Se você conhece o termo “abrir a caixa de Pandora” sabe o significado negativo que a frase tem. Pois bem. E se eu te dissesse que Pandora não tinha uma ‘caixa’ , nem era ‘vilã’?
As mulheres na mitologia foram marginalizadas pelos contadores de histórias.
Como resultado, hoje olhamos para elas através das lentes de filmes de Hollywood e versões audiovisuais recentes, sem compreender plenamente a importância que tiveram.
A real sobre as mulheres na mitologia grega
A primeira mulher, criada pelos deuses como punição pela aquisição ilícita do fogo pelos mortais, é geralmente descrita como uma espécie de agente enviada à Terra pelos deuses com uma caixa cheia de males: doença, morte, discórdia, miséria e outras mazelas.
Conhecimento comum, certo?
Segundo a escritora e pesquisadora Natalie Haynes no livro O Jarro de Pandora, há outras versões da lenda. Em algumas variantes, os bens que Pandora carregava não eram vícios, mas virtudes como autocontrole e confiança.
E, segundo Esopo, não foi uma mulher que os soltou no mundo, mas um “homem curioso ou ganancioso” que abriu a tampa do pote. A história, ao que parece, é mais complicada do que fomos levados a acreditar.
Parte do problema é que as versões conhecidas datam da era vitoriana e do início do século 20 e, portanto, são filtradas pelas lentes patriarcais que predominavam nos estudos daquela época.
As amazonas também são mencionadas no livro. Um crescente corpo de pesquisa e evidência arqueológica se acumulou nos últimos anos atestando a presença generalizada de mulheres guerreiras nas quais as histórias greco-romanas foram baseadas.
“Um tradutor sempre faz escolhas”
“Um tradutor sempre faz escolhas”, explicou a classicista Emily Wilson em uma entrevista de 2018 ao Channel 4 News. Ela estava respondendo à polêmica gerada pela primeira tradução conhecida por uma mulher – da Odisseia de Homero.
Comentaristas a acusaram de traduzir mal o original, ao que ela respondeu desdenhosamente que foram os primeiros tradutores do sexo masculino que obviamente filtraram o trabalho por lentes mais politizadas.
“Todas as traduções são compostas por palavras cem por cento diferentes das do original”, finalizou.
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O Jarro de Pandora
No livro “O Jarro de Pandora”, a pesquisadora reexamina o percurso de 10 mulheres mitológicas, incluindo Pandora, Helena de Troia e Medusa.
Com um estilo perspicaz e bom humor, ela proporciona uma compreensão mais profunda das verdadeiras origens das personagens, desafiando estereótipos e oferecendo uma visão mais honesta.
Ao trazer à tona essas narrativas distorcidas e oferecer uma visão mais completa e justa, Haynes coloca as mulheres mitológicas no centro do palco, devolvendo a elas seu lugar de protagonistas.
O Jarro de Pandora convida os leitores a questionar as narrativas previamente estabelecidas e a reconhecer o valor das mulheres na mitologia, ao mesmo tempo em que estimula reflexões sobre a igualdade de gênero e o empoderamento feminino na sociedade atual.
Serviço:
Livro/link: O Jarro de Pandora
Autora: Natalie Haynes @nataliehaynesauthor
Editora: Cultrix
Páginas: 352
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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