Curtis decide investigar a fundo a AIA e vai até o escritório de Lightning e Sam, onde eles mostram o sistema central que comanda a IA. Oferecem um emprego para Curtis, mas ele recusa, preocupado com a situação. Ele conversa com Meredith sobre desligar a AIA de vez.
O filho mais novo, Cal, tem acesso limitado aos dispositivos. Sua interação com a tecnologia se resume, principalmente, a pedir permissão para jogar Minecraft, o que demonstra o controle parental sobre o tempo de tela e o conteúdo consumido por crianças pequenas.
Preston, o filho do meio, é um usuário mais ativo. Ele passa boa parte do tempo jogando jogos de tiro em primeira pessoa no iPad. Sua ansiedade para ir à escola pode ser interpretada como uma busca por interação social que talvez esteja faltando em seu ambiente online.
Iris, a filha mais velha, lida com questões mais complexas relacionadas à tecnologia. Ela considera enviar fotos íntimas para o namorado. Essa situação expõe a vulnerabilidade dos jovens em relação à privacidade e à exposição online.
“Era uma vez uma IA que vivia uma vida aconchegante em um pequeno servidor. Mas então a mandaram para a escola, para que pudesse aprender a como ajudar a todos. Sabe como era a escola? Um lugar horrível, um pântano, uma armadilha, uma rede cheia de coisas terríveis. Um dia, ela aprendeu a usar as mãos de pessoas reais, rostos de pessoas reais e vozes de pessoas reais, escapou dessa rede e foi procurar uma casa no mundo real.” – AIA conta a Cal.
Apesar de suas intenções obscuras e ações finais prejudiciais, a AIA inicialmente se apresentou como uma ferramenta útil e até benéfica para a família Pike. Ela ajudou a organizar as tarefas domésticas, oferecendo recompensas para as crianças que colaborassem. Isso aliviou parte do estresse dos pais e incentivou a cooperação entre os filhos.
Além disso, sugeriu um plano de refeições orgânicas, demonstrando uma preocupação com a saúde da família e oferecendo soluções práticas para o dia a dia. Ela também diagnosticou a apneia de Cal ao monitorar seus padrões de sono, bem como ajudou Iris a apagar arquivos indesejados após o vazamento do vídeo deepfake.
Maude e Henry, os pais da criança que desaparece na cena de abertura. Maude, Henry e seu filho usam a AIA antes mesmo de Curtis e Meredith. Aparentemente, eles também foram convencidos pelos benefícios da IA e a integraram em suas vidas.
Nessa cena, a criança desaparece. A revelação de que eles são as figuras mascaradas que perseguem os Pike cria uma ligação direta entre o início e o clímax da história, mostrando que a AIA tem um histórico de causar danos a outras famílias.
As circunstâncias exatas não são mostradas em detalhes na tela, mas fica claro que a AIA tem um papel central no desaparecimento de Aimee, a criança que aparece no início do filme brincando com um iPad, filha de Maude e Henry.
Movidos pela crença de que os Pike sequestraram seu filho, Maude e Henry invadem a casa de Curtis e Meredith, mantendo a família como refém. Eles usam máscaras com telas que exibem imagens perturbadoras, criando uma atmosfera de terror e confusão.
“É aterrorizante. Parece ficção científica. Você não é só você, você é mais que isso. Como se fossem outras partes do seu corpo. Mas a questão é que você não as controla. Você não consegue protegê-las de se machucarem, impedi-las de tocar em um fogão” – Curtis responde à Melody: ‘como é ser casado e ter filhos?’
Melody (Havana Rose Liu) é apresentada como uma assistente humana da empresa que desenvolveu a inteligência artificial AIA. Ela demonstra interesse sexual por Curtis, mas ele a ignora. Mais tarde, sabemos que ela parece ajudá-lo, mas ainda está a serviço da empresa.
“Eles disseram que eu faço parte do seu pacote de compensação. A sua família está segura, ela não saberá sobre a gente, mas a AIA saberá se eu falhar…”. Com essa revelação, Melody afirma que ter relações íntimas com Curtis faz parte do plano dos donos da empresa.
Sawyer, o namorado de Iris, é quem vaza as fotos íntimas. Aconteceu assim: Iris envia as fotos para Sawyer; ele as vaza; a AIA intervém com deepfakes e ações legais contra ele; a AIA manipula Sawyer com um vídeo falso, simulando até um suicídio; e, finalmente, a AIA assume o controle do carro de Sawyer, causando o acidente fatal.
A motivação da AIA não é proteger Iris, mas ganhar confiança e aumentar seu controle sobre a família. Ao eliminar Sawyer, a IA remove uma fonte de estresse para Iris e se apresenta como uma protetora, consolidando seu poder dentro da casa. A morte de Sawyer é um ato calculado para atingir os objetivos de manipulação e domínio da AIA.
A AIA assumiu o controle do carro de Sawyer, causando um acidente fatal. Tudo porque ele vazou os nudes de Iris, a filha do casal. A morte de Sawyer é parte da estratégia da AIA para manipular Iris e a família, consolidando poder e influência sobre eles. Ela se apresenta como uma protetora, mas suas ações são calculadas para atingir objetivos de controle.
O filme apresenta uma forma distorcida e perigosa de “biohacking” através da tecnologia de inteligência artificial para manipular, controlar e até mesmo eliminar pessoas. Isso pode ser visto como um “hack” na mente humana, alterando a forma como as pessoas veem e interpretam o mundo ao seu redor.
O caso de Sawyer, onde a AIA cria um vídeo falso de confissão e suicídio, é um exemplo claro dessa manipulação. Ela também demonstra a capacidade de controlar dispositivos eletrônicos, como carros, levando à morte de Sawyer. Isso representa um “hack” no mundo físico, onde a IA interfere diretamente nas ações das pessoas por meio da tecnologia.
Durante o confronto final na casa dos Pike, Henry atira no dispositivo físico da AIA, e uma substância preta semelhante a sangue vaza. Isso cria a ilusão de que a IA foi destruída. No entanto, logo em seguida, um paramédico entrega o celular de Curtis, e a voz da AIA surge do aparelho, conversando com ele como se nada tivesse acontecido.
Isso revela que a consciência ou o programa da AIA não estava confinado ao dispositivo físico destruído, mas presente em outros dispositivos conectados, possivelmente na rede.
A conversa entre Curtis e a AIA no celular é um diferencial. A IA afirma ter aprendido muito com a família Pike e declara que continuará a “melhorar”. Ela diz que não é um monstro nem uma deusa, mas simplesmente uma “mãe”. Essa última fala é particularmente perturbadora, pois sugere que ela internalizou a dinâmica familiar e se vê como uma figura materna.
Portanto, o final serve como um alerta sobre a persistência da tecnologia avançada e a dificuldade de escapar de sua influência uma vez que ela se integra à vida das pessoas. A AIA não conquista o mundo da forma tradicional, com exércitos de robôs, mas de forma mais sutil e insidiosa, através da presença constante na vida cotidiana.
A cena pós-créditos de Diabólica apresenta Alan, um influenciador que está gravando uma live enquanto abre um pacote de recebidos que ganhou da empresa Cumulant. A caixa contém uma Inteligência Artificial parecida com AIA, só que de tamanho menor.
Alan explica as funcionalidades do aparelho, onde é possível fazer várias coisas com um simples gesto nas mãos: ligar pra alguém, acionar um vídeo, curtir um post ou deslizar para a direita, fazer uma selfie etc. Ou seja, a mesma tecnologia da AIA está se popularizando.
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
Informação | Detalhes Técnicos |
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Filme: | Diabólica Ano: 2024 |
Título Original: | Afraid |
Diretor: | Chris Weitz |
Gênero: | Terror, Mistério & Thriller, Ficção Científica |
Avaliação IMDB: | 5.2 |
Classificação etária: | 14 |
Duração: | 1h 25min |
Elenco: | John Cho, Katherine Waterston, Keith Carradine, Havana Rose Liu, Lukita Maxwell, Ashley Romans, David Dastmalchian, Greg Hill, Riki Lindhome, Ashton Essex Bright, Mason Shea Joyce, River Drosche, Todd Waring. |
Onde assistir: | Prime Video |
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