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As Leis de Lidia Poët é baseada em eventos reais?

Revista de Entretenimento

As Leis de Lidia Poët (2023, Netflix) retorna com a segunda temporada, continuando a inspiradora história da primeira advogada italiana. É baseada em Lidia Poet, uma figura notável na luta pelos direitos das mulheres na Itália do século XIX.

Apesar de ser altamente qualificada, Lidia foi impedida de atuar como advogada apenas por ser mulher, enfrentou preconceitos e restrições que não existiam para seus colegas homens. Agora, acompanhamos novos casos repletos de intrigas que a bonita resolve. Saiba mais.

As Leis de Lidia Poet Resumo Netflix

A trama é ambientada no século XIX, época em que as mulheres não tinham o direito de trabalhar em profissões com status legal e político. Vemos questões sociais e progressistas repetidamente na tela, mas, ironicamente, não são esses temas que fazem a série cair tão bem.

A atriz Matilda De Angelis encanta o público com raciocínio rápido, ferocidade e determinação. Isso se soma à sua capacidade emocional e sensibilidade. É fácil simpatizar com ela no papel de uma mulher que só quer ter o direito de advogar.

A maneira como os personagens expressam sentimentos e emoções e a forma como falam e realizam tarefas diárias parece muito moderno. Para algumas pessoas, isso pode quebrar um pouco a imersão. O que permanece explícito é a misoginia.

As leis de Lidia Poet é uma história real?

Matilda De Angelis, atriz no papel de Lidia Poet

A parte de Lídia não poder exercer a advocacia é real. Já os casos que resolve com o irmão e o jornalista Jacapo são inventados para dar prosseguimento à trama.

Apesar da natureza ficcional, os fatos se somam à vida de Lídia mostrando o quanto ela era talentosa e dedicada à profissão.

No mundo real, Lidia Poët também passou pelos exames escritos e práticos obrigatórios para ser aprovada na Ordem dos Advogados. Apesar de passar com louvor, os outros advogados não gostaram do fato do nome de uma mulher estar na lista.

Sendo assim, foi interposto recurso contra a jovem, o que levou à retirada de seu nome da lista. Ela recorreu, mas, mais uma vez, o tribunal não cedeu.

Quem foi Lidia Poet, primeira advogada italiana?

Foto de Lidia Poët da vida real, uma mulher extremamente importante que contribuiu com a sociedade da época.

Lidia Poët nasceu em uma rica família valdense (denominação protestante na Itália e Suíça), passou a infância no Valle Germanasca, não muito longe de Turim.

Estudou na Suíça e recebeu uma licença para ser professora do ensino médio, depois um segundo certificado como professora de inglês, alemão e francês.

De volta à Itália, também concluiu o ensino médio e, em seguida, se formou na faculdade de direito da Universidade de Torino.

Defendeu uma tese sobre a condição da mulher na sociedade e o direito ao voto feminino, depois exerceu a advocacia em Pinerolo, no escritório do advogado e senador Cesare Bertea.

Quando foi proibida de exercer a profissão, nunca cedeu a essa visão e continuou trabalhando com o irmão, o advogado John Henry.

Ela estava especialmente determinada na defesa dos direitos das crianças, dos marginalizados e das mulheres.

Em 1920, aos 65 anos, após a promulgação da Lei 1.176 de 1919 que permitia o ingresso de mulheres em alguns cargos públicos, ela finalmente pode se reinscrever na Ordem dos Advogados de Turim.

Lidia Poët morreu na cidade litorânea de Diano Marina, aos 94 anos.

Lidia Poet se casou?

Não há registros históricos que indiquem que Lidia Poët tenha se casado. Ela dedicou grande parte da vida à carreira e ao ativismo pelos direitos das mulheres. A falta de menções a um casamento ou a relacionamentos significativos sugere que ela foi extremamente dedicada à profissão e à causa feminista.

Por que as mulheres não podiam ser advogadas?

Vários argumentos foram dados contra uma mulher assumir o comando e ocupar um assento que poderia lhe dar algum poder. Diziam que mulheres não eram adequadas para tais trabalhos, que deveriam se ater a seus papéis já definidos na sociedade.

Lidia, porém, não lhes deu atenção. Embora os tribunais a tenham rejeitado, ela encontrou mais apoiadores no público, incluindo o apoio ardente de grupos feministas e quase todos os jornais italianos. Em vez de seguir estritamente a história contada no livro Lídia e os outros; Oportunidades iguais ontem e hoje: O legado de Lidia Poët, os criadores da série a transformaram em uma advogada que resolve crimes para tirar os clientes da prisão.

Acompanhar a vida de Lídia por um caminho ficcional permitiu que eles explorassem diferentes lados da personagem, dando mais espaço para apresentar a dinâmica de sua vida pessoal e profissional. O desafio de Lídia começa em casa com o irmão, que demora a acreditar na irmã como advogada.

Ela tem que enfrentar um obstáculo após o outro, mas consegue convencer as pessoas, uma a uma, de que merece escolher seu próprio destino. Foi isso que a Lidia Poët da vida real também fez. 

Explicação da Segunda temporada de As Leis de Lidia Poet

O plano da Operação 15 de março era um golpe de estado, elaborado por alguns ministros do parlamento que estavam conspirando com um personagem chamado Cavalier Juvara. A ideia era assassinar o presidente e tomar o controle do governo. Juvara ofereceu suporte financeiro aos conspiradores em troca de favores que enriqueceriam seu banco.

Para executar o golpe, eles planejavam um banquete em honra ao presidente, onde uma bomba colocada em um relógio de pêndulo explodiria, matando não apenas o presidente, mas também seus apoiadores, especialmente aqueles que estavam propondo leis progressistas que não agradavam Juvara.

A bomba deveria explodir na casa do senador Cravero, que seria o anfitrião da festa, e a culpa pela explosão seria atribuída a extremistas, garantindo que o golpe ocorresse sem problemas. Átila estava ciente dessa conspiração e investigou Juvara, Cravero e outros envolvidos.

Ele descobriu várias provas que deixara escondidas e que foram para suas amigas, Lidia e Jacopo. Entre essas evidências estava uma conta do relógio de pêndulo, o que levou Lidia a perceber que Cravero poderia estar envolvido no plano para derrubar o governo.

Conforme as peças do quebra-cabeça se encaixavam, Lidia e Jacopo perceberam que o senador Cravero fazia parte da conspiração. Com a explosão iminente na casa deles, Lidia e Jacopo conseguiram chegar a tempo e jogaram o relógio pela janela, evitando a tragédia. Assim, o golpe foi frustrado, o presidente foi salvo e a vida da família de Lidia foi preservada.

Quem é o assassino de Adele?

Adele Valery, uma famosa bailarina, é encontrada morta dentro de um baú nos bastidores do teatro. O principal suspeito é Pietro, um jovem que nutria uma obsessão por ela. Ele é preso, mas a mãe, acreditando na sua inocência, contrata a advogada Lidia Poet para defendê-lo.

Durante a investigação, Lidia percebe que o anel de Adele está faltando, o que levanta a suspeita de que ela pode ter rompido o noivado com Carlo antes de morrer. Determinada a encontrar o verdadeiro assassino, Lidia investiga Carlo e o pai, que se recusam a ajudar.

Em um plano astuto, Lidia divulga a falsa notícia de que impressões digitais seriam coletadas, para pressionar quem estivesse envolvido. Durante uma apresentação de balé, ela atrai o pai de Carlo ao depósito e o confronta. É então que ele confessa que a estrangulou.

Anita é inocente?

Sim, ela foi incriminada injustamente. Embora o corpo da esposa do comandante De Santis, Elena, tenha sido encontrado na carruagem de Anita, Lidia descobre que foi Rodolfo Fumigi, o gerente da fábrica, quem cometeu o crime.

Anita era suspeita devido à carta que supostamente teria escrito para atrair Elena ao local onde o corpo foi encontrado. No entanto, a carta foi falsificada, e as investigações de Lidia revelam que Anita e Elena eram amantes, o que explica a elevação na pressão arterial de Anita.

Vittório é culpado?

Não. Embora ele tenha confessado o assassinato do pai e aparecido coberto de sangue, as investigações de Lidia Poet revelam que ele não cometeu o crime. A confusão de Vittorio se deve ao seu estado mental comprometido, possivelmente exacerbado pelo vício em ópio, o que o levou a acreditar que era o responsável.

Lidia descobre várias evidências que provam a inocência de Vittorio. Primeiro, ela observa que, se ele tivesse usado uma navalha para matar o pai, estaria coberto de sangue, mas isso não era o caso. Além disso, o comportamento da lavadeira Beatrice, que afirma ter visto Vittorio cometer o crime, levanta dúvidas devido à sua condição física.

A peça-chave é a passagem de trem encontrada na sala secreta do escritório, que revela que Alberto, o irmão de Vittorio, estava escondido na casa no dia do assassinato. Motivado pela raiva de ter seu pedido de empréstimo negado pelo pai, Alberto cometeu o assassinato e, em seguida, manipulou a cena do crime para incriminar Vittorio.

Margherita mata o professor?

Sim, Margherita matou o professor Braschi, mas a motivação do crime estava profundamente enraizada em um desejo de justiça. As prostitutas, incluindo a mãe de Margherita, foram usadas como cobaias para testes médicos, resultando na morte de várias delas.

Lidia inicialmente buscou provar a inocência de Margherita, acreditando que a acusação era fruto de preconceito contra uma mulher educada e independente. Entretanto, ao investigar, ela percebeu que Margherita guardava um antigo recorte de jornal sobre esses experimentos, o que a levou a entender que a motivação de Margherita era pessoal e justa.

Ao confrontar Margherita, ficou claro que, embora ela tivesse cometido o assassinato, sua intenção era expor a injustiça que as prostitutas sofreram. No tribunal, Margherita é declarada inocente formalmente, mas, ao perceber a importância de seu ato, ela decide assumir a responsabilidade para buscar justiça a todas as mulheres afetadas.

Quem mata Achille Castelnuovo?

Achille Castelnuovo foi assassinado pelo parceiro de negócios, Massimo Chiaia. Chiaia tinha ressentimentos contra Achille, que o tratava como inferior devido às suas origens humildes, apesar da parceria nos negócios.

Lidia Poet descobriu que Guiditta Ancelli, cunhada de Achille, presenciou o assassinato e poderia testemunhar contra Chiaia. Quando Lidia confrontou Madame Crespal, uma cúmplice indireta de Chiaia que o ajudava em sessões espirituais para manipular e influenciar pessoas, ela acusou Chiaia diretamente do crime.

Após a revelação, Chiaia tentou silenciar Guiditta para encobrir seu crime, mas Lidia conseguiu antecipar seus passos e impedi-lo. A polícia interveio e prendeu Chiaia, confirmando sua culpa no assassinato de Achille.

Quem mata Maya Cristallo?

Maya Cristallo foi assassinada por Louis, um anarquista francês que buscava vingança. Anteriormente, Maya fazia parte do mesmo grupo anarquista de Louis e Nicole Greimas, mas ela os traiu ao entregar suas identidades à polícia.

Depois de escapar e se estabelecer em Turim como trabalhadora do sexo, ela começou a trabalhar como espiã para o General Valery. Lidia Poet descobriu, ao investigar o caso, que Louis e Nicole haviam fugido para Turim e recebido ajuda de Jacopo.

Porém, quando Louis soube que Maya estava na cidade, ele a encontrou e a matou como forma de retaliação pela traição. Assim, apesar de Jacopo ter sido inicialmente acusado por ser o último a ver Maya, a investigação de Lidia revelou que Louis foi o verdadeiro assassino.

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InformaçãoDetalhes Técnicos
Filme:As Leis de Lidia Poët Ano: 2024
Título Original:La legge di Lidia Poët
Diretores:Letizia Lamartire e Matteo Rovere
Gênero:Guerra & Militar, Drama, História, Crime
Avaliação IMDB:7.4
Classificação etária:16
Duração:49min episódio
Elenco:Matilda De Angelis, Sara Lazzaro, Eduardo Scarpetta, Pier Luigi Pasino.
Onde assistir:Netflix
As Leis de Lidia Poët

Por Monique Gomes

Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.