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A surpreendente história de Uba e Jara

Revista de Entretenimento

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Imagem produzida em novembro de 2015 / Texto produzido em junho de 2009

Jara, a índia de longos cabelos cor de burro quando foge, não era virgem, tampouco tinha lábios de mel. Ativista, destemida e avançada para o tempo, muitas vezes falava sobre um futuro que os outros não compreendiam.

Autodidata: aprendeu a ler e escrever sozinha. Devorava temas sobre filosofia e ciência, principalmente. Boatos corriam que era filha de Tupã, o espírito do trovão, o grande criador dos céus, da terra e dos mares. Isso porque desconheciam a origem daquela erudição.

Quando bebê, foi abandonada próximo ao sumidouro, no sítio Suminário, enrolada em um pano branco, ainda suja de sangue — certamente em consequência de parto recente. Chorava feito um bezerro desmamado.

O pajé Ferdinando Tadeu, curandeiro que explorava fauna e flora na região, foi quem a encontrou. Comovido, o bom homem a levou para a aldeia dos tabajaras, na gruta de Ubajara. Lá, a pequenina recebeu cuidados e educação conforme os costumes da tribo.

Desde cedo, ela o ajudava a colher plantas medicinais para o preparo de banhos, chás, xaropes e vários remédios. Adquiriu diversos conhecimentos, curou muitos enfermos e se tornou indispensável na aldeia.

Ano 1884. Em uma tarde ensolarada, Jara preparava a habitual make de urucum para realçar o olhar quando sabiamente percebeu que, naquele momento, aconteceria a revoada das tanajuras.

Espalhou protetor solar fator 50 pelo corpo, calçou um par de Havaianas e saiu à caça das famosas formigas comestíveis. Os vizinhos Cauã, Anahi e Tainá também fizeram o mesmo. Todos entoavam o mantra sagrado:

“Cai, cai, tanajura, que teu pai tá na gordura…”

Leia a história na íntegra: baixe o e-book:

 

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[Leia também] Tanajuras, as formigas comestíveis

Na Serra da Ibiapaba é assim… no início do ano, logo no primeiro dia de sol depois de um período de chuvas, acontece a manifestação das tanajuras – enormes formigas voadoras que possuem um ferrão capaz de beliscar com força qualquer um que as ameace. Sim, elas possuem personalidade forte (seriam feministas?)… Leia Mais

Monique Gomes é jornalista certificada em Marketing de Conteúdo e Co-fundadora do Projeto TM Fácil.

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6 comentários em “A surpreendente história de Uba e Jara”

  1. liduina paiva

    Muito interessante ,belas palavras ,sempre contando com certeza o q acontece no dia dia dos indios apaixonados !!!♥♥♥

  2. Gostei do time com o humor. rssrsrsr.

    Jara é a primeira feminista moderna que morre de inveja pq homem consegue mijar em pé. Todas as feministas, no fim, só querem mijar em pé. Não ligam para igualdade de salários, liberdade, etc…

  3. Aê, Denes. Uma curiosidade: em que passagem dessa história você identificou que Jara é feminista?

    Olha só esse trecho que Xico Sá escreveu em seu último artigo:

    “Sem essa da inveja do pênis, doutor Sigmund (as fêmeas continuam invejando essa nossa insignificância?), sem essa, se liga, hoje em dia elas têm mais pau do que nós. O pau moral, o pau da pronúncia, o pau do discurso…”

    O que você acha? Leia na íntegra aqui http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/13/opinion/1447411428_613755.html

  4. Muito bom! Imaginava um final já com indiozinho(a)s correndo atrás de tanajuras, mas sabendo tratar-se da primeira parte, possivelmente terá um desfecho plausível e que venha trazer orgulho ao povo da nossa cidade, e que venha enriquecer ainda mais sua história. Orgulho ser de Ubajara-CE.

  5. Oi, Edvar. Eu imaginava que alguém pudesse se sentir ofendido.
    Bom que gostou. Vou tomar coragem para criar novos capítulos.
    Preciso só resgatar meu senso de humor que está em baixa (comecei essa história em 2009)

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