Como explicar questões de preconceito para crianças?
Durante muito tempo, houve um esforço conjunto por parte de pesquisadores, educadores e pais para combater o desenvolvimento do preconceito racial.
No entanto, surge a questão: como podemos incentivar as crianças a se envolverem com assuntos relacionados à raça, em vez de evitá-los?
Entramos em contato com cientistas sociais para perguntar como podemos envolver as crianças no aprendizado racial positivo – e aqui estão as respostas que eles forneceram.
Converse abertamente sobre preconceito
Entenda como fazer isso de acordo com a idade da criança.
Crianças de 0-4 anos
Crianças muito pequenas não compreendem assuntos perturbadores. Proteja-as de notícias, imagens ou conversas complexas.
Responda às perguntas com detalhes tranquilizadores, transmitindo calma. Finalize mostrando que estão seguras e adultos estão trabalhando para melhorar a situação.
Algumas crianças podem mostrar preconceito em relação a outros grupos de pessoas aos 5 anos de idade, por isso é importante celebrar a diversidade desde sempre.
Crianças de 5-10 anos
Converse sobre diversidade, inclusão e preconceito. Explique injustiças e reforce que todos merecem segurança. Use brincadeiras e histórias para abordar situações injustas.
Pergunte o que sabem ou o que ouviram e como se sentem a respeito. Elas podem não ter palavras para dizer como se sentem, mas você percebe pelo comportamento.
Responda às perguntas o mais francamente possível, sem assustá-las. Se você não sabe as respostas, não tem problema em reconhecer isso.
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Crianças de 11 anos e acima
Pode ser difícil saber o quanto as crianças mais velhas e os adolescentes estão entendendo sobre preconceito, mas é por isso que o diálogo sempre é bem-vindo.
Verifique com eles o que sabem e como se sentem. Pergunte se eles têm alguma dúvida e expanda a conversa quando puder, mas deixe que assumam a liderança.
Deixe-os saber que seus sentimentos fazem sentido. Se não fazem sentido para você, fique curioso para saber por que fazem para eles, sem tentar mudá-los.
Nossas ações devem ser coerentes com as nossas palavras
Pais, cuidadores e professores enfrentam desafios constantes relacionados à diversidade. Começar por nós mesmos é crucial: refletir sobre nossos próprios preconceitos e visões culturais é fundamental.
Devemos examinar os “filtros” que influenciam nossa perspectiva e as palavras que usamos para ensinar as crianças sobre suas próprias culturas e as dos outros.
É vital mostrar interações genuínas com pessoas diferentes em vez de limitar isso apenas a funcionários remunerados para transmitir uma valorização real da diversidade.
Integrar discussões sobre diversidade em conversas cotidianas e atividades é essencial. Reservar isso apenas para momentos específicos sugere que não é tão importante quanto outras coisas.
Estar preparado para combater o preconceito, mesmo que não intencional, é necessário. As crianças observam como os adultos reagem diante de comportamentos ofensivos ou discriminatórios. O silêncio pode sugerir que toleramos ou ignoramos tais comportamentos.
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Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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