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Black Mirror: Joana é Péssima explicado

Depois de uma longa espera, Black Mirror está de volta com a 6ª temporada na Netflix.

A série é conhecida por explorar vários gêneros e temas ligados aos avanços tecnológicos, além de mostrar os perigos de ir longe demais com isso e questões sociais.

O primeiro episódio, “Joan Is Awful” ( Joana é Péssima ) é o tipo de metalinguagem nas telas.

Abaixo, detalharemos o contexto cheio de IA e o que tudo isso significa.

Qual é o enredo de ‘Joana é Péssima’?

Cena do episódio 1: Joana é Péssima na qual Joana é presa pela polícia.

A série da ficção mostra o dia a dia de Joana. Ela despede um colega e reacende um caso com o ex-namorado em poucas horas.

Então, volta para casa e se abraça com o atual namorado para encontrar um programa no streaming Streamberry (uma analogia óbvia à Netflix, incluindo o logotipo da marca).

Uma alternativa misteriosa aparece na tela: a série tem o título “Joana é Péssima”. 

A atriz Salma Hayek interpreta a personagem titular que tem um estilo de cabelo muito parecido com o de Joana. 

Ainda mais assustador, tudo que Joana faz imita o que a verdadeira Joan havia feito naquele dia, incluindo assistir “Joana é Péssima”. 

Que tecnologia usam no episódio Black Mirror?

Todo a série dentro da série é gerada por CGI com ajuda de informações emitidas pelo celular de Joana e uma imagem licenciada de Salma Hayek. 

Com tecnologia futurista (embora não muito inimaginável), o computador quântico de Streamberry é capaz de misturar tudo e… bum! criar um episódio automaticamente!

Ao se encontrar com uma advogada, Joana descobre que não tem recurso. Acontece que ela abriu mão de seus direitos ao concordar em usar o aplicativo.

Salma Hayek – a versão do programa de TV – descobre que é igualmente impotente depois que a tentativa de Joana de chamar sua atenção funciona.

( Joana come dezenas de sanduíches, toma uma quantidade enorme de laxantes, vai até a uma igreja e defeca no meio de um casamento ).

Reviravolta Inesperada em Joan is awful

O grande plot twister acontece quando Joana, interpretada por Salma Hayek, e Annie Murphy descobrem que seu mundo é apenas um nível fictício abaixo da realidade da verdadeira Joana.

“Joana” é, na verdade, a atriz Annie Murphy, que está tentando colaborar com a verdadeira Joana fora da versão Streamberry de seu mundo.

Com determinação, as duas Joanas destroem a máquina, libertando-se e destruindo toda a programação da Streamberry.

Embora ambas sejam condenadas à prisão domiciliar por suas ações, encontram uma sensação de felicidade ao restaurar algum senso de normalidade em suas vidas.

Mensagens Perturbadoras

O CEO da Streamberry admite que a empresa tem capacidade de recriar a vida das pessoas de forma positiva, mas os consumidores têm uma preferência por notícias negativas e escândalos sórdidos.

O primeiro episódio de Black Mirror não apenas satiriza os termos e condições negligenciados pelos usuários, mas também revela aspectos sombrios da indústria de streaming.

A prioridade da Streamberry não é o controle de qualidade, mas o volume de produção.

Usando dados das pessoas, ela cria programas por meio de inteligência artificial rapidamente, eliminando a necessidade de equipes de produção, roteiristas e editores profissionais.

O conteúdo gerado por IA atrai os consumidores de streaming, economiza tempo e dinheiro para os executivos da Streamberry.

Conclusão

Joana é Péssima, o primeiro episódio da sexta temporada de Black Mirror, nos alerta sobre as consequências negativas do avanço tecnológico quando não existe ética.

Com uma narrativa envolvente e reviravoltas surpreendentes, é um convite para a sociedade refletir sobre nossa relação com a tecnologia e as escolhas que fazemos em um mundo cada vez mais conectado.

Trailer do Primeiro Episódio Joana é Péssima


Por Monique Gomes, jornalista, cinéfila e livre de glúten