cineastas deixam bem claro que fizeram sua lição de casa. Um pouco claro demais, talvez. Hemingway & Gellhorn é o tipo de filme em que os personagens recitam seus respectivos currículos ao entrar pela primeira vez em uma cena, e os roteiristas incorporam desajeitadamente citações famosas de indivíduos da vida real no diálogo Ernest Papa Hemingway: Uma História Verdadeira (2015) Com roteiro autobiográfico escrito pelo jornalista Denne Bart Petitclerc, o filme retrata a relação entre Ernest Hemingway e um jovem repórter do Miami Herald no final da década de 1950, aqui chamado Ed Myers (Giovanni Ribisi). É o primeiro filme de Hollywood a ser filmado na ilha desde 1959, na propriedade de Hemingway. Entre idas a bares e conversas turbulentas sobre a vida, o amor e a escrita, os dois homens testemunham um feroz tiroteio entre estudantes revolucionários e forças do governo, com o veterano jornalista de guerra Hemingway liderando a dupla perigosamente perto da ação. Rapidamente se torna aparente que Hemingway, de 59 anos, está com problemas de saúde física e emocionalmente, bebendo muito e olhando ansiosamente para as armas de fogo prontamente disponíveis. Seu relacionamento com a esposa também é profundamente conturbado, com o casal entra em constantes discussões violentas. Mas nada disso o impede de dispensar pérolas de sabedoria ao adorador visitante como: “O único valor que temos como seres humanos são os riscos que estamos dispostos a correr”. Gostou de tomar um café ☕ com Hemingway? Para receber outras novidades, assine a newsletter abaixo do post. ????Com o Amazon Prime você aproveita Frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos elegíveis e acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos e muito mais em uma única assinatura, por apenas R$ 9,90/mês. Saiba mais ou assine agora mesmo! . Aviso: Este post contém links afiliados da Amazon e isso não afeta o preço que você pagará no caso de realizar uma compra por meio deles. A administração do Blog poderá receber uma pequena comissão pela venda.
Saiba como assistir a filmes com os seus amigos sem sair de casa

A quarentena dificultou a vida de muita gente que adora reunir os amigos pra pegar um cineminha, né? Felizmente, existem alguns recursos para você assistir a filmes ou séries com a sua galera de forma remota, ou seja, cada um na sua própria casa. Um desses recursos é a Netflix Party, uma extensão do Google Chrome que pode ser baixada gratuitamente em apenas alguns segundos. Além de ver a mesma película em tempo real, é possível trocar umas ideias no chat posicionado à direita da tela. Os requisitos para aproveitar esse recurso são: ter um computador ou notebook e ser assinante Netflix. Para funcionar, todos os computadores que vão transmitir o filme devem ter a extensão Netflix Party instalada no navegador (além, é claro, de uma conta Netflix). Confira o passo a passo: 1. Abra o Google Chrome e faça o download da Netflix Party. Se abrir uma janela pedindo permissão para o Chrome ativar a extensão, aceite. Observe que na direita da barra de navegação do seu computador vai surgir um ícone cinza com as letras NP (Netflix Party). 2. No mesmo navegador, abra uma nova guia para acessar o site da Netflix. Faça o login. 3. Encontre um filme que você gostaria de assistir com seus amigos e clique nele. 4. Perceba que o ícone NP vai mudar de cinza para vermelho. Clique no ícone e selecione “ONLY I HAVE CONTROL” caso você queira ter o controle sozinho de pausar ou executar o filme. 5. Em seguida, clique em START TO PARTY. Copie o link que vai aparecer. Pause o filme para enviar o link do filme para seus amigos via WhatsApp, Messenger, e-mail ou outros. 6. A sala de bate-papo está disponível ao lado direito da tela. Se alguém tiver dificuldade para abrir, peça que clique em NP. Escolha um avatar e coloque o seu nome para que todos identifiquem você. Sugira que seus amigos façam o mesmo. Bom filme! HBO, Hulu, Amazon Prime e outras plataformas A Netflix Party não é a única maneira de exibir filmes para um grupo de pessoas. Se você quiser ver e ouvir seus amigos por meio de webcam enquanto assiste à Netflix, pode instalar o Scener. Se preferir assistir a um vídeo no YouTube ou no Hulu , use o Metastream , que possui um recurso de bate-papo por texto, como o Netflix Party, ou tente o TwoSeven , que permite assistir ao YouTube, Amazon Prime Video ou HBO Now enquanto conversa. Pra terminar, tem ainda o Rave, um aplicativo gratuito, mas que só funciona em Android e iPhone (iOS). O app executa filmes de vários canais, inclusive Google Drive. ????Com o Amazon Prime você aproveita Frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos elegíveis e acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos e muito mais em uma única assinatura, por apenas R$ 9,90/mês. Saiba mais ou assine agora mesmo! Aviso: Este post contém links afiliados da Amazon e isso não afeta o preço que você pagará no caso de realizar uma compra por meio deles. A administração do Blog poderá receber uma pequena comissão pela venda.
Adam Driver x Scarlett Johansson

No grupo de cinema no qual eu participo tava rolando uma discussão sobre qual a melhor atuação no filme História de Um Casamento (2020): Adam Driver ou Scarlett Johansson? Na verdade, essa é a história de muitos casamentos O filme de Noah Baumbach começa com monólogos que detalham o que Charlie (Adam Driver) ama em Nicole (Scarlett Johansson) e vice-versa. Os textos são cartas não enviadas, escritas por recomendação de um mediador de uma, até então, possível separação do casal. A história é verossímil demais, real demais. As falas, até o silêncio, o olhar perdido no horizonte, o amor pelo outro que entra em conflito com o amor próprio. Uma verdadeira catarse emocional. Mesmo em momentos mais difíceis da relação, ela se oferece para cortar o cabelo dele ou quer mantê-lo seguro ao amarrar um cadarço solto. Os dois se respeitam demais para ficar com raiva. Pra quem não é crítico profissional, se torna quase impossível enxergar apenas o lado técnico na hora de apontar a melhor interpretação. Ora, qualquer espectador com o mínimo de sensibilidade que viveu o fim de um relacionamento consegue sentir mal estar do começo ao fim da obra. Esse impacto se deve ao trabalho de toda a equipe. Quem acha o desempenho de Adam superior pode ter sido influenciado pela identificação com o personagem: a dor, a angústia, a impotência diante de uma separação que ele não queria. O mesmo pode acontecer a quem escolher Scarlett. Que mulher nunca se sentiu sufocada por perder a própria individualidade numa relação? Eu me identifiquei demais com a personagem, mas reconheço que Adam foi tão visceral quanto ela. Existe, ainda, quem tenha percebido a história pelo ponto de vista do filho do casal. Isso se justifica porque os pais desse espectador se divorciaram quando ele era pequeno. Enfim, eu sou sincera quando digo que não consigo escolher um. Na minha opinião, é uma escolha injusta, pois os dois foram muito verdadeiros. Curiosamente, Laura Dern, atriz que fez o papel da advogada da Nicole, levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Pra você, um dos dois atuou melhor que o outro? Quem e por quê? Um dos questionamentos que o filme traz assim que acaba é: aquele casamento poderia ter sido salvo? Em entrevista ao portal The Atlantic, o terapeuta de casais Ian Kerner respondeu: “Sentei-me com casais assim e dei a eles a chance de realmente expor suas experiências interiores, aprender e mobilizar-se com isso. Então eu senti como, por que eles estão se divorciando? Eles realmente precisam se divorciar agora? Eles são capazes de ir a lugares vulneráveis e sensíveis. Eles são capazes de gostar um do outro. Cada um deles tem experiências subjetivas do que ocorreu no casamento. Mas senti que havia um potencial real de ouvir e aprender um com o outro. Eles tinham a capacidade de aprender”. ????Com o Amazon Prime você aproveita Frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos elegíveis e acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos e muito mais em uma única assinatura, por apenas R$ 9,90/mês. Saiba mais ou assine agora mesmo!
3 comédias divertidas pra esquecer o coronavírus

Que tal rir um pouquinho pra fugir da realidade tão cruel que estamos passando? Se liga aí nessa lista de comédias fresquinhas que eu separei para você se distrair. (Dá uma olhada na classificação etária antes de chamar as crianças pra assistir, viu?) 3 comédias divertidas que você vai gostar Os filmes estão disponíveis na Netflix e o último na Amazon Prime Video. 1. Te Quiero, Imbécil (2020) é uma das comédias divertidas Disponível na Netflix (16 anos) Marcos (Quim Gutiérrez) perde a noiva e o emprego no mesmo dia. Um programa de autoajuda na TV o motiva a fazer algumas mudanças, como: frequentar academia, mudar a alimentação etc. Nesse meio tempo, ele topa com uma amiga da escola que não via há 20 anos (Natalia Tena). Parece previsível, né? É uma comédia romântica espanhola que se concentra no essencial: fazer rir. Entretanto, traz alguns questionamentos muito bacanas também. Como é ser homem no século 21? Existe um padrão? É preciso se vestir como hipster e se adequar a outros modelos pra se dar bem na vida e no amor? O mais legal é a quebra da quarta parede: quando o protagonista olha pra gente sempre que deseja compartilhar ideias ou frustrações. Te quiero, Imbécil foi escrito por Abraham Sastre e Iván Bouso, com direção de Laura Mañá. 2. A Missy Errada (2020) Disponível na Netflix (16 anos) Tim (Spade) conhece uma moça num aplicativo de namoro, mas o encontro é desastroso. Melissa, ou Missy (Lauren Lapkus) é escandalosa, mergulha o cabelo no vinho antes de bebê-lo e carrega uma faca na bolsa chamada Sheila. No aeroporto, ele conhece outra moça chamada Missy, ambos descobrem que têm muitas afinidades e trocam o número de telefone. Na tentativa de conquistá-la, a convida por mensagem de texto para passar um fim de semana no Havaí, em um retiro da empresa. Tim só percebe que chamou a Missy errada quando a primeira Missy entra no avião. A partir daí, o relacionamento se torna um verdadeiro carro desgovernado. A Missy Errada é um filme produzido por Adam Sandler. 3. Jexi – Um Celular Sem Filtro (2019) Disponível no Amazon Prime Vídeo (16 anos) Phil (Adam Devine) é um rapaz que desde criança foi incentivado a usar a tecnologia para se distrair dos problemas. Como resultado, se tornou um adulto com pouco traquejo social, sem amigos nem relacionamentos amorosos. Quando o idolatrado celular quebra, ele é obrigado a comprar outro. O novo aparelho tem um moderno sistema de Inteligência Virtual chamado Jexi. Depois de anunciar que está disponível para melhorar a vida dele, Jexi o chama de idiota por aceitar os termos e condições do serviço sem ler e diz: “Tenho vergonha de ser o seu telefone…”. A falta de química no romance de Phil e Kate (Alexandra Shipp) me incomodou um pouco, mas assistir Phil sendo massacrado por Jexi a todo momento é uma das comédias divertidas que, com certeza, vale o filme. Dei boas gargalhadas.
Eu sei o que o Marketing de Conteúdo fez no verão passado

* Parte do artigo que escrevi para a capa da Rock Content Magazine, a revista digital/impressa da maior agência de marketing digital da América Latina. Para receber a revista completa gratuitamente, preencha o formulário. Bem antes da invenção da internet, as pessoas precisavam melhorar as vendas — e gerar necessidade sempre foi um dos pilares do marketing. Fabricantes de equipamentos agrícolas, gelatina e pneus parecem não ter nada em comum, mas foram eles os pioneiros do conteúdo. Confira a linha do tempo que conta a história de como tudo isso começou e resultou no marketing que conhecemos hoje. 1895 – Revista The Furrow da Deere & Company John Deere é, praticamente, o pai do marketing de conteúdo. O empresário britânico, dono da Deere & Company, líder mundial na fabricação de equipamentos agrícolas, lançou uma revista de notícias para ajudar os fazendeiros a impulsionarem os resultados do negócio. The Furrow é publicada em 4 idiomas para 115 países e expandiu o alcance com o formato digital — hoje são mais de 2 milhões de leitores no mundo. 1900 – Guia de informações da Michelin A Michelin, fabricante de pneus, desenvolveu o Michelin Guide, com informações sobre manutenção de automóveis, acomodações e outras dicas aos motoristas. O guia foi impresso para aumentar a demanda por carros e, naturalmente, pneus. 1904 – Livro de receitas da Gelatina Jell-O As vendas estavam ruins, afinal, muita gente não sabia como preparar a gelatina. O que a equipe da Jell-O fez em pleno 1904? Distribuiu um livro de receitas de porta em porta que apresentava a sobremesa como uma opção saudável e versátil. Resultado: dois anos depois, as vendas subiram mais de US $ 1 milhão. 1924 – Conteúdo informativo na Rádio WLS As empresas começaram a despertar para a importância de manter o público informado também pelo rádio. Algumas até investiram na própria estação com ajuda da emissora Word’s Largest Store. 1994 – Popularização da internet e início do conteúdo digital A internet ganhou o mundo quando o cientista Tim Berners-Lee criou a World Wide Web, ou www. Na mesma época, a Netscape desenvolveu o protocolo HTTPS — HyperText Transfer Protocol Secure, que garante o envio de dados criptografados. Em 1998 o Google foi lançado e, aos poucos, desbancou outros mecanismos de busca que dominavam o mercado. Hoje, ele é usado por 80% dos usuários que desejam encontrar informações (Content Trends 2019). A partir dos anos 2000, as redes sociais começaram a crescer com bastante força e ofereceram novas maneiras de as empresas se relacionarem com o público até hoje, 19 anos depois. O primeiro blog da história da internet foi publicado pelo brasileiro Cláudio Pinhanez, funcionário do MIT Media Lab. Ele escrevia sobre acontecimentos da vida pessoal. Não demorou muito para os blogs corporativos surgirem. O filhinho de Jonh Deere cresceu. Em 2006, a empresa americana Hubspot criou o conceito de inbound marketing. A ideia se popularizou em 2009, com a publicação do livro “Inbound Marketing: seja encontrado usando o Google, a mídia social e os blogs”, de Brian Halligan e Dharmesh Shah. Em 2013, três jovens experientes do mercado de marketing digital, sabendo que o conteúdo relevante era fundamental para alavancar os resultados, fundaram a Rock Content. Dois anos depois, a equipe recebeu o prêmio Internacional Rookie of The Year. As intenções do inbound marketing são praticamente as mesmas dos primórdios do conteúdo: criar experiência de valor, causar impacto positivo nas pessoas, reforçar a autoridade etc. A diferença está no jeito de fazer, ou seja, a mensagem é personalizada, entregue de forma contínua nos momentos mais convenientes dentro da jornada do cliente. Nesse sentido, o que antes era considerado arte se transformou em ciência com ajuda de inovação, tecnologia, ferramentas e dados. * Parte do artigo que escrevi para a capa da Rock Content Magazine, a revista digital/impressa da maior agência de marketing digital da América Latina. Para receber a revista completa gratuitamente, preencha o formulário. A revista também traz artigos sobre: personalização para vender mais e melhor; o crescimento e poder dos podcasts; como a interatividade melhora a experiência do usuário; a luta contra os algoritmos das redes sociais; inteligência Artificial, em um artigo de opinião; entrevista com o CGO da OLX; case de sucesso da Escola Brasileira de Direito e muito mais.
Vamos bater um papo sobre estupro de crianças e adolescentes?

Não pense que o caso mais recente de estupro de vulnerável em Ubajara é um crime isolado. Ele só foi descoberto porque a mãe da menina leu uma carta endereçada à amiguinha. Quem sofre violência sexual tem medo de falar, é coagida pelo agressor e não sabe lidar com a situação a menos que seja orientada. Portanto, é provável que muitos fatos semelhantes estejam acontecendo agora. O noticiário é um verdadeiro termômetro: temas como feminicídio e estupro estão sempre na pauta. Sabendo que isso é cada vez mais recorrente, o que pretendemos fazer pra combater o problema? Você já parou pra pensar que essa experiência traumática que muitas meninas e meninos passam pode ser evitada com educação sexual? Sem educação sexual, crianças e adolescentes não sabem diferenciar sexo de estupro. Eu sei que muita gente torce o nariz quando se toca nesse assunto, mas para e pensa. Pra te ajudar nesse exercício, visualize a construção de duas personagens. A primeira é Letícia, 11 anos. Letícia é fã de filmes de princesa, tem o quarto todo decorado de rosa e estuda no período da tarde. Não sabe absolutamente nada da vida real a não ser as histórias românticas que assiste na TV. A segunda é Eduarda, 11 anos. Eduarda também é estudiosa e adora assistir televisão. No entanto, os pais controlam o que ela pode ver de acordo com a idade da menina. Eles também conversam sobre vários assuntos, afinal, toda menina que está entrando na adolescência passa por diversas transformações no corpo e tem muitas dúvidas. É natural. Durante esses diálogos, Eduarda foi ensinada que os adultos namoram, que é por meio do contato íntimo que os bebês nascem, que é errado o adulto tocar nas partes íntimas dela, e que, se isso acontecer, deve contar para a mãe ou outro adulto de confiança. Agora, compare a realidade dessas duas meninas e responda: quem você acha que está mais vulnerável a cair nas mãos de um estuprador? Em Tocantins, uma menina de 2 anos que sofria constantes abusos do padrasto só se deu conta que era vítima de violência quando assistiu a uma palestra na escola sobre violência sexual. Ficou tão aflita que chamou a atenção dos participantes. Aqui no Brasil, 1 em cada 3 casamentos termina em divórcio. Sem contar com a separação dos casais que não formalizaram a união em cartório. Nesse cenário, muitas crianças passam a conviver com outro homem dentro de casa: o novo namorado ou padrasto. Quem tem filho com ex companheiros sabe que nem sempre é fácil encontrar um parceiro legal e confiável. Outro problema é que, acreditando que esse homem é íntegro, a mulher coloca a segurança do(a) filho(a) em risco sem saber. É claro que existem muitos padrastos adoráveis e um namorado novo não é a única ameaça, mas às vezes, o próprio pai biológico, amigos da família, vizinhos, tios, primos, profissionais da área da saúde e até os vovôs. Eu sei que o assunto é indigesto, mas enquanto a gente ficar em silêncio ou fazer protesto pra Netflix tirar o Especial do Porta dos Fundos do ar os estupradores vão continuar agindo… Dito isso, eu proponho uma ação coletiva. Converse com crianças e adolescentes da sua família e peça pra seus amigos fazerem o mesmo com as famílias deles. Cada grupo de WhatsApp tem mais de 250 contatos. Se cada um se comprometer em educar uma criança, a coisa anda. Lembra do João de Deus? As mulheres tinham medo de denunciar, mas quando a primeira revelou os abusos que sofreu, logo 320 denúncias vieram à tona. Pense em quantos criminosos poderiam ser presos, quantas vítimas poderiam ser poupadas? Infelizmente, parece que apenas uma pequena parcela dos criminosos vão pra trás das grades, acredito que algo em torno de 3%, mas isso não é motivo pra desistir. Pelo contrário, dá mais vontade de lutar!
Os estupradores não têm cara de estuprador

Nos últimos dias, o município de Ubajara, no interior do Ceará, registrou um caso de estupro que comoveu a população. O fato foi descoberto depois que a mãe da adolescente de 14 anos encontrou uma carta na qual a garota revelava o abuso causado pelo próprio padrinho. Nas redes sociais, algumas pessoas entraram em defesa da família do agressor: “São meus vizinhos, pessoas de bem”. A verdade é que os estupradores não têm cara de estuprador. Não está estampado na testa deles: ALERTA ESTUPRADOR. Estupradores se sentam no sofá da sala pra assistir TV, saem pra comprar pão, cumprimentam as pessoas na rua. Sabemos que esse não é um caso isolado. Milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo são vítimas de abuso sexual, incluindo agressão ou estupro. De acordo com um boletim do Ministério da Saúde, houve um aumento de 83% nas notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes: 31,5% são contra crianças e 45% contra adolescentes. Se você pensa que os bebês estão livres de estupro, leia este artigo. Um dado em comum é que PRATICAMENTE TODOS OS ESTUPRADORES são parentes ou amigos de familiares. Ou seja, tudo acontece entre as paredes de casa. É um grande problema de saúde pública e uma grave violação dos direitos humanos. O silêncio precisa ser quebrado, mas muitas vezes a vítima nem sabe que foi estuprada As crianças não falam com os pais por vários motivos: medo, vergonha, pressão do estuprador e até mesmo desconhecimento de que foram estupradas. Um desses casos foi o de Marissa Korbel. Ela levou mais de uma década para ver o que havia acontecido com ela não como um caso, mas como um ataque. “Eu realmente assumi toda a culpa por pelo menos nove ou dez anos”, diz ela. Depois de anos de terapia, agora é mãe e advogada de uma organização que defende sobreviventes de agressão sexual. Um estudo descobriu que 60% das vítimas não reconheceram que haviam sido estupradas. Recentemente, assisti a um filme chamado O Conto(2018) que me deixou de estômago embrulhado. A obra reconstrói de maneira perturbadora a memória de uma mulher que sofreu abuso sexual na infância. A atriz Laura Dern interpreta Jenny Fox, a própria vítima e diretora do filme. Sim, a história é real. Jenny, mulher bem resolvida na carreira, encontra algumas cartas/contos que escreveu no passado. Aos 13 anos, foi abusada sexualmente pelo seu treinador de equitação. Mesmo 40 anos depois, ela não tinha se dado conta do estupro que sofreu. Existia uma vaga lembrança do acontecido, pois acreditava ter vivido uma história de amor. Afinal, o agressor era bom, atencioso e carinhoso. Mas alguma coisa dentro dela dizia que havia algo errado, principalmente porque não recordava de tudo, exatamente. Pra quebrar o bloqueio, resolveu investigar, visitar os antigos amigos, conversar. Assim, a memória aos poucos se restabeleceu e descobrimos que, na época, a menina passava mal sempre que era estuprada. Vomitava e tinha sentimentos muito incômodos que não sabia interpretar como tais, até porque o agressor era extremamente “gentil”. Particularmente no caso dela, foi negligenciada pela família e seduzida não apenas pelo treinador, mas pela namorada desse homem, que compactuava com o crime. Toda a trajetória é dolorida, mas o longa, escrito e dirigido pela própria vítima, não quer apenas afirmar que abusos sexuais são terríveis, mas contar como tudo aquilo formou sua identidade e como é possível descobrir a verdade, mesmo que tardiamente. O filme mostra a perspectiva de uma mulher que foi obrigada a romantizar seu abuso e agora batalha para entender o quão terrível foi isso. Desesperador, mas necessário. Como identificar vítimas de estupro Os sintomas imediatos, que podem ser exibidos por alguém após um ataque, são: medo, choque e uma sensação de descrença de que isso realmente aconteceu. A longo prazo, os sintomas psicológicos se intensificam. Esses sinais podem incluir: problemas com o sono ou pesadelos repentinos; comportamento pegajoso; comportamento antissocial; comportamento apático e secreto; mudanças de humor incomuns, como raiva, lágrimas ou tristeza; não se alimentar ou comer mais que o habitual; medo súbito de ser deixado sozinho com alguém; uso de palavras adultas e sexuais; desenhos inapropriados e sexualizados, participação de jogos sexuais com brinquedos ou com outras crianças pequenas (essa é a maneira subconsciente da criança de falar sobre o abuso e procurar um adulto); sangue na vagina (para uma menina); sangue ou lágrimas no ânus (para meninos e meninas); marcas de mordida ou outras contusões na área vaginal ou retal; sinais de doenças como gonorreia, HIV, clamídia etc; feridas ou verrugas na vagina ou no pênis; micção dolorosa ou evacuações. É importante lembrar que todas as crianças passam por fases nas quais podem apresentar alguns desses sintomas e isso não significar nada. No entanto, se você suspeitar que algo está errado, é fundamental fazer mais perguntas, investigar para garantir que a criança não seja prejudicada. Consequências do abuso sexual Meninas e meninos que sofrem abuso frequentemente enfrentam uma série de consequências negativas de curto e longo prazo para a saúde e bem-estar mental, físico, sexual e reprodutivo. Além disso, correm maior risco de diagnosticar ao longo da vida um transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, depressão, sintomas de externalização, distúrbios do sono e pensamentos suicidas e prejudiciais. Eles são mais propensos a se envolver em sexo inseguro, abuso de drogas e uso indevido de álcool, colocando-os em maior risco de ISTs e HIV e de outros resultados negativos para a saúde que perduram até a idade adulta. Para as meninas, há também um risco aumentado de gravidez e distúrbios ginecológicos. Como cultura, parte da sociedade se recusa a aceitar que a maioria dos estupros é cometida por homens comuns, homens que têm amigos e famílias, homens que podem até ter feito coisas grandes ou admiráveis com suas vidas. Acontece que os caras legais estupram. Esses homens podem ser nossos amigos, colegas ou pessoas que admiramos. Não devemos fingir que nada aconteceu. Justiça! * Por Monique Gomes, jornalista certificada em marketing de conteúdo.
O documentário que toda MULHER precisa assistir

Miss Representation, de Jennifer Siebel Newsom, é um documentário de 2011 que aborda a representação distorcida da mulher na mídia. Desde criança, a menina é levada a acreditar que deve se preocupar com a aparência, enquanto os meninos recebem a mensagem de que devem valorizar isso. O mesmo discurso está presente em filmes, anúncios publicitários, músicas, programas de TV. Quando a questão é a representação política das mulheres, o documentário resume a baixa participação feminina com uma frase: “Você não pode ser o que você não pode ver”. Ou seja, representatividade importa, sim. Infelizmente, a crença é a de que temos que agradar aos homens, cuidar do corpo, seduzir. Muitas perguntas causam aflição: “Estou bonita? Estou magra? Engordei? Estou velha para o mercado de trabalho atual? e tantas outras. O resultado é devastador. Se você é mulher, com certeza vai se identificar com as vivências mostradas nesse filme. O documentário torna-se material obrigatório não só para todas as mulheres, mas também para pais e mães de meninas. Assista e aproveite para ler também: Precisamos falar de masculinidade tóxica!
O documentário que todo HOMEM precisa assistir

The Mask You Live In, de Jennifer Siebel Newsom, é um documentário de 2015, disponível na Netflix e também no Youtube (link acima). A ideia é tocar no cerne do problema: a criação de meninos em nossa sociedade. Desde que nasce, o menino é ensinado a adotar certos comportamentos considerados próprios para o homem. Acontece que, como os especialistas mostram, a prática de provar a masculinidade o tempo todo prejudica não só o homem, mas a sociedade de modo geral. Se você é homem, com certeza vai se identificar com as vivências mostradas nesse filme. O documentário torna-se material obrigatório também para pais e mães de meninos. Assista e aproveite para ler também: Precisamos falar de masculinidade tóxica!
Precisamos falar sobre masculinidade tóxica!

“Aparentemente muitos homens não estão limpando a bunda”. Essa frase bem que poderia ser o desfecho de uma piada de mau gosto, mas é o título de um post no BuzzFeed que resume o conceito de masculinidade tóxica. A notícia causou um enorme desconforto, principalmente porque as mulheres relataram o constrangimento de conviver diariamente com alguém que não cuida da própria higiene. Os principais argumentos dos maridos: Ou seja, estamos diante de um exemplo clássico de masculinidade frágil. É como se a heterossexualidade fosse uma peça de porcelana que pode quebrar a qualquer momento e, portanto, TODO CUIDADO É POUCO! Não ria. Se você rir, vai direto para o inferno. Na verdade, o homem não tem culpa disso sozinho. Ele foi alimentado com conceitos deturpados desde que nasceu. Quando o machismo se torna prejudicial para todas as pessoas, inclusive o homem, chamamos de masculinidade tóxica. Afinal, o que é masculinidade tóxica? É um conjunto de atitudes ou comportamentos nocivos que acabam resultando em alguma forma de violência. Não tem nada a ver com a biologia: é praticamente uma imposição da sociedade que começa desde quando o menino nasce. Sendo assim, ele pode se tornar manipulador, misógino, agressivo, assassino ou simplesmente um babaca. Mulheres e crianças são vítimas frequentes da masculinidade tóxica por meio da violência doméstica, feminicídio ou outros tipos (não vamos entrar nesse campo hoje). No entanto, o próprio homem também é vítima. Só que de si mesmo. A masculinidade tóxica afeta o desenvolvimento emocional, reprime os sentimentos, causa raiva, ira, estresse, depressão. Também prejudica a vida social do cara e afeta os relacionamentos. Como a nossa cultura ajuda a perpetuar a masculinidade tóxica? Segundo Tony Porter, ativista americano que palestrou no TED Talk, “os homens que agridem as mulheres foram educados para isso”. Desde meninos, são ensinados a ser agressivos, dominadores, protetores, poderosos, fortes, valentes. Ele disse que chamar os garotos de “garotas” como uma ofensa transmite a ideia de que ser como uma menina é algo ruim, negativo. De acordo com Porter, a masculinidade tóxica ensina: Assim, ao atribuir qualidades supervalorizadas aos homens acima das qualidades associadas às mulheres, a masculinidade tóxica encoraja uma cultura que não só derruba os homens por serem “femininos”, mas também diminui as mulheres. Em entrevista à Revista Época, o ativista afirmou que os homens são treinados a não demonstrar sentimentos e emoções. “Você nunca vê um homem dizendo que está com medo de algo. No máximo, ele está ‘preocupado’. Isso é uma bobagem! É claro que também nos sentimos acuados, mas é como se o mundo não pudesse desconfiar”. A masculinidade tóxica começa dentro de casa A sociedade espera que o homem nunca demonstre “fraqueza”, seja sensível ou carinhoso. Normalmente, pais, mães e as pessoas que convivem com a criança/adolescente, incluindo os amigos da escola, primos etc, alimentam o machismo com expressões do tipo: Essas frases foram retiradas do documentário The Mask You Live In (A Máscara em que Você Vive), disponível na Netflix. O filme mostra o quanto os homens são pressionados a reprimir as próprias emoções. Logo no início, crianças e adolescentes são convidados a verbalizar seus sentimentos ao completar a sentença: “se me conhecesse de verdade, saberia que…“. A partir daí, todas as dores que estavam escondidas se revelam. É muito tocante. O guia de orientação sexual dos meninos é a pornografia O nível de masculinidade é medido pelas conquistas sexuais. Os pais, principalmente, têm uma pressa absurda de fazer o filho se interessar por mulher. Basta o guri crescer um pouco pra ouvir a pergunta: “E aí, tá comendo todas?”. A pressão continua na roda de amigos. Quem não reproduzir o comportamento do macho alpha é rejeitado ou até humilhado. Na maioria das famílias, o sexo não é apresentado como um momento de prazer entre duas pessoas. Geralmente, a educação sexual do menino acontece com a visualização de conteúdos pornográficos. Hoje é muito fácil qualquer um ter acesso pelo celular. Nesse cenário, a mulher é vista como um mero objeto, algo descartável que existe exclusivamente para satisfazer as necessidades dele. Os meninos são treinados para banalizar a violência Você consegue imaginar um pai dizendo que, se o filho apanhar na rua, vai apanhar de novo quando chegar em casa? Esse filho não é um personagem fictício, tá? Esse homem é real, porque eu o conheci. Arrumava qualquer desculpa para provocar uma briga em festas superlotadas de gente, mesmo adulto. Cada evento, uma pancadaria. Em casa, o pai ouvia as histórias, cheio de orgulho do filho brucutu. Quando namorou, era agressivo. Quando casou, bateu na mulher. Esses meninos crescem achando normal fotografar a calcinha da amiga, que está de saia, distraída. Crescem achando normal contar vantagem para os amigos quando “pegam” uma menina. Crescem achando normal fazer aposta para ver quem fica primeiro com a menina X. Crescem achando normal bater na mulher porque ela recebeu uma notificação no celular. Crescem achando normal matar a mulher só porque ela não quer mais ficar com ele. Afinal, é “coisa de homem”. Quando o homem bate/agride/mata uma mulher o motivo não é simplesmente ciúmes. Existe um sentimento de posse, de poder sobre o outro, de superioridade. Hoje, existe uma certa evolução no reconhecimento dos direitos da mulher. Ainda está longe do ideal, mas são avanços. Por outro lado, o preconceito, o sexismo, o machismo, a misoginia, a homofobia, os estereótipos pejorativos, AS PIADINHAS FAVORÁVEIS À CULTURA DO ESTUPRO chegam como um tsunami, são ensinados em casa, disseminados na TV, nos vídeos de youtubers sem noção e ajudam a fazer da masculinidade tóxica um ciclo infinito que é transmitido de geração a geração. Outras consequências da masculinidade tóxica Sem dúvida, o estigma relacionado à saúde mental dos homens é muito real. Tudo se relaciona com as expectativas sociais em torno do que significa ser um “homem”, ou o que significa ser masculino, porta de entrada para os estereótipos. Assim, algumas crenças compartilhadas são: homens heterossexuais devem evitar gays como amigos, meninos não devem aprender a limpar e cozinhar, homens não
15 filmes sensacionais escondidos no catálogo da Netflix

Quem nunca perdeu tempo procurando novidade no catálogo da Netflix até a pipoca acabar? Muitas vezes o roteiro é ótimo, mas o texto da sinopse não diz absolutamente nada, né? Por isso, selecionei alguns filmes sensacionais escondidos por lá que considero beeem legais para você não devorar o petisco antes do show começar. É claro que gostar ou não de uma obra é algo muito particular. De qualquer forma, é importante não ficar preso a clichês e aceitar que nem todo filme termina como a gente quer. Combinado? Lista de filmes sensacionais escondidos na Netflix 1. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2002) Esse filme é muito fofo e vai chamar a sua atenção para as coisas simples da vida. Amélie (Audrey Tautou) é uma mulher que cresceu isolada das outras crianças. Certo dia, encontra uma caixinha de brinquedos que pertenceu a um morador antigo. Então, resolve devolvê-la anonimamente. Depois de presenciar a emoção que o homem sentiu ao rever os objetos da infância, ela se contagia e passa a fazer com que as pessoas ao seu redor se sintam mais felizes. 2. Mary And Max (2010) Gostando ou não de animação, assista à Mary and Max. Por favor. Nunca te pedi nada. Ao contrário do que parece, não é um filme para crianças menores de 12 anos. Você vai se apaixonar por Mary Dinkle, uma menininha que vive nos subúrbios da Austrália na década de 70. Produzido com massinha de modelar, é praticamente todo narrado. Temas como amizade, autismo, alcoolismo, suicídio, ansiedade, obesidade, cleptomania, diferença sexual, confiança, perdão e diferenças religiosas são abordados. 3. Sentidos do Amor (2011) Não se engane com o título, pois não se trata de um romance água com açúcar. Dá para imaginar como seria se todo mundo fosse, aos poucos, perdendo os sentidos, como olfato, paladar, visão…? O filme reflete como estão as relações atualmente, além de chamar a atenção para nossas interações com as outras pessoas e o mundo — o que provoca várias reflexões além do amor. 4. A Pele que Habito (2011) Obsessão e vingança são destaques nessa obra de Pedro Almodóvar, que rompe com as expectativas de gênero ao explorar o tema da construção sociocultural dos papéis masculino e feminino. Na história, o cientista e cirurgião Dr. Robert Ledgard (Antonio Banderas) pesquisa uma pele capaz de resistir ao fogo e a qualquer dano. Tudo porque a esposa morreu queimada em um acidente de automóvel. Para continuar suas descobertas, ele sequestra o rapaz que violentou a filha. A partir daqui, tudo que eu disser vai ser spoiler. Apenas assista. 5. Histórias Cruzadas (2012) Não é apenas mais um filme sobre preconceito de cor. É uma história de coragem que deu voz a muitas mulheres comuns que estavam presas no universo obscuro da segregação racial. Na década de 60, Skeeter, uma jovem jornalista que trabalha no jornal local, sonha em ser escritora. Uma realidade gritante surge em sua vida e serve como tema de livro: as empregadas domésticas. Ela se pergunta por que aquelas mulheres negras, que dedicam anos de cuidado e afeto na criação das crianças brancas, não têm, ao menos, o direito de usar o banheiro da casa. Uma fala que você só vai entender quando assistir: “ÀS VEZES A CORAGEM PULA UMA GERAÇÃO…” 6. Looper: Assassinos do Futuro (2012) Já pensou se você pudesse voltar no tempo e dar de cara com si mesmo, bem mais jovem? Looper – Assassinos do futuro, conta a história de uma equipe de mafiosos que viajam do futuro para o presente. O objetivo é matar os criminosos antes mesmo que os crimes aconteçam. Não existe empatia entre Joe (Bruce Willis) com ele próprio. Por quê? Porque ele é o Bruce Willis. Porque a regra é matar. Imperdível. 7. Deus da Carnificina (2012) Você vai se surpreender com o comportamento de dois casais que se encontram para tomar um café e discutir a situação dos filhos. Como diz o filósofo: “Visto de perto, ninguém é normal”. Um dos temas do filme é a hipocrisia. Todos são capazes de pensamentos politicamente corretos, mas também se mostram dispostos a usar as armas mais baixas quando se trata de defender os próprios interesses. 8. Flores Raras (2013) Com direção de Bruno Barreto, conta a história de amor entre Elisabeth Bishop (poeta americana vencedora do Prêmio Pulitzer em 1956) e Lota de Macedo Soares (arquiteta carioca que idealizou e supervisionou a construção do Parque do Flamengo). É impossível não se comover com o relacionamento delas. As falas estão sempre recheadas de boas frases, como: “sou comprometida com o pessimismo. Assim, jamais me decepciono”. Atuação impecável de Glória Pires. Que orgulho dessa woman! 9. Django Livre (2013) Filmão de Quentin Tarantino. Django é um escravo que foi comprado para auxiliar o trabalho de um caçador de recompensas. Depois de ganhar liberdade, segue em busca de Broomhilda, mulher que foi comprada por um fazendeiro do Mississipi, personagem de Leonardo DiCaprio. Violência e muito sangue fazem parte desse encontro. Excelente fotografia e uma mistura bacana de luzes e sombras. 10. O Abutre (2014) Se você fica indignado com a quantidade de fake news que está se espalhando como câncer no mundo de hoje, espere até ver O Abutre. O jovem Louis Bloom (Jake Gyllenhaal) decide entrar no agitado submundo do jornalismo criminal como cinegrafista. Então, passa a registrar crimes e acidentes chocantes de um jeito nada tradicional. As histórias mais sensacionalistas, é claro, vão parar na mídia. Esse filme é uma preciosidade. Chega a causar mal-estar. 11. O Que Fazemos Nas Sombras (2014) Há quem acredite que esse é um dos melhores filmes cômicos de vampiros de todos os tempos. Uma coisa eu garanto: é impossível não rir. Viago (Taika Waititi), Vladislav (Jemaine Clement), Deacon (Jonathan Brugh) e Petyr (Ben Franshan) são quatro vampiros que dividem uma casa antiga na Nova Zelândia. Um grupo de cineastas, protegidos por crucifixos, registra a intimidade deles como se fosse um documentário. Enquanto os amigos lidam com conflitos da convivência, como lavar a louça, não
A fantástica história dos indígenas Mussaperê e Herundi

No e-book A Surpreendente História de Uba e Jara, há um capítulo em que menciono a Jacutinga, “uma casa de entretenimento para adultos” que existia no sítio Buriti, em Ubajara. No conto, os indígenas Mussaperê e Herundi são a atração da noite com voz e violão. Você sabia que ambos existiram na vida real? Mussaperê e Herundi: conheça a história de Los Tabajaras A dupla de indígenas Mussapere e Herundi, mais conhecida como “Los Índios Tabajaras”, nasceu na Serra da Ibiapaba, segundo fontes da internet, no município de Tianguá. Na década de 30 percorreram o Brasil à pé, viajaram o mundo e conquistaram sucesso definitivo nos EUA como consagrados instrumentistas. Ambos gravaram mais de 70 álbuns e venderam milhões de discos. Entrevista Cultura FM em 2009 Confira esta entrevista produzida pelo jornalista Fábio Zanon, da Rádio Cultura FM, Rio de Janeiro, três anos antes da morte de Mussapere, fato que aconteceu em novembro de 2009 Como Mussapere e Herundi praticamente não tiveram uma carreira no Brasil antes da carreira nos Estados Unidos, dizia-se que eram mexicanos, que não eram índios, era um espetáculo sem valor artístico fabricado para explorar a ingenuidade dos ouvintes. Apesar do teor comercial da maioria de suas gravações a qualidade de sua técnica e uma assombrosa musicalidade e combustão nas suas interpretações não podiam ser em nenhuma hipótese ser uma falsificação. O hábito de desaparecer por longos períodos acabou por alimentar ainda mais a mitologia. Essa oportunidade única de conversar com Mussapere, longe de esclarecer ou provar o que quer que fosse, foi um mergulho numa trajetória tão extraordinária que torna irrelevante fato e ficção. Mussapere e Herundi, de fato, não haviam visto o homem branco ou a língua portuguesa até a idade aproximada de 10 anos. Mussapere, ou Nato Lima, como é conhecido nos Estados Unidos, hoje tem por volta de 89 anos, já que o seu povo não celebrava aniversário. “Eu fui nascido na Tribo Tabajara. Sou filho de um dos guerreiros tabajaras chamado UGAJARA. Nós saímos porque um coronel, naquele tempo era Tenente Moreira Lima, e então ele foi para lá em 1928 para parar a tropa que vinha do Piauí para tomar o Ceará porque não tinha governador, não tinha nada. Havia muito cangaceiro e muita coisa do Juazeiro, mas durante aquele tempo que ele foi para lá ele fez amizade conosco porque o corneteiro era um pretinho com dente de ouro e tocava corneta e nós todos gostávamos”. “Nunca tinha visto homem branco, nem preto, nem som de corneta. Não falávamos português, só o tupi. Fizemos amizade num dia de manhã e no outro dia o grupo de soldados todo desapareceu. Para nós foi um dia muito feio porque nós estávamos acostumados com ele. Meu pai disse: ‘Nós vamos abrir a trilha’ e depois descemos para um lugar chamado Ubajara e fomos caminhando pelo sertão seco, lá em cima era bonito, muito verde. Nós tínhamos um violão que havíamos encontrado lá em cima. Saindo do norte do Brasil passamos dois anos no sertão de Cariri, ali aprendemos português pouco a pouco. Meu pai nunca aprendeu”. Mussaperê e Herundi em Sobral “Quando chegamos num lugar chamado Sobral vindo da Serra da Ibiapaba caminhando mais ou menos 4 ou 5 dias, nós chegamos a Sobral. Já havia visto gente branca, gente preta, já estávamos vestindo roupa de gente civilizada, porque nós andávamos nus, e causou grande confusão lá em Ibiapina. Um cachorro me mordeu, nós nunca havíamos visto cachorro. Chegamos a Mucambo, um lugar muito pequeno, trabalhamos três dias na Casa de Farinha. Ninguém dormiu durante esses três dias”. “Ganhamos dinheiro, então o camarada nos levou de caminhão, também nunca havíamos visto caminhão. Tinha uns porcos dentro do caminhão e cheirava muito mal por causa da gasolina. Nós montamos no caminhão e ele nos levou até Fortaleza, capital enorme”. Mussaperê e Herundi em Fortaleza “Quando chegamos em Fortaleza vimos edifícios enormes de sete andares mas depois um sujeito nos levou lá pra cima e nos mostrou o banho, com privada e chuveiro bummm, ai que coisa muito interessante e então ele nos levou lá fora e vimos o horizonte azul. Era o mar, nós nunca tínhamos visto o mar”. Mussaperê e Herundi em Natal “Fomos até Natal, porque lá tinha navio que podia dar passagem de graça para o Rio de Janeiro. Fomos até Natal, levamos dez dias pra chegar lá à pé. Chegando em Natal passamos uns 20 dias e não conseguimos, então saímos à pé e levamos 3 anos para chegar no Rio de Janeiro à pé”. “Nós éramos 6 irmãos com capacidade de ganhar dinheiro, mas não tínhamos capacidade, não sabíamos ler. Nós tocávamos músicas indígenas, o povo gostava e as pessoas jogavam moedas. Assim nós ganhamos dinheiro e até compramos uma casa…”. Mussaperê e Herundi no Chile Até o início da carreira, no rádio, no Rio, eles eram totalmente autodidatas, não sabiam ler música, aparentemente um produtor levou-os a tocar no Chile e lá Mussapere entrou em contato com a música clássica pela primeira vez. “Mas nós não tínhamos na mente aquela finura que exigia a música, nós tocávamos o que podíamos de qualquer maneira. Depois de chegarmos ao Chile, foi que nós aprendemos sobre a música clássica. Um menino disse: ‘você vai escutar a música mais bonita do mundo’ e botou A Fantasia Improviso, de Chopin”. “Eu disse: ‘mas que maravilha, que bonito, aquele violão não tem a extensão que tem o piano’. Eu aprendi sozinho, sem a escola, estudando anos e anos, dia e noite, porque eu queria ser bom. Quando eu aprendi a tocar com os dedos, na Escola de Segóvia, tocava também com a palheta, que é muito rápida”. Depois de rodar a América Latina, eles voltaram em 1953 para São Paulo e foram contratados brevemente pela Rádio Gazeta, mas logo em seguida gravaram os primeiros discos e rumaram com a vaga intenção de atingir os Estados Unidos. Veja também: Mussaperê e Herundi nos EUA “Nós conseguimos um contrato para Porto Rico e sentimos
Quase tudo o que você precisa saber sobre a alimentação low carb

Hoje, praticamente todo mundo tem problemas de ansiedade (72% dos brasileiros estão estressados, segundo uma pesquisa). Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que 53,8% das pessoas estão acima do peso. Nesse contexto, conhecer a alimentação low carb é uma esperança de mudar o quadro. O aumento de doenças como diabetes e hipertensão também mostram números alarmantes. Por que somos tão irresponsáveis com a própria alimentação? A grande maioria de nós busca praticidade e menor preço na hora de fazer as refeições. No entanto, é preciso muita força de vontade para aprender a reaprender, mudar hábitos antigos e adotar novos. Afinal, essas opções influenciam a nossa qualidade de vida. Considerações sobre a alimentação low carb Na prática, low carb é uma dieta com baixa ingestão de carboidratos que prioriza proteínas animais, gorduras, frutas, vegetais e algumas raízes. Os carboidratos são macronutrientes que levam energia para o corpo na forma de glicose. A glicose estimula a insulina, hormônio que armazena a gordura. A redução dos carboidratos na low carb é feita, principalmente, com a substituição de alimentos como pão, bolo, massas, biscoitos e outros por comida de verdade. Calma. Isso não significa que você tem que passar o dia comendo alface ou que é proibido comer coisas saborosas. Na low carb é possível comer pizzas, panquecas, bolos, tortas — desde que não use farinhas brancas na receita, como: trigo, arroz, maisena. As farinhas de baixo teor de carboidrato mais usadas são: farinha de coco, amêndoas, amendoim, castanha, linhaça, chia, banana verde. São muito nutritivas, ricas em fibras, não contém glúten e oferecem vários benefícios à saúde. Também é possível adaptar diversos ingredientes com alimentos naturais. Sabe por que vale a pena mudar? Sempre que você come açúcar e carboidratos, o organismo libera muita insulina com o objetivo de elevar a glicose no sangue. A redução ajuda a manter as reservas de glicogênio baixas e evita que o hormônio trabalhe como se não houvesse amanhã. Com menos insulina percorrendo no sangue, o organismo é forçado a usar as reservas que já existem como combustível, ou seja, as famosas gordurinhas. Tipo assim: Insulina alta = acúmulo de gordura Insulina baixa = queima de gordura De acordo com Dr. Juliano Pimentel, os principais benefícios da dieta low carb são: perda de peso, redução da fome, melhor controle da insulina no sangue, desempenho cognitivo melhorado, menor risco de doença cardíaca e alguns tipos de câncer. Você é (literalmente) o que come Sabia que o intestino tem uma conexão direta com o cérebro? Pois é. Os cientistas descobriram que esse órgão é muito mais que um depósito de cocô… Ele tem neurônios, aloja trilhões de bactérias (boas e ruins) e manda na nossa cabeça. Ou seja: o aparelho digestivo também pode afetar o seu humor. Segundo testes produzidos com ratos e seres humanos, o desequilíbrio na microbiota intestinal pode provocar ansiedade. Outros estudos já encontraram relação entre a falta de lactobacillus e doenças como depressão e anorexia. Antes de você sair correndo para comprar iogurte no supermercado mais próximo, leia esse artigo até o final, okay? 10 Sugestões para começar uma alimentação low carb Quem sou eu para dizer que você precisa deixar de comer pão, arroz, macarrão e industrializados? Vou deixar apenas algumas sugestões. Não sou nutricionista. Aliás, eu sou a favor que você procure um especialista se quiser o bê a bá bem mastigadinho. Se não for possível, busque o máximo de informações que puder e siga o seu coraçãozinho pra ser feliz. Vamos lá: 1. Primeiro de tudo: não faça dietas mirabolantes Não confie em dietas radicais que prometem perda de peso em uma semana. Por mais que o emagrecimento aconteça no começo, não dá para manter a mesma rotina alimentar durante o ano e você engorda tudo de novo. Além disso, o seu corpo precisa de nutrientes para funcionar bem. Antes de fazer planos, entenda que é preciso reeducar o seu jeito de comer. Nem sempre é uma tarefa fácil desaprender o que sabe e dar espaço para novas descobertas. Acontece que isso é necessário para que a sua saúde dê um salto de qualidade e você fique bem naquela calça jeans que estava encostada. 2. Esqueça que é preciso comer de 3 em 3 horas Na pré-história, nossos ancestrais só se alimentavam quando capturavam a caça. Naquele tempo não tinha geladeira, né? Por isso, eles passavam longos períodos sem colocar nada no estômago. Na verdade, não existe nenhum estudo que comprove a necessidade de comer de 3 em 3 horas. Já ouviu falar em jejum intermitente? Antes que me xingue ou feche a janela de navegação, saiba que, de certa forma, você faz jejum. Desde a última refeição da noite até o café da manhã do dia seguinte o seu sistema digestivo fica em repouso. A menos que você ataque a geladeira de madrugada, isso é uma espécie de jejum. Grande parte dos adeptos da alimentação low carb associa a dieta com pausas de 14, 16, 18 horas ou mais. Nesse intervalo é importante se hidratar com água, café ou chá sem açúcar. Médicos e estudiosos afirmam que essa prática ajuda a baixar a insulina, acelera o metabolismo, diminui riscos de doenças cardíacas, diabetes, alzheimer, parkinson e câncer. Outro fato impressionante é que o jejum reduz a compulsão por fome. Parece brincadeira, mas é verdade. O nosso organismo faz muito drama. Ele acha que precisa de comida o tempo todo. Mas a gente não é um urso polar que vai hibernar por 6 meses, né? Então, estude a possibilidade de retardar o seu café da manhã o máximo que aguentar. No final desse artigo eu vou deixar uns links com ótimas sugestões do que comer de manhã, no almoço, no lanche e outras dicas. Não quero ver você passando fome, por favor. 3. Evite o consumo de produtos industrializados Apesar de ser uma opção muito prática para o dia a dia, os alimentos industrializados são ricos em açúcares, sódio e outras porcarias. Sabia que 75% do achocolatado em pó Nescau
Tudo que você precisa saber sobre o glúten

Muitos se perguntam o que é glúten. O fato é que existe um bandido com cara de mocinho que está presente na sua mesa todos os dias, incluindo a dispensa. Ele faz parte da alimentação desde que o mundo é mundo: o trigo. Sim, o trigo. Leia este artigo até o final para saber por que aquele pãozinho quente da padaria, a macarronada de domingo e os cereais integrais que você considera saudáveis, na verdade, são inimigos disfarçados. IMPORTANTE: os fragmentos que você verá na tonalidade azul são palavras do Dr. William Davis, autor do livro Barriga de Trigo. O resto é construção minha 🙂 “As pessoas costumam ficar chocadas quando lhes digo que o pão de trigo integral provoca um aumento no teor de glicose no sangue maior que o provocado pela sacarose. Exceto pelas fibras a mais, na realidade não há muita diferença entre comer duas fatias de pão de trigo integral e tomar uma lata de refrigerante açucarado ou comer uma barra recheada repleta de açúcar; e com frequência é pior”. William Davis Glúten no pão nosso de cada dia O trigo nem sempre foi o vilão da história. Nos últimos 50 anos ele sofreu intervenção do homem. Mudanças genéticas foram introduzidas na linhagem da semente por vários motivos: para que a produção se tornasse mais resistente a condições ambientais, para potencializar ao máximo a sua produção e para facilitar a colheita. O cereal de séculos atrás era uma planta grandiosa e saudável. Hoje o trigo é uma planta anã (aproximadamente 46cm de altura) e representa a principal fonte da mistura de proteínas conhecida como glúten – embora seja composto principalmente de carboidratos, contém apenas de 10 a 15% de proteínas e 80% dessas proteínas correspondem ao glúten. Desconheço se foram feitas pesquisas quanto às consequências danosas do trigo moderninho para o consumo humano, mas provavelmente não. Se os problemas de saúde relacionados a essa mutação genética foram previstos, a ganância e o capitalismo gritaram mais alto e os mais beneficiados são a indústria de alimentos e as drogarias. Afinal, o que é glúten? Glúten é uma proteína que está presente na semente de alguns cereais como trigo, cevada, triticale e centeio. O termo gluten é de origem latim e significa “cola”. Tudo a ver com a sua função, pois ele é responsável pela elasticidade e crescimento da massa – sem o glúten, o trigo perderia as qualidades que fazem a pizza, bolos e tortas serem como são. Algumas pessoas possuem sensibilidade ao glúten e podem desenvolver o que chamam de doença celíaca. No entanto, os sintomas da intolerância a essa proteína são muito difíceis de diagnosticar, pois se confundem com uma série de outras enfermidades (você pode fazer um teste, tirar o glúten da sua vida por uns 15 dias e sentir a diferença). Efeitos imunológicos são identificados com exames de sangue que detectam anticorpos, mas você ou o seu médico precisam ser muito espertos para suspeitar de um pãozinho de padaria ou de uma pizza inocente. Por outro lado, efeitos não imunológicos não são revelados por nenhum exame de sangue e são, portanto, mais difíceis de identificar e quantificar. Para piorar a situação, foi comprovado que uma dieta a base dessa proteína pode potencializar ainda mais os sintomas de outras doenças, como: diabetes, ansiedade, hipotireoidismo, autismo, esquizofrenia, enfim, a lista é enorme. “Alguém que esteja sofrendo de doença celíaca intestinal não diagnosticada pode ter um estranho e insaciável desejo pelo alimento que provoca lesões em seu intestino delgado, mas também pode manifestar, com o consumo do trigo, taxas de glicose no sangue típicas de diabéticos, além de grandes alterações do humor. Outra pessoa, que não tenha a doença celíaca, pode acumular gordura visceral e apresentar comprometimento neurológico decorrente do consumo do trigo. Outros podem se tornar diabéticos, adquirir sobrepeso, sentir-se irremediavelmente cansados, mesmo sem os efeitos imunológicos intestinais do glúten do trigo ou aqueles que atingem o sistema nervoso. O emaranhado de consequências para a saúde decorrentes do consumo do trigo é realmente impressionante”.William Davis, autor do livro Barriga de Trigo. Alimentos que contém glúten Quando você entra no supermercado, dificilmente vai encontrar uma prateleira com produtos isentos de glúten. Ele é praticamente onipresente: Veja também: Sintomas e outras consequências da alimentação rica em glúten As consequências do consumo de glúten do trigo são várias, pois ele pode atingir profundamente quase todos os órgãos do corpo, como os intestinos, o fígado, o coração, a glândula tireoide e até mesmo órgãos do sistema nervoso. É importante dizer que os sintomas dependem de pessoa para pessoa e que eles não se apresentam ao mesmo tempo na mesma criatura. Confira essa lista e veja como esses sintomas podem ser facilmente confundidos com outros problemas: O fato de que algumas pessoas podem emagrecer ou ficar desnutridas é que um período prolongado de ingestão de glúten pode bloquear a absorção dos nutrientes. No entanto, o mais surpreendente é que a pessoa também pode engordar rapidamente. A prisão de ventre é o sintoma mais comum. Muitas pessoas acreditam que têm intestino preso porque nasceram assim, com esse “defeito de fábrica”. Elas costumam associar esse problema com a alimentação, apesar de desconhecerem as consequências do glúten. Os efeitos que não resultam do glúten podem somar-se aos efeitos do glúten O fato mais agravante é que o efeito causado pela ingestão de glúten não afeta apenas os celíacos ou intolerantes à essa proteína. Isso nos leva a pensar que o glúten é rejeitável em todos os seres humanos e não apenas em quem foi diagnosticado com a doença. “Testemunhei drásticas reviravoltas em saúde, como o caso de uma mulher de 38 anos que sofria de colite ulcerativa e se via diante da possibilidade de remoção do cólon e que se curou coma eliminação do trigo, mantendo o cólon intacto. Ou o de um homem de 26 anos, incapacitado, que mal podia andar por causa de dores nas articulações, que experimentou alívio total e voltou a andar e correr livremente, depois que retirou o trigo
Precisamos falar sobre suicídio

O tema é bastante desconfortável, mas já passou da hora de falarmos sobre isso. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o mundo contabiliza um suicídio a cada 40 segundos. No Brasil, alguém tira a própria vida em intervalos de 45 minutos. Se você acha que esses números são assustadores, espere para conhecer a nossa realidade aqui no Ceará: em 2014 foram registrados 488 casos; no ano seguinte, 533. Estamos em terceiro lugar no ranking com a maior taxa do país — essa estatística está aumentando a cada ano. Atire a primeira pedra quem nunca pensou em morrer diante de uma dor terrível ou profundo desespero. Mas o que faz com que uma pessoa se mate? Especialistas afirmam que esse problema acontece com público de várias faixas etárias e em todas as classes sociais. Os cinco principais transtornos associados ao suicídio são: depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, dependência química, transtorno de personalidade — principalmente bordeline. Fatos como a desestruturação familiar e a ineficiência da rede de saúde para tratar essas doenças ajudam a agravar a situação. Baleia Azul: jogo incentiva suicídio Como se não bastasse, um jogo macabro que começou na Rússia, em 2015, desafia os participantes a passar por provas como automutilação, asfixia, queimaduras na pele, entre outros. A prática, que é conhecida como Baleia Azul, incentiva os jovens a cometerem o ato do suicídio na etapa final. É claro que não ia demorar para chegar ao Brasil. Curitiba registrou cinco tentativas de suicídio entre adolescentes de 13 e 17 anos e mais casos estão sendo investigados em outras cidades. Todos apresentaram sinais de automutilação. Não pense que os autores desse crime terão dificuldades em fazer contato com um filho seu. A dinâmica deles é muito simples. Os jovens são convidados a participar de grupos fechados no Facebook, WhatsApp e até o Instagram é usado como ferramenta de captação. É importante ficar atento. Alguns sinais que podem estar relacionados com o desafio da Baleia Azul são: mutilações ou furos na palma da mão, braços ou pernas, desenhos de baleia, sair de casa de madrugada, evitar conversar, arranjar brigas. Netflix aborda temas como bullying, estupro e suicídio A Netflix lançou uma série intitulada 13 reasons why (13 razões pelas quais), que conta a história de Hannah Baker, uma adolescente suicida. Apesar da restrição de alguns, essa obra é uma boa oportunidade para quem deseja aprender a se colocar no lugar do outro, entender o que se passa na cabeça de alguém que comete esse ato e, quem sabe, ajudar. O adolescente não tem a mesma resiliência que um adulto diante das adversidades. Para ele, a dor beira o insuportável. O sofrimento é mais intenso e a vida se torna um fardo pesado, angustiante (faça um esforço e tente se lembrar do momento dramático que foi o fim do seu primeiro namoro). Cuidar mais uns dos outros é o mínimo que podemos fazer. Felizmente, nessa batalha do bem contra o mal existem anjos como os voluntários do Centro de Valorização da Vida. Eles realizam apoio emocional e prevenção ao suicídio gratuitamente em diversos canais como chat on-line, telefone, e-mail, skype e outros — acesse www.cvv.org.br para mais informações.
O que você faria se encontrasse Adolph Hitler hoje?

Imagine que você está andando normalmente no centro da cidade e pah… topa com a figura de Adolph Hitler. Qual a sua reação? Medo? Pânico? Estranheza? Ou faria uma selfie com ele? (Credo!!). Estava eu fuçando o acervo do Netflix quando me deparei com um título curioso: Filme satiriza Adolph Hitler A capa estampa os traços mais marcantes da fisionomia de Hitler: cabelo e bigode. O filme é uma comédia alemã baseada no livro de mesmo nome, do escritor Timur Vermes. Oliver Masucci encarna o ditador, que ressurge misteriosamente em Berlim no ano 2014. No entanto, as únicas lembranças que tem é de uma Alemanha de 1945. Seu primeiro contato é com um grupo de garotos que jogava futebol ali perto, a quem ele chamou de “jovens hitleristas”. Por que os garotos não fizeram a saudação alemã? Ficou desapontado! Ainda meio atordoado, encontrou abrigo em uma banca de revistas e ao ler os jornais descobriu que estava no século XXI. A capacidade de se comunicar com multidões sempre foi uma habilidade que ele usava para pregar suas ideias, por isso decepção mesmo foi quando encontrou um aparelho de televisão moderno. O canal exibia um programa de culinária. “Inacreditável! Haviam desenvolvido uma tecnologia tão avançada e a utilizavam para supervisionar um cozinheiro ridículo? ”, pensou. Fez uma tentativa de ligar o rádio, mas não havia rádio ali. “Se até naquele alojamento humilde não havia rádio, e só um aparelho de televisão, então era inevitável concluir que o aparelho de televisão tornou-se o mais importante dos dois meios de comunicação”, concluiu. Humor nonsense, porém ácido O humor ácido do filme começa quando Hitler sai pelas ruas de Berlim. A reação das pessoas é um misto de felicidade e pavor. Uma cena hilária mostra o “Führer” sentado diante de uma tela de pano, pintando a fisionomia das pessoas para ganhar um trocado. Ao ser descoberto por um canal de televisão, Hitler é convidado para apresentar um programa que alcançará recordes de audiência e será o assunto mais falado nas redes sociais. ‘Ele está de volta’ não é apenas uma obra de ficção para fazer a gente dar risada. É também um filme para pensar no FALSO MORALISMO dos hipócritas que estão bem perto de nós. Gente que, em nome do “combate à corrupção”, dissemina o ódio e a intolerância. Está sempre em busca de um herói capaz de resolver todos os problemas em nome da religião, da moral e dos bons costumes. Leia também: Ele está de volta Ele está de volta é uma sátira mordaz sobre a sociedade contemporânea governada pela mídia. Uma história bizarramente inteligente, bizarramente engraçada e bizarramente plausível contada pela perspectiva de um personagem repulsivo, carismático e até mesmo ridículo, mas indiscutivelmente marcante.
6 Erros que os PREFEITOS cometem na COMUNICAÇÃO

Um problema que parece imperceptível para muitos gestores municipais, mas que desencadeia uma série de situações danosas é a ineficiência na comunicação. Os erros que os prefeitos cometem tem como principais consequências a inoperância dos serviços prestados, a frustração da sociedade e o declínio da popularidade do gestor. Como dizia o ex-presidente dos EUA, John Kennedy: “…todos os princípios nos quais a democracia política se baseia dependem em grande parte da comunicação”. 6 Erros que os PREFEITOS cometem na COMUNICAÇÃO Confira a lista de erros e identifique se você está cometendo algum. 1. Não ter uma assessoria de imprensa Uma assessoria proativa divulga informações sobre planos e procedimentos do governo para a imprensa e para a sociedade por meio de sites, entrevistas coletivas, redes sociais, e-mail, etc. Ela deve estar preparada para gerenciar os temas mais polêmicos que possam causar conflitos. Quando as informações não estão acessíveis, abre-se um universo de oportunidades para achismos e boatos que interferem diretamente na imagem do político. É importante lembrar que a equipe responsável por essa ponte direta com o público precisa ser especializada na área. Mensagens inconvenientes, textos mal redigidos e erros ortográficos não são toleráveis e transmitem falta de profissionalismo. 2. Nomear alguém que já possui outras atividades Comunicação e marketing andam sempre de mãos dadas. A equipe deve se dedicar exclusivamente a essa atividade. Um funcionário que possui outras ocupações certamente não dispõe de tempo e provavelmente não tem o conhecimento e nem as habilidades necessárias para a função. O resultado é óbvio: a coisa não anda. Ou melhor, anda para trás. 3. Não se reunir com a própria equipe A comunicação interna é fundamental para a interação, alinhamento de ideias e o planejamento das ações. Quando as pautas são discutidas em conjunto, cada membro do grupo trabalha com visão e objetivo comuns. Essa irmandade permite que todos caminhem no mesmo sentido, fato que aumenta a motivação e a produtividade. Quando não acontece dessa forma, surgem as famosas falhas na comunicação, abrindo um precedente para o marketing negativo. 4. Desprezar o uso do marketing digital na comunicação O atual presidente dos EUA já respondeu perguntas em uma reunião no Facebook através de transmissão ao vivo. Essa ferramenta está disponível para todos os usuários do site. O bom administrador vê a importância da comunicação na era digital e se cerca de pessoas capazes de colocar tudo isso em prática. Ele sabe que esse tipo de estratégia vai aproximá-lo ainda mais da sociedade e ajudá-lo a manter a sua popularidade. Muitos gestores nem sequer mantêm o site da prefeitura atualizado, talvez porque ainda não perceberam que isso é motivo de frustração para a sociedade. As pessoas têm interesse em saber o que de fato estão fazendo com o dinheiro público. É preciso estar atento e obedecer a Lei de Acesso à Informação. Outro erro bastante comum é direcionar toda a comunicação da prefeitura às redes sociais. Trabalhar comunicação e marketing é muito mais que jogar um texto no Facebook. “Se você não está se comunicando com as mídias sociais, está deixando uma parcela cada vez maior da população fora da conversa. No entanto, se você só se comunica pelas mídias sociais, deixa de fora uma parcela significativa da população”. Anita Dunn, ex-diretora de Comunicação da Casa Branca no governo do presidente Obama. 5. Contratar um porta-voz, mas não mantê-lo informado dos acontecimentos Quando o porta-voz ou secretário do governo não sabe prestar nenhuma informação relevante sobre uma situação, o sentimento que a instituição transmite nesse momento é de baderna, desorganização. Se quem deveria saber não tem conhecimento, quem busca pela verdade vai continuar sem saber. Entra em cena o famoso diz-que-diz de mitos e verdades. Para manter um funcionário como porta-voz, é preciso conceder autoridade a ele. De que maneira? Fazendo com que ele participe das reuniões e discussões, dialogando diariamente com ele. 6. Apresentar as realizações da administração apenas no final do mandato No último ano de mandato, o gestor se dá conta que trabalhou muito, no entanto muitos não têm conhecimento das realizações que ele promoveu – por conta dos erros listados acima. Organizar um informativo ou revista impressa no final da gestão pode ajudar a montar um registro, mas não vai contribuir para a gratidão da sociedade se o objetivo for a reeleição. Por último, é importante valorizar as necessidades da comunidade. Os erros que os prefeitos cometem na comunicação não se limita apenas a transmitir informações, mas também ouvir as preocupações da população.
Bandido ou mocinho? A fascinante história de Chateaubriand

Jornalista, Comunicador, Visionário, Dinâmico, Empreendedor, Advogado, Destemido, Político, Chantagista, Oportunista, Cético, Corrosivo, Irônico. Implacável. Parece improvável que todas essas características tenham coexistido em uma mesma pessoa, mas foi a soma desses predicados que fez de Assis Chateaubriand o homem mais influente do Brasil durante décadas. Quem é Assis Chateaubriand? Nascido em 1892 no interior da Paraíba, Chatô, como era chamado, passou parte da infância tentando vencer uma limitação: era completamente gago. Seu pais, Francisco José Chateaubriand e Maria Carmem, faziam de tudo para curar o menino. O caso parecia mesmo sem solução, até que resolveram matricular o filho em uma escola, na esperança dele se desenvolver interagindo com outras crianças. Vítima de deboche entre os colegas, de gago passou a ficar mudo. “Os pais se renderam. Muito mais grave que ter um filho analfabeto era ter um filho infeliz”, como conta Fernando Morais no livro Chatô, o rei do Brasil (1994). Ninguém sabia, mas a gagueira de Chateaubriand estava com os dias contados. Tudo aconteceu quando ele foi morar um tempo na fazenda, com o avô paterno. Diante do problema do neto, o avô propôs o desafio: “Gagueira é vergonha. O único jeito de curar isso é falar sozinho. Falar até cansar, até secar a saliva. De hoje em diante você vai passar algumas horas do dia sentado na pedra Preta, na beira do rio, falando consigo mesmo. Se isso não o curar, pode desistir que é porque Deus quis que você ficasse desse jeito para o resto da vida”. E assim o menino se desenvolveu e começou a se interessar pelas letras. Aos 17 anos, precisou vencer outras limitações que, na opinião dele, atrapalhavam sua vida social: era extremamente tímido e não tinha nenhum desempenho físico. Acreditava que podia consertar os próprios defeitos se alistando no serviço militar. Desta vez, ele mesmo se desafiou, mas um obstáculo estava bem adiante: foi desaprovado por ‘saúde insuficiente e estatura física inferior’. Muitos garotos teriam comemorado o acontecido, mas não Chateaubriand. Indignado, falou com um amigo influente e conseguiu a anulação do resultado. Em poucos dias, estava no recrutamento e, na primeira maratona de exercícios achou que ia morrer, mas não desistiu. Nesse mesmo período, começou a trabalhar como redator no Diário de Pernambuco – recebia um salário de cem mil réis. O periódico era editado por Veríssimo e tinha como colaboradores nomes como Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Graça Aranha e Sílvio Romero. Através de empréstimos, com o tempo fundou seus próprios jornais e comprou outros. Não escondeu de ninguém a época da fartura: “O dinheiro nos chega por três únicas vias: a publicidade, as assinaturas e a venda avulsa”, relatou, afirmando que 12 mil contos de réis era a sua renda anual, o que equivale hoje a mais de oito milhões de reais. Na década de 30, os escritórios dos Diários Associados foram modernizados com novos equipamentos: máquinas de impressão e serviços fotográficos. Chateaubriand festejava: “Três dias após um acontecimento em qualquer continente, seja um crime, um desastre, a posse de um ministro, uma festa, uma greve, dados os recursos de aparelhagem e a rapidez das comunicações, inclusive a telefoto, estamparemos o flagrante”. Daí, não demorou para que investisse também em emissoras de rádio e televisão, mesmo quando as pessoas ainda não tinham TV (para isso ele deu um jeitinho brasileiro e trouxe centenas de aparelhos de forma ilícita para o país). Tamanho sucesso não se deveu apenas ao fator empreendedorismo. Chatô abusava de sua influência para chantagear clientes que se negavam em anunciar. Quem, por algum motivo, o desagradasse, sofria retaliações com uma notícia falsa estampada na capa de um jornal. Seu temperamento era implacável. Na vida pessoal não foi diferente. Separado da segunda mulher, sequestrou a própria filha – não por querer bem à menina, mas por capricho. Chegou a exigir do Presidente Getúlio Vargas que mudasse a lei, pois a justiça devolveu a guarda da criança para a mãe. Chateaubriand se transformava em um monstro colérico sempre que era contrariado. Sua trajetória de vida e seu comportamento contrastam com a contribuição cultural que promoveu para o país, o que faz dele nosso herói politicamente incorreto. Chateaubriand é nosso Deadpool. Chatô, o Rei do Brasil O filme Chatô, o Rei do Brasil, disponível para assinantes Netflix, tem a direção de Guilherme Fontes. A polêmica dessa obra é que ela durou mais de 20 anos para ficar pronta, devido a complicações legais envolvendo as finanças da produção. A história é contada numa narrativa circular – começa pelo fim: Chateaubriand sofre uma trombose e fica totalmente paralisado em uma cadeira de rodas. O homem que dedicou a vida para a comunicação ficou incomunicável. O Bispo Dom Helder Câmara, ao visitá-lo no hospital, falou aos jornalistas: “De Chateaubriand se pode dizer o melhor e o pior. Haverá quem diga horrores pensando nele, mas como não recordar as campanhas memoráveis que ele empreendeu? Dentro do maquiavélico, do chantagista, do cínico, o Pai saberá encontrar a criança, o poeta. Deus saberá julgá-lo”. Assis Chateaubriand faleceu em 1968 com uma notícia de meia página no New York Times intitulada “Morre Chateaubriand, o brasileiro que construiu um império”. Aproveite para ler também:
Por que você deveria assistir As Sufragistas?

Já ouviu falar no filme As Sufragistas? Hoje, o fato de uma mulher votar ou se candidatar a um cargo público é um acontecimento comum, mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que nós não tínhamos esse direito. O governo contestava : “As mulheres são bem representadas por seus pais, irmãos e maridos”. No século 19, durante décadas elas lutaram por meio de manifestações pacíficas na região da Inglaterra e Estados Unidos com o objetivo de conquistar o sufrágio, que é o direito de votar e ser votado nas eleições. Mas seus argumentos sempre eram ignorados. As Sufragistas: conheça o filme O filme As Sufragistas (2015) dirigido por Sarah Gavron, apresenta o ápice da revolução feminina – desta vez, usando estratégias mais radicais como quebrar vidraças ou explodir caixas de correios para vencer a luta contra o sexismo e o preconceito. “Nunca subestime o poder que as mulheres têm de definir os próprios destinos”, diz Emmeline Pankhurst, líder interpretada por Maryl Streep. A história é baseada em fatos reais e ocorre no ano de 1912, em Londres. Maud Watts (Carey Mulligan), uma jovem ingênua, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. O fato do enredo ser focado na perspectiva de alguém que despertou para a verdade evidencia de forma bem didática a importância e a grandiosidade desse movimento que transformou o mundo. Maud Watts ainda não sabia, mas era uma feminista. Infelizmente essa cegueira ainda é predominante nos dias atuais e isso se torna um problema, porque a cultura sexista é transmitida de geração a geração – as consequências são relacionamentos rasos, dor e sofrimento – tanto para homens e especialmente para as mulheres. Durante muito tempo, as mulheres foram consideradas incapazes de pensar por si mesmas ou de exercer uma atividade além das tarefas domésticas. No entanto, isso se deve ao fato de que elas eram oprimidas desde o momento em que nasciam. A história da opressão No Livro do Amor, Regina Navarro Lins conta que na Grécia antiga, enquanto as meninas eram confinadas em casa do nascimento até o casamento – sem aprender absolutamente nada além das tarefas domésticas – os meninos frequentavam a escola desde os 7 anos. Aprendiam gramática, poesia, música, aritmética, mitologia e esportes. Quando se tornavam adolescentes, as meninas eram obrigadas a se casar, pois os pais logo arrumavam um matrimônio. Casadas, não podiam fazer nenhuma refeição com os maridos – se tivesse convidados, jamais. Qualquer mulher vista numa reunião de homens era considerada prostituta. O casamento tinha como finalidade apenas o aumento da prole e os cuidados com o lar. Em 1918, o voto foi concedido às mulheres com idade superior a 30 anos. Em 1925, a lei reconheceu o direito das mães sobre seus filhos. Nós devemos muito às sufragistas. O governo patriarcal é opressor, no entanto existem outras formas de opressão, que pode estar dentro da sua casa, no relacionamento com o seu pai, irmão, namorado ou marido. Pense nisso! “Nunca se renda. Nunca desista da luta.”
3 filmes que parecem bobos, mas você vai se surpreender

A metáfora que diz “Não julgue o livro pela capa” é verdadeira. Nesse caso, não julgue o filme pela capa, nem pela sinopse. Abaixo listei três filmes 3 filmes que parecem bobos, e por isso podem ter passado despercebidos por você que adora um filme diferente. Recomendo! Férias Frustradas (2015) Gênero: Comédia / Classificação: 14 anosO humor ácido e politicamente incorreto desse filme vai fazer você dar boas gargalhadas. Não chega a ser um remake do filme homônimo estreado na década de 80, mas uma versão tipo estendida que conta a saga de uma família que viaja em busca de lazer e entretenimento. Longe de ser mais uma comédia tipo Sessão da Tarde, Férias Frustradas foge do humor convencional e conduz o telespectador a uma aventura hilariante. Impossível desgrudar os olhos da tela. Rusty Griswold (Ed Helms) é casado com Debbie (Christina Applegate) e tem dois filhos que se odeiam: James (Skyler Gisondo) e Kevin (Steele Stebbins). Percebendo a insatisfação da esposa em passar as férias sempre no mesmo lugar, Rusty tem uma grande ideia para fazer uma viagem inesquecível com a sua família. Ele aluga um carro albanês bem descolado e conduz todos ao parque de diversões Wally World. É o início de uma série de desventuras… * * * Não sou louca (2013) Gênero: DramaSão cinco curtas-metragens que narram o drama de pessoas que sofrem de doenças mentais, mas, espera. Definitivamente, não é exatamente sobre patologias, mas sobre emoções. Esse filme é um perfeito raio-x do ser humano. Único, delicado, sublime. Apesar de ser produzida inicialmente para a televisão, talvez essa obra não tenha ganhado a importância que deveria. Eu me atrevo a sugerir que esse conteúdo poderia ser repassado nas escolas, para que os adolescentes desenvolvessem empatia e respeito ao próximo. Lucy (Brittany Snow) é uma estudante de Direito que é surpreendida pelo diagnóstico de esquizofrenia. Quando ela desiste de concluir os estudos pelo fato de que “esquizofrênicos não se tornam advogados porque são vistos como mendigos”, a psicoterapeuta lhe entrega um livro e diz: “então prove o contrário”. Uma história de superação que requer força para vencer a si mesma, a doença e o preconceito. Outros quatro personagens são apresentados nessa trama, entre eles um humorista que sofre de depressão. Encontro Marcado (2015) é um dos filmes que parecem bobos, mas não é Gênero: Comédia, Romance Se você for do tipo muito conservador, eu aconselho não ver este. Engraçado que eu jamais redigiria uma sinopse tão água com açúcar como esta que publicaram para esse filme. Nem sei o que me fez assistir. Curiosidade, talvez, e a possibilidade de apertar o stop. A verdade é que existe algo de muito especial em Encontro Marcado: o choque entre duas culturas. De um lado, um homem conservador que deseja um amor exclusivo, monogâmico. Do outro, uma mulher casada que quer apenas um relacionamento extraconjugal. Um filme para pensar na força das coisas que acreditamos. Brian (Anton Yelchin) é um escritor em início de carreira. Arielle (Bérénice Marlohe) é uma mulher misteriosa com quem ele encontra na porta de um restaurante. Ambos começam um diálogo qualquer e o flerte conduz ao romance. Brian luta contra seus sentimentos quando descobre que ela é casada, mas decide romper as suas crenças participando de um jantar na casa dela, ao lado de marido e filhos. Uma história envolvente. No Prime Video você encontra vários filmes que parecem bobos, mas são bons! Aproveite para ler também: 20 Filmes estranhos para quem adora esquisitice
Afinal, o que é Marketing de Conteúdo?

Esqueça tudo o que você aprendeu sobre marketing até agora. Rasgue todas as apostilas da faculdade. A era digital caminhou para um futuro muito mais criativo no marketing de conteúdo, mais interativo e mais relevante. O que é Marketing de Conteúdo? Se antes a única estratégia era gritar nos meios de comunicação tradicionais, hoje o diferencial é somar, cativar, engajar – tudo isso de forma inteligente e sustentável através de informações reais, objetivas e mensuráveis sobre o comportamento do lead (potencial cliente) e todas as ações da empresa. A verdade é que a internet transformou completamente o jeito de fazer marketing. O motivo pelo qual você busca e encontra uma informação de qualidade na internet é porque existe o trabalho do profissional de Marketing de Conteúdo, uma estratégia que utiliza a nutrição de leads como principal ferramenta. Nutrir o lead significa basicamente abastecer pessoas com informações relevantes sobre pautas que fazem um gancho com o seu nicho de negócios. Nutrir o lead é ajudar pessoas na solução de problemas. Feito isso, uma coisa mágica acontece no mundo encantado do conteúdo: você constrói a sua autoridade, se torna referência no mercado e o lead se converte em cliente. “Anunciar é o que você faz quando não consegue conversar com alguém”. Fairfax Cone Marketing é ciência Enquanto o marketing tradicional age com base no empirismo, o marketing de conteúdo é pura ciência. No ambiente digital é possível trabalhar com hipótese, teoria, prática, comprovação, quebra de mito, informação, conclusão. Enquanto o velho modelo é invasivo, porque interrompe o consumidor a todo momento (a exemplo do rádio e televisão), o moderno é au-to-ri-za-do. Se você produz conteúdo original e relevante para o seu blog/site, as pessoas vão te encontrar, seguir você nas redes sociais, acompanhar seus vídeos, assinar a sua newsletter e, por opção delas, a audiência é sua. Hoje, sites populares de cultura e entretenimento, a exemplo do Youtube, estão tomando um espaço que antes era exclusivo da TV. O consumidor tem fome de conhecimento e quem escolhe a opção no cardápio é ele. No Youtube, o usuário pode assistir o que quiser na hora que bem entender. Pode optar em não ver uma publicidade: basta fechar um banner ou pular o conteúdo comercial. Manter um diálogo personalizado com o seu público nos mais diversos canais e atingir bons resultados exige a construção da persona – um conceito parecido com o de público-alvo, só que mais específico. Mulher é um tipo de público-alvo se o seu produto ou serviço é voltado especialmente para o sexo feminino. Mulher na faixa de 30 a 45 anos que trabalha como redatora em escritório home office, administra a casa, cuida dos filhos e gosta de se manter bem informada a respeito de moda e beleza são informações mais detalhadas que formam a construção de uma persona. Essa informação é o que faz você manter um diálogo direto com elas – e não para elas. Marketing de conteúdo é resultado “O que pode ser medido pode ser melhorado”. Peter Drucker Mensurar os resultados da gestão do seu negócio é uma das características de um marketing mais inteligente. Através de indicadores reais, você será capaz de saber quantas pessoas estão acessando o seu blog/site, que artigo foi mais lido ou comentado, quais os vídeos mais assistidos e aqueles que não foram vistos até o final, enfim, você estará cercado de informações relevantes para uma administração sustentável e de sucesso. Em uma cidade do interior, fui editora chefe em um jornal impresso antes de migrar para a versão digital. Vivenciei as deficiências e potencialidades de cada um. No impresso, os leitores não interagiam com o jornal. Como enviar um comentário? No máximo, eu ouvia a sugestão de um leitor que encontrava na padaria. Uma vez lido, o destino do meu trabalho seguia por dois caminhos: era guardado numa gaveta ou usado para embrulhar sabão no mercado. Na versão digital, surgiu um universo de possibilidades. Os leitores deixavam seus comentários, participavam efetivamente dos debates e isso, além de informações como posts mais acessados, entre outras, serviam para guiar o gerenciamento de novas pautas. Diferente do impresso, os artigos são vistos até hoje mesmo se eu estiver dormindo, trabalhando ou passeando com meu cachorro – as estatísticas de acesso me dizem isso diariamente. Que outro meio de comunicação pode oferecer essa longevidade? Lembre-se: “As pessoas não gostam que você venda para elas, mas elas adoram comprar” – essa pérola dita por Jeffrey Gitomer precede a ideia de estratégia. Vender requer estratégia. E uma delas é fazer marketing de conteúdo relevante para cada etapa do funil de vendas, sem atropelar a cronologia do processo. É uma atividade complexa, que exige habilidades e conhecimentos específicos.
Mary and Max: a ingenuidade sobrevive ao caos

Se você ainda não a conhece prepare-se para se apaixonar por Mary Dinkle, uma menininha de 8 anos que vive nos subúrbios de Melbourne, na Austrália, no ano 1976. Sob os cuidados de um pai ausente e de uma mãe alcoólatra, a garotinha solitária de Mary and Max se corresponde por carta com Max, um homem de 44 anos que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. É o início de uma linda e duradoura amizade que tem como destaque a ingenuidade de ambos. Ela, curiosa para saber como nascem os bebês. Ele, com as limitações por ser diferente. O impacto de Mary and Max É baseado em uma história real e foi estreado em 2009. Produzido com massinha de modelar, é praticamente todo narrado. Temas como amizade, autismo, alcoolismo, suicídio, ansiedade, obesidade, cleptomania, diferença sexual, confiança, perdão e diferenças religiosas são abordados nessa animação. Sim, é programa pra gente grande. A fotografia do filme utiliza apenas duas cores predominantes: o marrom, para o mundo de Mary – sua cor favorita – e o cinza, para o universo de Max, refletindo tudo que ele considerava caótico. Curioso é que os objetos que simbolizam a amizade deles contrastam com o cenário porque são os únicos que aparecem coloridos, como o autorretrato de Mary que foi presenteado ao amigo e o pompom vermelho que Max usava em cima do quipá. Síndrome de Asperger, um dos temas do filme É um assunto que muitos ficam com medo de se envolver, principalmente por falta de conhecimento: Asperger. Infelizmente, tornou-se um assunto quase ‘tabu’. Mary & Max’ não se desculpa em suas representações da vida de Max com Asperger, e deve ser aplaudido por simplesmente tornar isso um fato. Max considera isso um aspecto de quem ele é. É uma representação honesta e tragicamente leva aos eventuais problemas de Max com saúde mental, problemas sociais e eventual colapso na depressão. Mary and Max não é fácil de assistir, pode ser desagradável, mas o fato é que, apesar de sua natureza animada, esta é talvez uma das peças corpóreas mais acessíveis do cinema para a saúde mental cotidiana. Phillip Seymour Hoffman oferece grande parte da caracterização de Max, reforçando a caricatura das esculturas de Darren Bell. Há uma franqueza, uma honestidade inocente e não filtrada em como Hoffman interpreta o papel, o que é preciso para um personagem que vive com Asperger, que não vê defeito em como ele fala ou interage com as pessoas, apesar de seus abusos e repreensões. Onde assistir Mary And Max No momento, o filme não está disponível em nenhum streaming, mas talvez você o encontre no Youtube.
Precisamos mais de psicólogos que de Deus

Por favor, não se ofenda. Deus, mesmo se não existisse, teria uma importância incontestável na vida das pessoas. Mas isso é assunto pra outro dia, ok? Reflita comigo. Diante de tantos avanços na ciência, procurar ajuda psicológica ainda é um tabu para a sociedade. Se você aconselha alguém a procurar um psicólogo, ele reage como se isso fosse uma ofensa. Por quê? Acontece que o senso comum associa psicologia com psiquiatria. E psiquiatria é sinônimo pejorativo de doido, louco, lelé da cuca. Essa fama perdura pelo fato de que, no século 18, os primeiros psiquiatras trabalhavam em hospícios. Só depois, quando a psiquiatria adotou conceitos da psicologia, é que os casos mais moderados foram para os consultórios. É um equívoco catastrófico ignorar a importância de um tratamento psicológico. Não deveria ser vergonhoso procurar ajuda para suportar e encarar as frustrações da vida. Ruim é ficar mais doente ainda. Ruim é fugir da realidade e se entregar ao alcoolismo ou a outras drogas – nesse caso, o sofrimento é extensivo a todos os membros da família e o prejuízo emocional é muito maior. Todos nós conhecemos pessoas que precisam de ajuda psicológica, e podemos também nos incluir nessa lista. Por que precisamos dos psicólogos? Todos nós conhecemos pessoas com dificuldade de relacionamento. Pessoas com ansiedade. Com depressão. Com crises de estresse ou vivenciando traumas por um acidente, estupro, sequestro, etc. Todos nós conhecemos mães dominadoras, que implicam com todos os relacionamentos amorosos do(a) filho(a). Sofrem horrores. A vida delas é um martírio. Infelizes, trabalham pela infelicidade da prole. Todos nós conhecemos mulheres que sofrem violência doméstica em silêncio diante de uma plateia inocente, os filhos. Elas estão perdidas, sem saber que rumo tomar na vida. Todos nós conhecemos alguém que saiu de um relacionamento amoroso amargurado, revoltado. Perturbado(a) emocionalmente, trabalha incansavelmente para destruir a vida do(a) ex-companheiro(a). Todos nós conhecemos pessoas que conseguiram se livrar de algum tipo de dependência porque um amigo indicou uma determinada igreja e, após se recuperar do vício, adotou outro. Talvez pelo fato de que a religião ajuda, mas não cura. Todos nós conhecemos crianças que não superaram a morte ou a separação dos pais. A criança merece atenção especial, porque muito dificilmente ela vai conversar sobre o assunto que está incomodando. O sofrimento poderá se manifestar de diversas maneiras. É preciso saber enxergar esses sinais, pois o comportamento e as atitudes dela serão o indício de que existe sim a necessidade de ajuda psicológica. Levanta a mão quem nunca perdeu um amigo ou parente por suicídio. Uma morte que poderia ter sido evitada. Há algum tempo, a ideia de procurar um profissional na área de psicoterapia estava longe da realidade financeira de muita gente. Hoje, é possível encontrar esse serviço gratuito até mesmo nas pequenas cidades do interior, através do CREAS – Centro de Referência Especializada de Assistência Social ou CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Se você está precisando de ajuda ou conhece alguém que está, não hesite. Procure ou indique a unidade mais próxima no seu bairro. Aproveite para ler também: