Um dia, um colega de trabalho no escritório, navegando em pornografia na Internet, mostra a Lars uma boneca de vinil em tamanho real que pode ser personalizada de acordo com as especificações.
Algumas semanas depois, uma caixa de embalagem é entregue a Lars, e logo o irmão e a cunhada são apresentados à boneca, Bianca.
Bianca é uma missionária paraplégica, metade brasileira, metade dinamarquesa. Lars a leva a todos os lugares em uma cadeira de rodas.
Ele tem uma explicação para tudo, inclusive por que ela não fala ou come.
O filme de alguma forma implica sem dizer que, embora a boneca venha anunciada com “orifícios”, Lars não a usa para fins sexuais. Não, ela é uma companheira ideal, até porque nunca pode tocá-lo.
Com uma serenidade que beira o surreal, Lars a leva a todos os lugares, até à igreja. Ela é tão real quanto qualquer pessoa em sua vida pode ser.
Gosling é silenciosamente revelador nesse papel, seu personagem acomoda Bianca com breves pausas e silêncios, permitindo que as lacunas momentâneas sejam preenchidas pelo que imaginamos que ela possa estar dizendo.
Podemos imaginá-la nos espaços que ele deixa para ela no meio do discurso, mas ainda mais incrível é quando Lars responde à Bianca, insinuando que ela mesma iniciou a conversa, como qualquer pessoa normal faria.
A chegada de Bianca na vida de Lars chamou a atenção dos moradores da cidade que sempre o observaram de longe, especialmente sua colega, Margo.
Preocupados com ele, Gus e Karin levam Lars para ver uma psiquiatra sob o pretexto de que Bianca precisa de check-ups semanais. A médica aconselha a moderar a ilusão de Lars para entender o que está por trás disso.
Mas quando tratam Bianca como uma pessoa real, algo mágico acontece: Lars começa a gostar da interação humana, desde que Bianca esteja presente.
De repente, quase todos na cidade concordam com essa abordagem. Lars, conhecido pela solidão, começa a sair de sua concha, e as pessoas aceitam sua ilusão porque veem que ele está progredindo.
Ele é diagnosticado com transtorno de personalidade esquizoide: prefere solidão, evita relacionamentos íntimos e mostra pouco interesse em se conectar com os outros. Suas interações sociais são limitadas, e ele tende a evitar situações que envolvam contato físico ou emoções.
Embora não saibamos muito sobre sua infância, seu irmão mais velho, Gus, se preocupa com o fato de ter deixado Lars para trás ao sair de casa cedo. Ele se questiona se sua presença teria feito alguma diferença na vida de Lars.
“A Garota Ideal” é uma comédia romântica com toques de drama — ou um drama com toques de comédia. O filme do diretor Craig Gillespie vai te fazer rir, suspirar e até se emocionar! (Eu ri e chorei assistindo).
É uma bela história sobre pessoas essencialmente boas, o que a torna bastante refrescante em termos de entretenimento. Não há anti-heróis aqui; apenas pessoas que querem ver o melhor nos outros.
A ideia de um romance legítimo entre um homem adulto e uma boneca pode deixar você desconfortável, mas se prestar atenção, vai conseguir entender as metáforas sobre amadurecimento.
Então, se você está a fim de ver o Ryan Gosling apaixonado por uma boneca que não é a Barbie, não perca A Garota Ideal que está disponível no Prime Video.
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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