Eleitor ubajarense: você sabe o que está acontecendo no seu bairro?
Por que estamos tão limitados à política nacional?
O que está acontecendo em Ubajara Ibiapina, Tianguá, São Benedito e outras cidades da serra da Ibiapaba além do que é divulgado nos perfis das autoridades?
Quando as pessoas não estão bem-informadas, são mais propensas a acreditar em informações imprecisas ou distorcidas, e menos propensas a se envolver em questões políticas e sociais importantes.
Lula ou Bolsonaro? Faz o L ou arminha?
Salvo exceções, a mídiacostuma enfatizar a luta pelo poder, o sensacionalismo e as celebridades.
Isso pode levar as pessoas a acreditarem que a política local não afeta suas vidas diárias — ou que elas não têm controle nenhum sobre as decisões relacionadas à comunidade.
Nesse contexto, está se tornando normal a política ser tratada como uma espécie de jogo em que se torce por um time ou candidato favorito e se defende essa escolha com unhas e dentes.
Muitas vezes, sem base em fatos concretos ou ideias consistentes.
Isso se reflete em comportamentos infantis de eleitores que preferem atacar que argumentar.
Essa polarização extrema e a falta de diálogo civilizado entre as pessoas com opiniões políticas diferentes é prejudicial para a democracia e para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.
A política é, ou pelo menos deveria ser, muito mais que uma disputa de poder: o meio pelo qual construímos o mundo em que vivemos. Por isso devemos tratá-la com a seriedade que merece.
A Assessoria de comunicação não deveria ser a única fonte de notícia
As diferenças entre notícias publicadas pela própria administração municipal em redes sociais e notícias produzidas por veículos independentes são bastante significativas:
o órgão público tende a mostrar fatos positivos e relatórios que refletem bem a sua gestão, o que é perfeitamente compreensível;
as informações fornecidas pela assessoria nem sempre são completas ou objetivas, pois a instituição pode omitir informações que considera prejudiciais à imagem da prefeitura;
a diversidade de opiniões e pontos de vista sobre as ações do governo é ignorada, já que os fatos estão sendo mostrados apenas por uma perspectiva.
Por outro lado, um veículo independente busca:
apurar, checar a veracidade das informações, confrontar os fatos para informar a população sem a intenção de agradar ou desagradar alguém;
dar voz a grupos e setores dasociedadeque não são contemplados pela assessoria da prefeitura, como organizações da sociedade civil, movimentos comunitários e minorias;
contribuir para a fiscalização das atividades do governo, evitar práticas abusivas ou ilegais e promover a transparência das ações públicas.
Em resumo, ambos os formatos de notícia são relevantes, mas a falta de um jornalismo independente prejudica a pluralidadedo debate público e a construção de uma sociedade democrática.
É preciso gerar ideias, propor soluções e apontar problemas que a administração pública sozinha pode não estar disposta a reconhecer ou resolver.
Gostou da autocrítica ou pensa diferente? Se você tem algo a dizer como eleitor ubajarense, deixe um comentário (respeitoso) neste post ou Publique seu artigo aqui.
Por Monique Gomes
Jornalista, copywriter, cinéfila e livre de glúten.
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