Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem, livro de Clarissa Pinkola Estés, tem coisas profundas a dizer sobre o instinto feminino primordial.
É um texto fabuloso que convida a reinterpretarmos a experiência das mulheres por meio de contos populares, da arte e da natureza. Segundo a escritora, “dentro de cada mulher existe uma força poderosa de bons instintos, criatividade, paixão e conhecimento atemporal”.
Mas a sociedade nos fez esquecer na tentativa de nos “domar”…
Afinal, o que significa “Correr com os lobos”?
A autora diz que a frase “correr com lobos” significa ser mais ousada, exigente, vívida e instintiva.
Você se lembra do Patinho Feio que foi intimidado e rejeitado devido à aparência infeliz, apenas para crescer e se tornar um lindo cisne? O miserável herói desta história de cortar o coração nunca foi feio, nem incapaz.
Simplesmente não pertencia àquele ambiente e é o que acontece com muitas mulheres que normalmente foram criadas em uma comunidade que nunca as compreendeu e as chamou de impróprias/doidas.
Quem é Clarissa Pinkola Estés?
Clarissa é uma espanhola nativa americana/mexicana, psicanalista e especialista em pós-trauma. Como jornalista, ela cobriu muitas histórias de sofrimento humano e esperança.
Ela foi adotada por uma família de imigrantes e refugiados e sua biografia nos diz que sua família mal sabia ler ou escrever.
Mesmo analfabetos, eles eram amplamente sábios e valorizavam tudo em termos de contato com a natureza, plantas e animais. Começaram a vida do zero, sozinhos, desde produzir os próprios sapatos a compor músicas.
Esta incrível tradição está repleta de cânticos, histórias, mitos antigos, formas antigas de curar corpos e almas, bem como danças sagradas — tudo isso reflete maravilhosamente em Mulheres que Correm com os Lobos.
5 frases do livro Mulheres que Correm com os Lobos
A autora compara o comportamento feminino ao comportamento dos lobos. Ela diz que a mulher de hoje foi separada de seu eu selvagem. Ela não está mais ligada à essência instintiva e não reconhece sua própria força, liberdade e valor.
Não amar a nós mesmos tem consequências devastadoras. O ato de viver encarando o mundo exterior e tentando se encaixar na ideia de mulher ideal, mesquinha e submissa, nos deixa infelizes.
Devemos, portanto, “nos conectar com a natureza como nossas antecessoras fizeram para redescobrir nosso valor”.
O amor é a única força que nunca pode ser extinta para sempre. É uma entidade transformadora que se espalha, nos faz crescer e morre apenas para renascer novamente.
Algo que pode tirar nossa vida e depois devolvê-la. Onde a paixão dá lugar à intimidade e ao compromisso maduro. Onde, às vezes, depois de uma pausa, o amor volta renovado e mais intenso.
As pessoas têm um medo enorme de chegar ao fundo do poço. Poderia haver algo pior? Ninguém quer perder tudo, inclusive a esperança. Mas o que mais temos a perder quando já perdemos tudo?
É exatamente quando algo novo surge em sua vida. Algo mágico mesmo. Nós perdemos nossas peles, nossas máscaras e pesos mortos, e voltamos mais fortes do que nunca.
O exílio é entendido como o ato de deixar para trás o conhecido e saltar para o desconhecido — solidão, incerteza, estranheza. Ele treina novas capacidades dentro de nós e nos ensina habilidades e qualidades, como: introspecção, segurança, observação e abertura.
Como a autora menciona: “O antigo, Aquele que Sabe, está dentro de nós. Ela prospera na mais profunda alma-psique das mulheres, o antigo e vital Eu selvagem.
Sua casa é aquele lugar no tempo onde o espírito das mulheres e o espírito do lobo se encontram. O lugar onde a mente e os instintos se misturam, onde a vida profunda de uma mulher financia sua vida mundana.
É o ponto onde o eu e o tu se beijam, o lugar onde, em todo o espírito, as mulheres correm com os lobos.”
Esta é uma das ideias mais inestimáveis em Mulheres que Correm com os Lobos. Pense em como hoje alguns ainda definem as mulheres como o “sexo frágil”. Fraqueza e fragilidade sempre estiveram associadas ao sexo feminino.
Nossa cultura, ainda terrivelmente imatura, não compreende o verdadeiro significado de força. Forte não é aquele que consegue levantar mais peso ou correr mais rápido. Forte é aquele que se depara com a vida de cabeça, não se rende, e vive com alegria e coragem.
Para concluir, estas citações de Mulheres que Correm com os Lobos são apenas uma pequena amostra do poço profundo de conhecimento ancestral que o livro nos oferece. Ele ensina coisas muito valiosas para entrarmos em contato com a mulher selvagem que somos.
Se você ler este livro, certamente se tornará mais consciente da sua autoestima
Apesar de pertencermos à natureza desde o nascimento, a tentativa da sociedade de nos “civilizar” em papéis rudimentares obscureceu as mensagens profundas e afirmativas de nossos próprios ancestrais. Aqui, a autora revela uma riqueza de histórias para ajudar as mulheres a reconhecer suas próprias qualidades ferozes, sábias e visionárias.
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Já li algumas vezes e presenteie muitas amigas com ele. A sua resenha está excelente!
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Que coisa mais linda você fez espalhando esse conhecimento valioso pra suas amigas! Obrigada pelo comentário! Beijos no coração.
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