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Este é o melhor filme ruim da história do cinema

Você está preparado(a) para conhecer o melhor filme ruim de todos os tempos?

The Room (2003) é um filme que, de tão ruim, se transformou em clássico cult com direito a reexibição nos cinemas por aí afora. A obra-prima foi escrita, produzida, estrelada e dirigida por Tommy Wiseau. 

Continue a leitura para saber tudo.

The Room: o melhor filme ruim das galáxias

The Room é sobre um triângulo amoroso melodramático: Johnny (Tommy) está noivo de Lisa (Juliette Danielle), mas a moça é apaixonada por Mark (Gregory Sestero).

Logo no início acontece a primeira e interminável cena sequiçual entre Johnny e Lisa. É um momento útil para lembrar de como os bebês são feitos, caso você tenha esquecido. 

O diretor optou por cores saturadas, trilha sonora romântica, as clássicas rosas vermelhas e um recurso, no mínimo, inusitado: a água da chuva escorre pelo vidro da janela quando lá fora tá fazendo o maior solzão. O fenômeno volta a acontecer em outra cena caliente

Lisa, que não parecia nem um pouco infeliz nesse momento de pegação, comenta com a mãe que não ama Johnny. Estou pensando em acabar com tudo!!! O motivo principal: “eu acho ele chato por querer me dar uma casa”…

A senhora tenta convencê-la do contrário, preocupada porque a filha não sabe bater um prego numa barra de sabão pra se sustentar. Aliás, desculpa. Ninguém limpa a casa como ela, que arrasta a vassoura no mesmo metro quadrado de chão o dia todo. 

A moça convida Mark, o melhor amigo de Johnny, para conversar a sós. Prepare-se para testemunhar o momento mais erótico da história do cinema.

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[ De acordo com especialistas do filme The Room ]

Cena sedutora do filme The Room

  1. acenda velas, coloque música e vista uma roupa sexy com um casaquinho por cima;
  2. ofereça uma bebida alcoólica;
  3. comente que está fazendo muito calor e pergunte se tá tudo bem tirar a blusa; 
  4. mantenha o olhar fixo na vítima enquanto tira a roupa (essa parte é importante);
  5. se a pessoa perguntar o que está acontecendo, diga coisas como: “eu gosto muito de você”;
  6. encaminhe o bofe para a escada mais próxima e comece a pegação, sem se importar o quanto isso é desconfortável.
  7. Se você aplicar essa técnica, depois me conta como foi. 

Bem, voltando a The Room, entre os personagens da trama está um garoto que vive bisbilhotando a casa. A importância dele na obra é questionável, mas todos os amigos de Lisa e Jhonny são meio estranhos.

Por exemplo: vestem smoking pra jogar futebol, levam um livro em vez de preservativo pra transar com a namorada, entre outras marmotas. 

Ao descobrir que Lisa o está traindo com Mark, Jhonny toma uma atitude drástica: grampeia o telefone. É porque não basta ser traído, tem que provar pra si mesmo que foi traído… 

O filme, então, atinge o clímax: a festa de aniversário de Johnny. Ele revela a recente descoberta, briga com Mark, imediatamente perdoa Mark, briga com ele novamente, expulsa todos os convidados, se tranca no banheiro, finalmente sai, repreende Lisa e depois… bem… acontece uma tragédia.

Mark beija a testa de Johnny, chama Lisa de vagabunda e vai embora…

Quer dizer, eu não prestei atenção porque já sou expert na arte da sedução. Mas memorizei o passo a passo completo pra poder te ajudar a se dar bem no amor. Acompanhe:

6 Curiosidades sobre o clássico The Room (2003)

Tommy Wiseau, autor do melhor filme ruim das galáxias
Crédito da foto: Wiseau Films

1. Como a ideia do filme nasceu

Tommy foi inspirado por Matt Damon em O Talentoso Ripley (1999). Depois de ser rejeitado por todos os papéis para os quais fez teste para atuar, disse ao amigo Greg Sestero: “Quer saber? Foda-se isso, cara. Vou escrever o meu próprio filme”.

Declarou ainda que seria “melhor do que todos os outros”, ostentando que, “meu filme terá sete personagens principais”, ofuscando os míseros três personagens de O Talentoso Ripley. Tommy prometeu a si mesmo que o seu filme teria emoção. “Eu vou mostrar a esses bastardos do que eu sou capaz”.

2. The Room quase foi um romance de 600 páginas

Originalmente, Tommy não faria nenhum filme. Ele imaginou The Room como uma obra-prima da literatura americana. No início, era pra ser um “romance de 600 páginas“. Em algum momento, mudou de ideia e tentou transformar o projeto em uma peça.

Mas, no final, decidiu ir para a tela de cinema porque, em suas próprias palavras: “Fiz um estudo e concluí que, na América, o número de pessoas que veem teatro é muito menor que o de pessoas que vão ao cinema”. Essa “pesquisa” foi fundamental para a tomada de decisão do cineasta…

3. O elenco foi substituído diversas vezes

Tommy Wiseau é um perfeccionista convicto de que não poderia deixar ninguém estragar suas ideias. Se alguém tentasse dizer que ele estava errado, era demitido, o que aconteceu com frequência durante as filmagens. Inclusive, as três primeiras Lisas foram substituídas.

Uma delas, ironicamente, pelo fato de ter um “sotaque estranho” (Tommy também tem sotaque estranho). No final, o papel coube a Juliette Danielle, uma mulher que trabalhava em um abrigo de animais. Danielle disse que a única orientação que recebeu foi assistir a De Olhos Bem Fechados (1999), de Stanley Kubrick…

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4. O final do filme ia ser bem diferente

Conforme as filmagens continuavam e os jornais noticiavam a estreia, Tommy ficou preocupado. Algo de errado não estava certo. “Precisamos de algo maior, mais espetacular”, disse à equipe. Ele sabia exatamente o que fazer: no final do filme, declarou, seu personagem Johnny deveria pular em um Mercedes-Benz e voar para o céu.

“Por que você quer fazer isso?”, perguntou o diretor de fotografia. “É apenas uma possível trama paralela. Talvez Johnny seja um vampiro”, respondeu. Ninguém estava totalmente claro sobre por que, exatamente, ele pensava que o público entenderia que o personagem era um vampiro se dirigisse um carro voador.

Mas depois que as últimas três equipes foram demitidas, ninguém quis questionar. A cena não entrou no filme, simplesmente porque Tommy não conseguia descobrir como fazer o carro parecer que estava voando. Mas ele ainda achava a ideia brilhante. “Você vê como eu sou criativo?” , “Alguém aqui é um bom diretor”, concluiu.

5. A cena sobre o câncer de mama foi planejada

Um dos momentos mais estranhos do filme é quando a mãe de Lisa anuncia, do nada, que “definitivamente” está com câncer. Nem ela e nem a filha demonstram um pingo de emoção na cena. Inclusive Liza diz: “concentre-se em ficar bem”, como se estivessem falando de um simples resfriado.

O cineasta trabalhou essa linha de propósito, acreditando que dar pouca importância à doença fortaleceria os sobreviventes do câncer de mama… Ele disse que teve essa ideia ao fazer uma pesquisa meticulosa e descobrir que pacientes com câncer não gostam de ser lamentados…

6. O filme deu origem a um livro, que gerou outro filme

O ator, modelo e escritor Greg Sestero, que atuou como o amante de Lisa, escreveu o livro Artistas do Desastre: A minha vida dentro de The Room, uma narrativa sobre a experiência que teve com o filme. Anos depois, James Franco viu o “potencial” da história e, assim, nasceu o filme de mesmo nome.

Sem sombra de dúvidas, The Room é o melhor filme ruim pra você assistir repetidas vezes e se divertir com os amigos! Onde assistir? Infelizmente ainda não está disponível em streaming!

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