Quem é Jeffrey Dahmer na vida real?

A série Dahmer: Um Canibal Americano (2022, Netflix) é inspirada em crimes reais cometidos pelo serial killer Jeffrey Dahmer. Entre 1978 e 1991, ele assassinou 17 homens em Wisconsin e em Ohio, nos Estados Unidos, geralmente atraindo as vítimas para casa e depois dopando-as, matando-as e desmembrando seus corpos. Mas a natureza horripilante do que ele fez com as vítimas, incluindo: estupro, desmembramento, necrofilia e canibalismo, há muito tempo intriga os especialistas. Questões sobre o papel da polícia na sociedade americana, e se a própria instituição está fundamentalmente falida, só ganharam força desde a prisão de Dahmer. Evan Peters desempenha um papel que provavelmente estava destinado a interpretar desde que Ryan Murphy o escalou como o fantasma de um atirador escolar em American Horror Story: Murder House. Quem é Jeffrey Dahmer? Jeffrey Lionel Dahmer, um serial killer americano e criminoso sexual, nasceu em 21 de maio de 1960. Entre os anos de 1978 e 1991, assassinou aproximadamente 17 homens de maneira brutal. Estupro, desmembramento, necrofilia e canibalismo faziam parte do modus operandi. De acordo com seu próprio relato, a mãe teve um colapso nervoso, o amargo divórcio de seus pais o afligiu, e ele acreditava que o irmão era o favorito da família. Sabemos que Dahmer se tornou mais retraído à medida que crescia. No ensino médio, ele desenvolveu um hábito pesado de beber e um fascínio por carcaças de animais. Abandonou a faculdade devido ao alcoolismo e se alistou no exército, servindo como médico na Alemanha de 1979 a 1981. Como a bebida continuou causando problemas, foi dispensado e enviado para morar com a avó em West Allis, Wisconsin. Dahmer cometeu o primeiro assassinato quando tinha 18 anos. Ele pegou um carona chamado Steven Hicks. Atacou o rapaz com um haltere de 10 libras, então dissecou, dissolveu, pulverizou e espalhou os restos no quintal. Mais tarde, ele confessaria ter matado Hicks porque queria que o estranho ficasse. Em 1987, ele matou a segunda vítima, Steven Tuomi, depois de buscá-lo em um bar e levá-lo para um quarto de hotel. Dahmer teria acordado ao lado do cadáver sem nenhuma lembrança de ter matado Tuomi. Depois de se mudar para um apartamento em Milwaukee em maio de 1990, a onda de assassinatos aumentou: ele começou a matar cerca de uma pessoa por semana no verão de 1991. Vizinhos, como Glenda Cleveland (interpretada por Niecy Nash em Monster, da Netflix), reclamaram à polícia de cheiros e barulhos estranhos vindos do apartamento de Dahmer. Em um caso, uma vítima lobotomizada por Dahmer conseguiu sair do apartamento e pediu ajuda. Quando a polícia questionou Dahmer, ele evitou a captura, dizendo que o homem era seu namorado embriagado. O apartamento de Jeffrey Dahmer cheirava mal na vida real? Inquilinos do Oxford Apartments, onde Jeffrey Dahmer cometia os crimes, reclamaram mesmo do mau cheiro e disseram ter ouvido gritos. O síndico do prédio teria falado com Dahmer pelo menos três vezes, mas não se sabe se ele ameaçou o assassino de despejo como aconteceu na série. Segundo o Milwaukee Journal Sentinel, o síndico teria até ajudado Dahmer a limpar o congelador uma vez, em uma tentativa de reduzir o mau cheiro. Os policiais devolveram uma vítima a Jeffrey Dahmer? Assim como na série sobre Jeffrey Dahmer, na vida real os policiais de Milwaukee devolveram o adolescente Konerak Sinthasomphone, de 14 anos, ao serial killer. No dia 27 de maio de 1991, Dahmer havia saído de casa para comprar bebidas e, ao voltar, encontrou o garoto confuso na rua, conversando com três mulheres que chamaram a polícia. Dahmer conseguiu convencer os policiais John Balcerzak e Joseph Gabrish de que o adolescente era seu namorado e que tinham apenas brigado. Eles foram suspensos quando os assassinatos de Dahmer vieram à tona. Mais tarde, demitidos pelo chefe de polícia, Philip Arreola, mas reintegrados em 1994 por decisão de um juiz. Jeffrey Dahmer fez vítima assistir a O Exorcista? “Não era um caso de odiá-los. Era apenas a única maneira que eu conhecia de mantê-los comigo. Isso me deu uma sensação de controle total e aumentou a excitação sexual, eu acho, sabendo que eu tinha controle total sobre eles e que eu poderia fazer com eles o que eu quisesse” – Jeffrey Dahmer O assassino realmente mostrou um filme de terror para Tracy Edwards, o homem que escapou do apartamento de Dahmer e depois levou a polícia de volta ao local onde foi descoberto. Porém, na realidade, o longa que ele apresentou foi O Exorcista 3. Outro filme que o serial killer gostava era Star Wars: O Retorno de Jedi, que é mencionado na série. O serial killer conseguiu escapar da polícia com evidências de cadáver? Outra ocasião em que a polícia poderia ter pego Dahmer foi quando ele foi abordado carregando evidências dos crimes dentro do carro. Em depoimento, o serial killer revelou que, em 1978, estava levando sacos de lixo com os restos mortais de Steven Hicks no banco do carro quando foi parado por policiais durante a madrugada. Mas a ação não deu em nada, e o criminoso conseguiu se safar dos agentes. Jeffrey Dahmer bebia sangue? Na série, Dahmer consegue um emprego como flebotomista em um centro de exames de sangue. Em uma cena, ele consegue ter acesso a uma bolsa de sangue que mais tarde bebe no apartamento. Na vida real, o assassino não fez exatamente isso. Em depoimento, ele disse que chegou a provar sangue de um frasco, mas cuspiu logo em seguida. Qual a relação de Dahmer com Tony Hughes? Tony Hughes, deficiente auditivo que foi morto por Dahmer, ocupa um papel de destaque na série. Os dois aparecem numa relação afetiva, com o assassino desistindo de matá-lo em duas ocasiões. Na confissão, ele disse que nunca conheceu Hughes antes da noite em que o matou. Mas uma amiga da vítima relatou que ambos eram amigos há mais de um ano. Quem são as vítimas de Jeffrey Dahmer? “Eu deveria ter ficado com Deus. Eu tentei, falhei e criei um holocausto“. – Jeffrey Dahmer Em grande parte, homens e até meninos negros.
Clube do Livro Gabriela Prioli e Leandro Karnal

Talvez você não esteja lendo tanto quanto gostaria e queira se encorajar a pegar um livro com mais frequência. Foi o que aconteceu comigo. Então me inscrevi na 3ª edição do Clube do Livro Gabriela Prioli e Leandro Karnal. É um grupo restrito a assinantes que dá direito a um aulão virtual e uma live tira-dúvidas por cada livro lido. Além deste, existem outros clubes muito bons no Telegram — e gratuitos. Basta fazer uma busca que você acha fácil. Como funciona o Clube do Livro Gabriela Prioli? No grupo de leitura tradicional, as pessoas se encontram pessoalmente em intervalos regulares – geralmente a cada mês – para discutir um livro específico. Com a praticidade da internet, muitos clubes de leitura acontecem no formato virtual com uma agenda definida de leitura e rodas de conversa. O Clube do Livro do Leandro Karnal e Gabriela Prioli tem um agenda fixa de encontros que você recebe quando se cadastra. As aulas ficam gravadas, então podem ser acessadas em tempo real ou depois. Atualmente o clube está na 5ª edição, confira a lista completa de acordo com o ano. 5ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli 4ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli 3ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli 2ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli 1ª edição – lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli Resenha de alguns livros que li no Clube do Livro Prioli e Karnal Confira uma breve descrição de três livros da terceira edição do Clube que gostei bastante. A Mente Moralista Tenho me esforçado a não rir das ações humanas, nem chorar por elas, nem odiá-las, apenas entendê-las. Baruch Spinoza, 1676 Essa frase ilustra a introdução do livro A Mente Moralista, de Jonathan Haidt. Achei extremamente simbólico. Primeiro porque Spinoza é meu filósofo favorito. Segundo porque é exatamente assim que eu me sinto nesse momento da vida: tentando entender as ações humanas da maneira mais imparcial possível. O livro chega nesse momento em que as relações estão cada vez mais tensas. Mais e mais pessoas estão apelando para a polêmica de nós contra eles, e a distância entre elas se torna maior e mais hostil. O autor aborda essa divisão com calma racionalidade e um desejo genuíno de aprender sobre o que causa essa divisão, perguntando de onde nossa moralidade pode se originar e o que pode nos tornar incapazes de ver o outro ponto de vista. A religião, diz Haidt, é um “esporte de equipe”. Em uma das muitas imagens impressionantes do livro, ele sugere que: “tentar entender a persistência e a paixão da religião estudando as crenças sobre Deus é como tentar entender a persistência e a paixão do futebol estudando o movimento da bola”. Galileu e os Negadores da Ciência Aqui, o astrofísico Mario Livio explora a vida do cientista renascentista Galileu Galilei e o destino sombrio nas mãos da Igreja Católica. Nascido em 1564, Galileu começou cedo na matemática. Os pais queriam que ele se tornasse médico. Em vez disso, foi professor de matemática mal pago na Universidade de Pisa e lá iniciou os experimentos. O autor relata os esforços do cientista para sustentar sua família e explorar as afirmações de Copérnico de que a Terra girava em torno do sol, em vez do contrário. Acusado de sustentar teorias “falsas e contrárias ao divino e à Sagrada Escritura”, foi condenado por heresia e forçado a desmentir suas descobertas, passando seus últimos anos em prisão domiciliar. Ironicamente, ele era um crente fiel que não estava fazendo nenhuma tentativa de minar ou discordar dos ensinamentos da igreja. O autor faz um paralelo entre os negadores das descobertas científicas de Galileu os negacionistas atuais. Algoritmos da destruição em massa Talvez você já tenha ouvido falar de big data e como os algoritmos que usam esses dados estão fornecendo novos insights sobre padrões de consumo, política e plataformas de mídia social. De fato, os algoritmos estão em toda parte: eles orientam nossos feeds e peneiram os anúncios que vemos. A principal premissa da autora é que muitos algoritmos não são inerentemente justos apenas porque têm uma base matemática. Em vez disso, eles equivalem a opiniões embutidas em código. O livro inclui uma série convincente de estudos de caso que demonstram como as armas de destruição em massa podem surgir como resultado da aplicação de tecnologias de big data à vida cotidiana. Exemplos: Aqui está como O’Neil caracteriza as armas de destruição em massa no livro: “Os aplicativos baseados em matemática que impulsionam a economia de dados foram baseados em escolhas feitas por seres humanos falíveis. Algumas dessas escolhas foram, sem dúvida, feitas com as melhores intenções. No entanto, muitos desses modelos codificaram preconceitos humanos e mal-entendidos nos sistemas de software que cada vez mais administravam nossas vidas. Como deuses, esses modelos matemáticos eram opacos, seu funcionamento invisível para todos, exceto para os mais altos sacerdotes em seus domínios: matemáticos e cientistas da computação. Seus veredictos, mesmo quando errados ou prejudiciais, eram indiscutíveis ou apelativos. Eles tendiam a punir os pobres e oprimidos em nossa sociedade, enquanto tornavam os ricos mais ricos.” Lembre-se: mesmo que você não pretenda assinar o Clube do Livro Gabriela Prioli e Leandro Karnal, essa lista de livros é uma ótima recomendação de leitura ou opções para presentear. Aproveite para ler também: