A história de O Diabo de Cada Dia (2020, Netflix) começa com Willard Russell (Bill Skarsgard) no campo de batalha da Segunda Guerra Mundial topando com a visão aterrorizante de um oficial americano escalpelado e crucificado. Na pequena cidade de Ohio, se apaixona por Charlotte (Haley Bennett), uma garçonete adorável.
Tudo parece normal quando uma sequência milimetricamente calculada de horrores começa a acontecer. O mal é um veneno que se infiltra na vida de todos em nível hard. Seja por zelo piedoso, fanatismo ou perversão. Ninguém é poupado do redemoinho infinito de brutalidade e loucura: nem a gente!!!
O Diabo de Cada Dia Final Explicado
Willard e Charlotte se casam e têm um lindo bebê chamado Arvin (interpretado mais tarde por Tom Holland, o Homem Aranha da nova geração). O pai acostuma o garoto a conversar com Deus no morro da oração, local onde instalou uma enorme cruz de madeira pra essa finalidade.
Quando Charlotte fica gravemente doente, o marido, acreditando que será atendido, sacrifica um animal no esforço de convencer Deus a poupá-la. Enquanto isso, o pregador Roy (Harry Melling), casado com a jovem Helen (Mia Wasikowska), fica obcecado com a ideia de que pode trazer os mortos de volta à vida.
Como você pode imaginar, isso dá merda.
Após o primeiro teste drive de ressurreição sem sucesso ele foge, mas topa com um casal barra pesada que se diverte matando pessoas e fotografando cadáveres. Sim, esse filme é cheio de “cidadãos de bem”.
Anos depois, um charlatão espalhafatoso das escrituras sagradas aparece: o ministro atende pelo nome de Preston Teagardin, que é interpretado com louvor (literamente) pelo incrível Robert Pattinson.
Preston é uma mistura de João de Deus com Flordelis. Resumindo: precisa ter um estômago saudável pra digerir tamanha hipocrisia. É sempre impactante ver alguém usando o nome de Deus para influenciar pessoas, enganá-las e cometer crimes. Eu quase vomitei.
Fica evidente o ceticismo do autor sobre as manipulações da religião organizada. Muitas vezes me peguei concordando com a cabeça. Essa visão de mundo brutalmente pessimista não é novidade para o diretor de O Diabo de Cada Dia, cujos filmes anteriores incluem Afterschool, Christine e a série The Sinner, dramas psicológicos perturbadores.
O que acontece no final de O Diabo de Cada Dia?
O final do filme é intenso, sombrio e amarra várias histórias interconectadas. Aqui está um resumo detalhado do que acontece:
Arvin defende Knockemstiff
Depois de uma série de eventos trágicos e violentos, Arvin se torna um vigilante, lutando contra a corrupção e os abusos em sua cidade natal, Knockemstiff. O desfecho do personagem é marcado por um confronto com aqueles que lhe causaram sofrimento.
Arvin mata Carl e Sandy
Arvin se encontra com Carl (Jason Clarke) e Sandy (Riley Keough), um casal de assassinos em série que têm causado terror em várias cidades. Ele os enfrenta depois de saber que foram responsáveis pela morte de Lenora (Eliza Scanlen). A tensão culmina em um confronto brutal onde Arvin, em um ato de vingança, mata Carl e Sandy.
Arvin mata o Xerife Bodecker
Em seguida, Arvin se volta para o xerife Bodecker (Sebastian Stan), que estava envolvido na corrupção e também estava envolvido na história. Arvin o confronta e o mata, eliminando assim uma das principais figuras de autoridade corrupta que perpetuou o sofrimento na cidade.
Lenora comete suicídio
Lenora, a jovem que Arvin tentava proteger e que foi abusada pelo pregador Preston Teagardin, também enfrenta um trágico destino. Após ser abusada, Lenora fica grávida e, em desespero, comete suicídio. O sofrimento dela e a injustiça que enfrentou são centrais para o impulso de Arvin em buscar vingança.
Arvin vai embora de Knockemstiff
No final do filme, Arvin está deixando Knockemstiff, aliviado por ter eliminado algumas das figuras corruptas e violentas da cidade. Ele parece ter encontrado uma forma de fechar esse capítulo sombrio de sua vida.
No entanto, o filme deixa uma nota ambígua sobre o futuro de Arvin. A última cena sugere que ele pode se juntar ao exército para lutar na Guerra do Vietnã, repetindo assim o ciclo de violência que seu pai havia iniciado.
A transmissão de rádio no fundo da cena final indica que Arvin está considerando essa mudança, sugerindo que, embora tenha buscado justiça, a violência pode continuar fazendo parte da sua vida.
Arvin se tornou um vigilante?
Sim, Arvin se torna um tipo de vigilante. Ele acredita que precisa fazer justiça com as próprias mãos, especialmente após a morte da irmã adotiva, Lenora. A partir daí, decide confrontar o pastor corrupto e outras figuras violentas da história. Embora suas intenções possam parecer justificáveis, Arvin segue um caminho perigoso que espelha a violência que viu na infância.
Por que Willard sacrificou o cachorro de Arvin?
Willard sacrificou o cachorro de Arvin como parte de um ato desesperado para tentar salvar a vida da esposa doente. Ele acreditava que um sacrifício poderia apelar a Deus para curar Charlotte, mostrando até onde ele foi levado pelo fundamentalismo religioso. Essa cena simboliza o impacto destrutivo do fanatismo religioso.
Carl e Sandy eram serial killers em O Diabo de Cada Dia?
Sim, Carl e Sandy eram serial killers. Eles atraíam homens que pediam carona, faziam sessões de fotos bizarras e, em seguida, os matavam. Eles são exemplos de como a maldade permeia diferentes personagens no filme, mostrando que a violência está presente em todos os cantos, até fora da pequena cidade de Knockemstiff.
Por que Arvin matou o pastor Preston Teagardin?
Arvin mata o pastor Preston Teagardin após descobrir que ele abusou sexualmente de Lenora, levando-a ao suicídio. Sentindo-se culpado e em busca de justiça para Lenora, Arvin decide agir por conta própria e confronta o pastor, o que culmina em sua morte. É um ponto chave na transformação de Arvin em um vigilante.
Willard estava possuído pelo diabo?
Não, Willard não estava literalmente possuído pelo diabo, mas a frase “ver o diabo o tempo todo” refere-se aos seus próprios demônios internos. Ele sofria com traumas da guerra e a doença da esposa, o que o levou a cometer atos de violência e sacrifício, confundindo obsessão religiosa com respostas para os problemas.
Por que Helen foi morta?
Helen foi morta por Roy Laferty, o próprio marido, devido a sua crença distorcida de que Deus o havia chamado para realizar um sacrifício. Roy, que era um pregador fanático e instável, acreditava que, ao matar Helen e ressuscitá-la, demonstraria o poder de Deus.
No entanto, após cometer o assassinato, percebe que ela não volta à vida, e então foge, deixando a filha Lenora para ser criada pelos avós. Essa morte reflete o extremismo religioso e a falta de razão que permeia muitos personagens no filme O Diabo de Cada Dia.
O que o filme quer dizer com “O Diabo de Cada Dia”?
O título “O Diabo de Cada Dia” sugere que o mal está sempre presente, seja nas decisões violentas, nas corrupções morais ou nas lutas pessoais dos personagens. O filme mostra como o “diabo”, simbolizando o lado sombrio da humanidade, está sempre à espreita, moldando as vidas dos habitantes de Knockemstiff.
Por que Arvin parecia aliviado no final do filme?
Depois de tanto tempo lutando contra a corrupção e violência, eleArvin finalmente sente que cumpriu sua “missão”. Mas o filme deixa em aberto se ele encontrou paz de verdade ou se está apenas fugindo de um ciclo de violência que pode continuar.
Qual o significado do ciclo de violência em O Diabo de Cada Dia?
O filme mostra que a violência é um ciclo passado de geração para geração. Willard era violento, e Arvin herdou essa tendência ao buscar justiça com as próprias mãos. Isso reflete o impacto duradouro de traumas familiares e a falta de respostas claras da religião ou da moralidade para lidar com a dor.
O filme é uma adaptação do livro?
Sim. O Diabo de Cada Dia é uma adaptação do livro O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock. A obra é publicada pela maravilhosa DarkSide Books, com capa dura e 304 páginas.
O Diabo de Cada Dia tem alguma mensagem sobre religião?
Sim, o filme faz uma crítica à fé cega e ao extremismo religioso. Muitos personagens, como Willard e o pastor Preston, usam a religião de formas distorcidas, o que leva à destruição em vez de redenção. A história questiona até que ponto a religião pode ser usada como uma solução para problemas pessoais.
O final de O Diabo de Cada Dia é uma reflexão profunda sobre a violência cíclica e o legado de trauma. A pergunta que fica é: Arvin vai conseguir romper o ciclo de violência que marcou sua vida e a da sua família? A conclusão não oferece uma solução definitiva, mas sugere que o impacto das escolhas e das circunstâncias pode ser difícil de superar.
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Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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