Simplesmente não pertencia àquele ambiente e é o que acontece com muitas mulheres que normalmente foram criadas em uma comunidade que nunca as compreendeu e as chamou de impróprias/doidas.
Clarissa Pinkola Estés é uma espanhola nativa americana/mexicana, psicanalista e especialista em pós trauma. Como jornalista, ela cobriu muitas histórias de sofrimento humano e esperança.
Foi adotada por uma família de imigrantes e refugiados e sua biografia nos diz que sua família mal sabia ler ou escrever. Mesmo analfabetos, eles eram amplamente sábios e valorizavam tudo em termos de contato com a natureza, plantas e animais.
Começaram a vida do zero, sozinhos, desde produzir os próprios sapatos a compor músicas. Essa incrível tradição está repleta de cânticos, histórias, mitos antigos, formas antigas de curar corpos e almas, bem como danças sagradas.
Tudo isso reflete maravilhosamente em Mulheres que Correm com os Lobos.
A autora compara o comportamento feminino ao comportamento dos lobos. Ela diz que a mulher de hoje foi separada do seu eu selvagem. Ela não está mais ligada à essência instintiva e não reconhece sua própria força, liberdade e valor.
Não amar a nós mesmos tem consequências devastadoras. O ato de viver encarando o mundo exterior e tentando se encaixar na ideia de mulher ideal, mesquinha e submissa, nos deixa infelizes.
Devemos, portanto, “nos conectar com a natureza como nossas antecessoras fizeram para redescobrir nosso valor”.
O amor é a única força que nunca pode ser extinta para sempre. É uma entidade transformadora que se espalha, nos faz crescer e morre apenas para renascer novamente.
Algo que pode tirar nossa vida e depois devolvê-la. Onde a paixão dá lugar à intimidade e ao compromisso maduro. Onde, às vezes, depois de uma pausa, o amor volta renovado e mais intenso.
As pessoas têm um medo enorme de chegar ao fundo do poço. Poderia haver algo pior? Ninguém quer perder tudo, inclusive a esperança. Mas o que mais temos a perder quando já perdemos tudo?
É exatamente quando algo novo surge em sua vida. Algo mágico mesmo. Nós perdemos nossas peles, nossas máscaras e pesos mortos, e voltamos mais fortes do que nunca.
O exílio é entendido como o ato de deixar para trás o conhecido e saltar para o desconhecido — solidão, incerteza, estranheza. Ele treina novas capacidades dentro de nós e nos ensina habilidades e qualidades, como: introspecção, segurança, observação e abertura.
Como a autora menciona:
“O antigo, Aquele que Sabe, está dentro de nós. Ela prospera na mais profunda alma-psique das mulheres, o antigo e vital Eu selvagem.
Sua casa é aquele lugar no tempo onde o espírito das mulheres e o espírito do lobo se encontram. O lugar onde a mente e os instintos se misturam, onde a vida profunda de uma mulher financia sua vida mundana.
É o ponto onde o eu e o tu se beijam, o lugar onde, em todo o espírito, as mulheres correm com os lobos.”
Esta é uma das ideias mais inestimáveis em Mulheres que Correm com os Lobos. Pense em como hoje alguns ainda definem as mulheres como o “sexo frágil”. Fraqueza e fragilidade sempre estiveram associadas ao sexo feminino.
Nossa cultura, ainda terrivelmente imatura, não compreende o verdadeiro significado de força. Forte não é aquele que consegue levantar mais peso ou correr mais rápido.
Forte é aquele que se depara com a vida de cabeça, não se rende, e vive com alegria e coragem.
Para concluir, essas citações de Mulheres que Correm com os Lobos são apenas uma pequena amostra do poço profundo de conhecimento ancestral que o livro nos oferece.
Mesmo parecendo exagerado, o título “bíblia do sagrado feminino” foi dado ao livro pelos próprios leitores. É comum a busca por se conhecer e quando uma obra trabalha bem essa demanda é logo abraçada pelo público.
Por meio dela se pode gerenciar valores, identidade, conhecimento, emoções e quebra de padrões limitantes. Além de tudo, o livro mostra onde estão as armadilhas que contribuíram para falhas grandiosas na nossa constituição.
Em Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés deixa bem clara a sua mensagem de empoderamento. Não dá para negar a existência de um poder grandioso nas mulheres, não é?
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
Já li algumas vezes e presenteie muitas amigas com ele. A sua resenha está excelente!
Que coisa mais linda você fez espalhando esse conhecimento valioso pra suas amigas! Obrigada pelo comentário! Beijos no coração.
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