A sexualidade é parte vida humana, mas as atitudes sociais em relação a ela ainda variam amplamente entre as diferentes culturas.
De acordo com a pesquisa “Prazer sexual! Você sabe o que é isso?”, conduzida pela Miess Sex Shop, constatou-se que 24% dos brasileiros ainda acham o sexo pecaminoso.
Por outro lado, existem pessoas que discordam desse ponto de vista.
Segundo o mesmo estudo, 10,19% dos participantes afirmaram ter mudado de opinião sobre o assunto, e 5% abandonaram a ideia de pecado depois de mudanças na crença religiosa.
Qual a origem do “sexo pecaminoso”?

No Brasil, a percepção do sexo como perversão foi influenciada pelo catolicismo, que enfatizou a abstinência sexual antes do casamento e a fidelidade dentro do matrimônio. .
Essas normas culturais contribuíram para a visão do sexo como um tema tabu ou moralmente errado, muitas vezes associado à culpa e à vergonha.
Apesar de estarmos em pleno século XXI, os valores religiosos tradicionais ainda exercem influência sobre uma parcela significativa da população.
Além de tudo, a falta de educação sexual abrangente e inclusiva em muitas regiões perpetua o tabu, pois a ignorância e a desinformação prevalecem.
O medo do julgamento, a pressão social para se adequar, as preocupações com a privacidade e os limites pessoais também contribuem para o desconforto em torno do tema.
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Principais tabus que ainda existem
Vários tabus persistem na sociedade, por exemplo:
“Sexo é coisa de homem”
Ao longo do tempo, temos testemunhado a queda de um tabu antigo e desatualizado: a exclusividade masculina em relação ao interesse sexual.
Essa crença, que visava manter as mulheres submissas e controladas, está perdendo rapidamente a relevância na mentalidade da maioria da população global.
“Sexo é coisa de jovem”
Os desejos sexuais de pessoas mais velhas são frequentemente ignorados, o que resulta em mais tabu.
O preconceito de idade e os estereótipos sociais marginalizam as experiências dos idosos e dificultam o acesso a cuidados de saúde sexual adequados.
Como quebrar tabus sexuais?
Programas de educação sexual e grupos de defesa têm desempenhado um papel importante na promoção de uma compreensão saudável e informada da sexualidade.
Além disso, outras medidas incluem a implementação da educação sexual abrangente, com temas como: saúde sexual, consentimento, diversidade LGBTQIA+ e práticas sexuais diversas.
Também é crucial lutar por reformas legais que protejam os direitos sexuais e combatam a discriminação, incluindo a descriminalização de atividades sexuais consensuais entre adultos.
A ênfase na sensibilidade cultural nas discussões e na educação sobre sexo também contribui para criar um ambiente inclusivo, onde diversas práticas e crenças sejam compreendidas e aceitas sem julgamento.
Essas iniciativas buscam espalhar conhecimento para as pessoas, incentivando-os a fazer escolhas informadas de forma positiva e respeitosa, longe da ideia de sexo pecaminoso.
Por Monique Gomes
Jornalista, copywriter, cinéfila e livre de glúten.
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