Arthur Schopenhauer (1788-1860) deixou um grande legado para a história da filosofia. Para ele, a VONTADE é irracional, um impulso cego e a essência de toda a dor e sofrimento.
Só podemos ser verdadeiramente livres quando a nossa consciência descobrir a VONTADE como um MAL. A suprema felicidade só pode ser alcançada com a anulação da vontade, teoria que fez com que ele voltasse as atenções para o Budismo.
Você deve conhecer a história de Buda. Quando jovem, Buda morava em um palácio luxuoso e, ao fazer um passeio longe das cercanias da riqueza e da ostentação, viu pessoas doentes, velhos, gente morta, coisas que até então ele não acreditava existir.
Descobrir a natureza trágica e terrível da existência fez com que ele renunciasse a tudo e buscasse questionamentos para aliviar o sofrimento. Schopenhauer se identificava com essa experiência, quando afirmou:
“Aos dezessete anos, sem educação escolar, entendi a miséria do mundo, como Buda em sua juventude ao ver a doença, a dor, a velhice, a morte”.
Schopenhauer identificou o inconsciente coletivo
Muito antes de Freud nascer, Schopenhauer já afirmava que não somos guiados pela nossa necessidade, mas pela necessidade da nossa espécie – o que depois a psicanálise chamaria de inconsciente coletivo.
Ele afirmou que somos dominados por grandes forças biológicas e nos iludimos achando que escolhemos conscientemente o que fazemos.
Nietzsche escreveu que a maior diferença entre o homem e a vaca era que a vaca sabia COMO EXISTIR, como viver sem angústia no presente, sem o peso do passado e a preocupação com o futuro.
Esse pensamento pertence a Schopenhauer.
“A maior sabedoria é ter o presente como objeto maior da vida, pois ele é a única realidade, tudo o mais é imaginação. Mas poderíamos também considerar isso nossa maior maluquice, pois aquilo que existe só por um instante e some como sonho não merece um esforço sério”.
Nietzsche disse que sua vida nunca mais foi a mesma depois que comprou um velho exemplar de Schopenhauer num sebo que “deixou aquele gênio dinâmico e lúgubre agir na minha mente”.
Tão interessante quanto estudar o pensamento filosófico de Schopenhauer, é saber mais sobre a sua vida familiar. Ele teve uma infância relegada – até porque, naquela época, as crianças eram vistas como imbecis a espera do amadurecimento – e viveu numa família marcada pelo desamor.
O pai cometeu suicídio. A mãe, Johanna Schopenhauer, durante o infeliz casamento, permaneceu com um talento adormecido, despertado somente com a viuvez. Meses depois da morte do marido, ela era dona do maior salão literário numa cidade alemã.
Escreveu uma série de livros e assim se tornou uma renomada escritora. Mãe e filho tiveram um relacionamento perturbador durante toda a vida.
12 Frases de Schopenhauer para conhecer o filósofo
“A satisfação consiste na libertação da dor, que é o elemento positivo da vida”. |
“O médico vê todas as fraquezas da humanidade; o advogado, toda a maldade; o teólogo, toda a estupidez. |
“Cada dia é uma pequena vida: cada acordar e levantar um pequeno nascimento, cada manhã fresca uma pequena juventude, cada ir descansar e dormir uma pequena morte. |
“Um homem só pode ser ele mesmo enquanto estiver sozinho, e se ele não ama a solidão, ele não amará a liberdade, pois é somente quando está sozinho que ele é realmente livre. |
“A maior das loucuras é sacrificar a saúde por qualquer outro tipo de felicidade. |
“Toda verdade passa por três estágios. Primeiro, ela é ridicularizada. Segundo, ela é violentamente combatida. Terceiro, ela é aceita como sendo autoevidente. |
“O talento atinge um alvo que ninguém mais consegue atingir; o gênio atinge um alvo que ninguém mais consegue ver. |
“A maioria dos homens… não é capaz de pensar, mas apenas de acreditar, e… não é acessível à razão, mas apenas à autoridade. |
É difícil encontrar a felicidade dentro de si mesmo, mas é impossível encontrá-la em qualquer outro lugar. |
“Nossa vida é um empréstimo recebido da morte, tendo o sono como juro diário desse empréstimo. |
“Raramente pensamos no que temos, mas sempre no que nos falta. Portanto, em vez de gratos, somos amargos. |
“A educação perverte a mente, pois estamos nos opondo diretamente ao desenvolvimento natural de nossa mente ao obter ideias primeiro e observações por último. É por isso que tão poucos homens de aprendizado têm um senso comum tão sólido como é bastante comum entre os analfabetos. |
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Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
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