Na verdade, é interessante notar quando a trama prende o espectador na condição auditiva dele e quando nos permite escapar dela. Apesar do problema, ele decide continuar fazendo shows mas, inevitavelmente, quando começa a afetar o desempenho na bateria, entra em pânico e decide ir ao médico.
Isso apenas confirma seu pior medo: perder parte da audição com prejuízo total se continuar a se expor a ruídos altos.
A vida inteira de Ruben gira em torno de sua música, então a notícia o atinge com força. Aqui, o personagem principal é lançado em uma situação horrível: é impedido de fazer o que ama.
A atuação de Ahmed como deficiente auditivo é cativante e fascinante de assistir. As expressões faciais comunicam os sentimentos de Ruben de uma forma raramente vista em um filme onde há muitas falas.
Ele frequenta uma clínica de reabilitação para surdos, onde é orientado por Joe (Paul Raci), que nunca deixa de dizer a coisa certa na hora certa.
Acontece que nem todos estão abertos ao aprendizado e, assim, a jornada se torna mais demorada e sofrível.
O Som do Silêncio é cheio de momentos frustrantes, mas, acima de tudo, tem muito a nos ensinar.
Embora o final pareça um pouco comum, é, sem dúvida, uma passagem catártica cuja mensagem é poderosa e merecedora de todos os elogios.
O Som do Silêncio apresenta performances incríveis de Riz Ahmed e Olivia Cooke.
Os atores entregam interpretações profundas e emocionalmente poderosas, cativando o público e transmitindo a essência dos personagens de forma autêntica e envolvente.
O filme aborda a temática da surdez de maneira sensível e realista, explorando os desafios e as experiências únicas enfrentadas pelas pessoas surdas.
Essa abordagem proporciona uma oportunidade de aprendizado e empatia, permitindo que os espectadores ampliem sua compreensão e apreciem diferentes perspectivas.
Com um roteiro cuidadosamente elaborado, O Som do Silêncio apresenta uma narrativa cativante e bem desenvolvida.
A história é repleta de momentos emocionantes, reflexões profundas e reviravoltas surpreendentes, mantendo o espectador envolvido do início ao fim.
A direção de Darius Marder é notável em “O Som do Silêncio”.
Com escolhas visuais e sonoras significativas, o diretor cria uma atmosfera imersiva e tocante, intensificando a experiência do público e enfatizando a importância do som e do silêncio na trama.
O filme vai além da questão da surdez e explora temas universais como identidade, aceitação e busca por propósito na vida.
Os personagens passam por jornadas pessoais significativas, permitindo que os espectadores se conectem emocionalmente e reflitam sobre suas próprias jornadas de autodescoberta.
Se você ainda não assistiu a O Som do Silêncio, assista com atenção ou, melhor ainda, use fones de ouvido. É um filme projetado para envolvê-lo, e não apenas para ser reproduzido em segundo plano.
Qual o sentido do filme Nove Dias?
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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