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É possível ser feliz sem postar nas redes sociais?

Revista de Entretenimento

Algumas pessoas diriam que sim, é possível ser feliz sem postar nas redes sociais — enquanto outras pensariam: “qual a graça de não mostrar?”

A realidade é que sempre projetamos informações incompletas em público: o dia tem 24 horas e não dá pra ser feliz o tempo todo, não é mesmo?

A vida é cheia de emoções positivas e negativas — mas quem quer dizer que levou um fora da namorada ou foi reprovado no concurso?

O efeito “felicidade contagiante”

É possível ser feliz sem publicar nas redes sociais? Entenda.

De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, navegar nas redes sociais faz com que o nosso humor mude e, com isso, somos condicionados por aquilo que vemos.

Assim, o conteúdo publicado transmite uma sensação de “felicidade contagiante”.

O resultado é que perceber a alegria e o bem-estar dos outros causa o estímulo de querer chegar a esse estado, segundo a mesma pesquisa.

Nesse caso, somos influenciados a continuar no círculo vicioso de compartilhar conteúdos semelhantes.

Redes sociais x ansiedade

celular versus ansiedade

Um estudo de 2016 do Centro de Pesquisa em Mídia, Tecnologia e Saúde da Universidade de Pittsburgh descobriu que o uso de várias plataformas de rede social aumentou o risco de depressão e ansiedade nos participantes.

Ao que parece, estamos conscientes de pelo menos alguns desses efeitos colaterais negativos.

Isso porque uma pesquisa recente sobre as resoluções de Ano Novo, a meta número 1 relatada pelos entrevistados para o próximo ano era parar de usar a redes sociais, superando promessas tradicionais, como: parar de fumar e perder peso.

A psicoterapeuta Denise Dunne disse a uma revista de Saúde que os jovens estão organizando suas vidas e felicidade para aprovação. 

“Eles obtêm aprovação, mas se sentem mortos por dentro. Sabem que as pessoas estão gostando da imagem, não deles, não da sua vida real. Então colocaram mais fotos filtradas. Engajar com o Instagram é se envolver em um mundo de imagens e objetificação. Não importa quantas curtidas você consiga, você vai acabar se sentindo inadequado”, revela.

Fenômenos comportamentais

Continue a leitura para entender melhor.

1. O retorno de celulares sem internet

celular antigo
[ VER PREÇO ]

Um fato curioso é que, aqueles que desejam se libertar do cárcere privado das redes sociais, estão promovendo mudanças significativas para sair da zona de conforto dos feeds.

Em um mundo digital cada vez maior, algumas pessoas estão desenvolvendo novamente a paixão por tecnologias em vias de extinção, como o celular flip e a câmera fotográfica analógica.

Hoje, esses dispositivos menores e leves – alguns disponíveis por apenas US $ 20 em grandes varejistas como Walmart e Amazon – estão aparecendo em vídeos TikTok de jovens abrindo-os, enfeitando prateleiras e fazendo tutoriais sobre como alcançar uma estética despreocupada e embaçada através da câmera de baixa qualidade.

“Eu sou a revolução do telefone flip da equipe”, twittou a cantora Camila Cabello na quinta-feira, posando com um modelo TCL vintage .

2. O retorno de câmeras fotográficas analógicas

Câmera fotográfica antiga
[ VER PREÇO ]

O interesse pela câmera fotográfica analógica estava aumentando antes do início da pandemia de COVID-19, mas a tendência acelerou quando os consumidores descobriram que tinham mais tempo disponível.

Quando a Kodak entrou com pedido de falência em 2012, parecia que a fotografia analógica já era coisa do passado.

Até então, a empresa norte-americana dominava o mercado da fotografia há mais de um século, assim como Google, Facebook e Amazon dominam a internet hoje.

Mas já com o primeiro iPhone, a maioria dos usuários tinha uma câmera de alta resolução no bolso com a qual podiam facilmente capturar milhares de fotos, e a fotografia analógica rapidamente se tornou obsoleta.

Apesar disso, ou talvez por causa disso, a fotografia analógica está experimentando um renascimento entre a geração mais jovem, que acha novidade tirar fotos como faziam no século passado.

Outro modelo que também ganhou um aumento significativo na procura nos últimos 10 anos é a Polaroid.

É possível ser feliz sem postar nas redes sociais?

Concluindo, fica claro que postar nas redes sociais não reflete exatamente uma realidade. Nossa presença é relativa. Não devemos cair no erro de achar que existem pessoas que ficam em êxtase o dia todo. Leve em consideração que todos nós experimentamos tristeza e frustração!

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Por Monique Gomes

Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.