O garoto ganha um ursinho de pelúcia como presente de natal e tem o seu pedido realizado quando deseja que o boneco ganhe vida. Qual criança não adoraria assistir a um filme com esse enredo?
O filme Ted (2012) está em cartaz nos cinemas e recentemente chamou a atenção do público pela declaração feita pelo Deputado Protógenes Queiroz (PcdoB), que ficou indignado ao assistir o filme com o seu filho de 11 anos.
Ele pediu a suspensão da exibição, mais tarde cancelou a decisão e solicitou que a classificação fosse alterada de 16 para 18 anos.
Sobre o filme
Na história, o menino se torna um adulto e Ted, o urso, é seu companheiro de todas as horas.
Um dos programas preferidos de ambos é fumar maconha enquanto veem TV.
O ursinho Ted aproveita a vida como um porra-louca. Ingere bebida alcoolica, drogas, faz sexo com um grupo de prostitutas e esbanja um senso de humor negro e sarcástico (ele agradeceu pelo acontecimento de 11 de setembro nos EUA).
O Ministério da Cultura deveria, sim, alterar a classificação etária do filme. O urso de pelúcia é uma figura presente no universo infantil e essa ingenuidade deve ser preservada, mas, apesar do politicamente incorreto, o roteiro é divertido.
O uso inadequado da linguagem infantil
Pouca gente sabe que na primeira versão impressa do conto da Chapeuzinho Vermelho, escrita por Charles Perrault, a menina morria no final, devorada pelo lobo.
Obviamente uma história com requintes de crueldade, que tinha o objetivo de fazer com que as mulheres percebessem as verdadeiras intensões de maus pretendentes com a metáfora do lobo.
E a história da Chapeuzinho Vermelho foi passando por diversas transformações nas mãos de outros autores, até chegar na versão final, em que Chapeuzinho e vovozinha são salvas pelo caçador.
É fato que naquela época (Século 17) as pessoas tratavam as crianças como adultas porque não sabiam como interagir com o universo infantil.
Até que, no mundo das letras, entrou em cena a figura de Monteiro Lobato, autor que, de uma forma muito especial, soube se comunicar com esse público.
Se estivesse vivo, ficaria de cabelo em pé ao assistir o filme de um ursinho de pelúcia transviado. Hehehe.
CONCORDO!!!
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