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O eleitor ubajarense está no piloto automático

Hoje, temos mais ferramentas de comunicação instantânea que nunca: fato. O celular virou a extensão do nosso braço e o WhatsApp está sempre na palma da mão.

Mas por que o eleitor ubajarense, que é humano, parece automatizado? Por que nos grupos de interesse por política não falamos ou lemos sobre assuntos da comunidade?

Eu me incluo na lista.

Aliás, obrigada aos adms (Ibiapabano da Gema, Ibiapaba 24 horas, Família Ubajarense e outros) que me concederam autorização para compartilhar artigos onde escrevo sobre várias coisas

(incluindo filmes de exorcismo).

Continue a leitura para fazermos uma autocrítica juntos.

Eleitor ubajarense: você sabe o que está acontecendo no seu bairro?

Por que estamos tão limitados à política nacional?

O que está acontecendo em Ubajara Ibiapina, Tianguá, São Benedito e outras cidades da serra da Ibiapaba além do que é divulgado nos perfis das autoridades?

Quando as pessoas não estão bem-informadas, são mais propensas a acreditar em informações imprecisas ou distorcidas, e menos propensas a se envolver em questões políticas e sociais importantes.

Lula ou Bolsonaro? Faz o L ou arminha?

Tela do celular mostra notícias para o eleitor ubajarense

Salvo exceções, a mídia costuma enfatizar a luta pelo poder, o sensacionalismo e as celebridades. 

Isso pode levar as pessoas a acreditarem que a política local não afeta suas vidas diárias — ou que elas não têm controle nenhum sobre as decisões relacionadas à comunidade.

Nesse contexto, está se tornando normal a política ser tratada como uma espécie de jogo em que se torce por um time ou candidato favorito e se defende essa escolha com unhas e dentes.

Muitas vezes, sem base em fatos concretos ou ideias consistentes.

Isso se reflete em comportamentos infantis de eleitores que preferem atacar que argumentar

Essa polarização extrema e a falta de diálogo civilizado entre as pessoas com opiniões políticas diferentes é prejudicial para a democracia e para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. 

A política é, ou pelo menos deveria ser, muito mais que uma disputa de poder: o meio pelo qual construímos o mundo em que vivemos. Por isso devemos tratá-la com a seriedade que merece.

A Assessoria de comunicação não deveria ser a única fonte de notícia

As diferenças entre notícias publicadas pela própria administração municipal em redes sociais e notícias produzidas por veículos independentes são bastante significativas:

  • o órgão público tende a mostrar fatos positivos e relatórios que refletem bem a sua gestão, o que é perfeitamente compreensível;
  • as informações fornecidas pela assessoria nem sempre são completas ou objetivas, pois a instituição pode omitir informações que considera prejudiciais à imagem da prefeitura;
  • a diversidade de opiniões e pontos de vista sobre as ações do governo é ignorada, já que os fatos estão sendo mostrados apenas por uma perspectiva.

Por outro lado, um veículo independente busca:

  • apurar, checar a veracidade das informações, confrontar os fatos para informar a população sem a intenção de agradar ou desagradar alguém;
  • dar voz a grupos e setores da sociedade que não são contemplados pela assessoria da prefeitura, como organizações da sociedade civil, movimentos comunitários e minorias;
  • contribuir para a fiscalização das atividades do governo, evitar práticas abusivas ou ilegais e promover a transparência das ações públicas.

Em resumo, ambos os formatos de notícia são relevantes, mas a falta de um jornalismo independente prejudica a pluralidade do debate público e a construção de uma sociedade democrática.

É preciso gerar ideias, propor soluções e apontar problemas que a administração pública sozinha pode não estar disposta a reconhecer ou resolver.

Gostou da autocrítica ou pensa diferente? Se você tem algo a dizer como eleitor ubajarense, deixe um comentário (respeitoso) neste post ou Publique seu artigo aqui.

Por Monique Gomes

Jornalista, copywriter, cinéfila e livre de glúten.