A Netflix está de volta com mais uma história bizarra e real — dessa vez sobre o serial killer Jeffrey Dahmer.
Em DAHMER – Um Canibal Americano (2022) Evan Peters desempenha um papel que provavelmente estava destinado a interpretar desde que Ryan Murphy o escalou como o fantasma de um atirador escolar em American Horror Story: Murder House.
Questões sobre o papel da polícia na sociedade americana, e se a própria instituição está fundamentalmente falida, só ganharam força desde a prisão de Dahmer.
Quem é Jeffrey Dahmer?
Jeffrey Lionel Dahmer, um serial killer americano e criminoso sexual, nasceu em 21 de maio de 1960. Entre os anos de 1978 e 1991 assassinou aproximadamente 17 homens de maneira brutal. Estupro, desmembramento, necrofilia e canibalismo faziam parte de seu modus operandi.
Por que é importante falar sobre isso?
Porque muitas mortes poderiam ter sido evitadas não fosse o racismo estrutural que resultou em falhas institucionais graves da polícia.
A série mostra o áudio original da vizinha de Dahmer, Glenda Cleveland (Niecy Nash), que chama a polícia várias vezes, afirmando explicitamente: “alguém está sendo ferido ou morto” – mas sem sucesso.
E depois há o juiz que declara, com orgulho, que vai dar “uma segunda chance” a Dahmer para que o rapaz aprenda a lição e aja como um cidadão…
Isso se transforma em várias oportunidades para o sociopata continuar matando. Por quê? Porque Dahmer é um cara branco, enquanto suas vítimas são predominantemente jovens gays negros.
O caso chama atenção pelo completo descaso das autoridades diante das provas. Vários policiais foram demitidos depois que veio à tona o fato de que deixaram que um adolescente visivelmente drogado ficasse na casa de Dahmer.
O que é Racismo estrutural?
Não existe uma definição “oficial” de racismo estrutural – ou dos conceitos intimamente relacionados de racismo sistêmico e institucional – embora várias definições tenham sido oferecidas.
No entanto, todas deixam claro que o racismo não é simplesmente o resultado de preconceitos particulares, mas também é produzido e reproduzido por leis, regras e práticas, sancionados, implementados por vários níveis de governo e até mesmo incorporados no sistema econômico, bem como nas normas culturais e sociais.
Quem são as vítimas de Jeffrey Dahmer?
Em grande parte, homens e até meninos negros. A ausência de justiça por tanto tempo mostrou como as autoridades negligenciaram a própria comunidade que ele explorava. Quando finalmente foi pego, encontraram um total de sete crânios e um coração humano no freezer.
Jeffrey cometeu o primeiro assassinato em 1978, apenas três semanas depois de se formar no ensino médio. Geralmente pegava as vítimas em bares gays, shoppings, pontos de ônibus e as atraía para sua casa com promessas de dinheiro ou sexo — de acordo com o portal Biography.
Depois que as matavam, ele fazia sexo com elas e desmembrava seus corpos, às vezes mantendo partes, como crânios ou genitais para guardar de lembrança.
Em um caso específico, depois de ouvir a notícia da morte de um homem bonito no jornal, ele tentou escavar a cova para dormir com o cadáver. Sua obsessão necrófila é uma coisa impressionante.
O que aconteceu com o serial killer na vida real?
Em 1992 ele foi condenado a 15 sentenças consecutivas de prisão perpétua, o que equivale a 957 anos de prisão. Mais tarde, recebeu a 16ª sentença de prisão perpétua por outro crime. Dois anos depois, Dahmer foi espancado até a morte por um colega da prisão.
Para saber mais:
Conversando com um serial killer: O Canibal de Milwaukee
O documentário O Canibal de Milwaukee está previsto para entrar no catálogo da Netflix no dia 7 de Outubro. O filme apresenta entrevistas em áudio nunca antes ouvidas entre Dahmer e a equipe de defesa na investigação de sua deformação psique.
O registro apresenta novas informações com jornalistas, promotores, psicólogos, amigos e familiares das vítimas. Lança uma nova luz sobre questões de raça, classe, sexualidade e policiamento que deu origem a um dos mais assassinos notórios do século 20.
Livro: Meu amigo Dahmer, de Derf Backderf
Graphic novel assombrosa e original escrita por um colega de Dahmer. O autor cria o retrato surpreendente de um jovem perturbado lutando contra os impulsos mórbidos que emanam dos recessos profundos de sua psique. O resultado é um Jeffrey Dahmer que poucos realmente conheceram e que o leitor jamais esquecerá.
Livro: Racismo Estrutural, de Silvio Almeida
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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