Se você é um habitante do planeta Terra, certamente acompanhou o fenômeno Barbenheimer.
Ambos os filmes ( Barbie e Oppenheimer ) lotaram as salas de cinema e conquistaram recordes simultâneos nesse ano. Pois bem.
Prepare-se, porque Barbenheimer está prestes a dar um giro inesperado e se transformar em um filme de ficção – mais precisamente uma comédia de terror.
O produtor Charles Band, veterano em filmes B, reconhece, é claro, que o novo projeto é uma paródia irônica do recorde que foi “Barbie” e “Oppenheimer”.
Comédia de terror pega carona no meme Barbenheimer
O filme terá um orçamento modesto de cerca de US$ 1 milhão, mas promete nos levar a uma jornada repleta de reviravoltas.
A trama pretende apresentar uma boneca cientista que vive na vibrante Dolltopia, um mundo aparentemente perfeito repleto de festas e praias.
Tudo parece estar seguindo o mesmo caminho do longa estrelado por Margot Robbie até que a protagonista descobre a maneira como as crianças tratam suas bonecas.
É aqui que ela decide tomar uma atitude inusitada: construir uma bomba atômica.
O produtor confirmou que, embora a ideia do filme tenha um forte aspecto de lucro, também é uma oportunidade de diversão e reflexão sobre temas inusitados.
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A tradição dos filmes B
Os filmes B da atualidade têm suas raízes lá na década de 1930, quando os estúdios de cinema, numa tentativa de encher as salas durante a Grande Depressão, começaram a fazer filmes de baixo custo para exibir como dobradinhas.
Esses filmes baratos costumavam ter mais ou menos uma hora de duração, não contavam com nenhum astro importante e abraçavam uma variedade de gêneros, do terror aos faroestes e musicais, cada um com seu estilo único, de acordo com o Turner Classic Movies.
Essa manobra comercial deu um novo fôlego às salas de cinema dos anos 30 e consolidou o filme B como um gênero por direito próprio, evoluindo para incluir pérolas cult como “Festival Rocky de Terror (1975),” “Elvira: A Rainha das Trevas (1988) e “O Mendigo com uma Escopeta” (2011).
As paródias também encontraram seu espaço com o tempo, muitas delas feitas com orçamentos modestos, à moda dos filmes B. A primeira paródia conhecida surgiu uns 30 anos antes da explosão dos filmes B.
Começando com “The Little Train Robbery” (1905), que tirava sarro de “The Great Train Robbery” (1903), usando um elenco inteiramente infantil.
Os fãs de hoje ainda sentem o impacto desse gênero nas telonas, com pérolas como “Sharknado” e “Serpentes a Bordo”, além de sucessos metalinguísticos como “O Segredo da Cabana.“
Apesar do estilo ter perdido um pouco de força, o nascimento de Barbenheimer nos lembra os bons tempos da telona e contribui com uma nova paródia à história do cinema.
Só o tempo dirá se a última criação do Charles Band vai chegar ao nível dos clássicos que a inspiraram, mas os cinéfilos podem esperar uma estreia pra lá de explosiva huahuahua.
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.