Em uma decisão recente, a Justiça determinou a remoção de um vídeo discriminatório nas redes sociais onde um pastor nacionalmente conhecido incitava violência contra a população LGBTQIA+.
Na sua forma mais familiar, o discurso de ódio afirma que os membros de um grupo X ou Y são menos humanos ou menos dignos do que outros ou que partilham uma característica perigosa ou indesejável.
O que é discurso de ódio?
Simplificando, discurso de ódio é qualquer expressão de ódio discriminatório contra pessoas com base num aspecto particular da sua identidade.
Isso é especialmente perigoso quando procura incitar as pessoas à violência contra grupos marginalizados. A prática é capaz de levar as pessoas a sentirem que a própria dignidade está constantemente sob ataque, causando potencialmente danos psicológicos.
O discurso de ódio pode assumir várias formas: escrita, não verbal, visual, artística, etc, e divulgada em qualquer meio de comunicação, incluindo internet, imprensa, rádio e televisão.
O Poeta Toma a Pólis
O poeta Teófilo Tostes Daniel explora o uso da religião para disseminar ódio em seu livro de poemas “O poeta toma a pólis”, questionando a liberdade de expressão versus os limites do discurso de ódio.
No poema “Se eu acreditasse num deus”, o autor expressa a incapacidade de crer em uma divindade que não acolhe a diversidade humana.
A obra traz à tona o tema dos usos da crença, condena discursos de ódio em nome de Deus, aborda todas as formas de amor em apoio à comunidade LGBTQIA+ e sua luta constante.
Esse tema está presente já no poema de abertura do livro, intitulado “É urgente espalhar amor”, que chama a atenção para o fato de que:
“são tempos miseráveis / aqueles em que o amor / é motivo de escândalo e perplexidade, / e o ódio, / aplaudido de pé, / se alastra como uma praga / na boca e nas mãos de tantos / e na morte e no massacre / de quem ousa ser, / mesmo que involuntariamente, / o Outro.”
Ao explorar a interseção entre religião, amor e ódio, Teófilo Tostes Daniel nos lembra da responsabilidade de questionar as narrativas que perpetuam a intolerância.
A poesia, nesse contexto, não é apenas uma forma de expressão, mas também uma ferramenta de resistência e transformação.
Ela nos convida a repensar nossas crenças e ações, buscando construir um mundo onde a diversidade seja celebrada e a empatia prevaleça.
“O poeta toma a pólis” é mais do que um livro de poemas; é um chamado à reflexão e à mudança, inspirando-nos a construir um futuro mais inclusivo e humano.
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Por Monique Gomes
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