Fratura: onde mãe e filha estavam?

Fratura (2019, Netflix), dirigido por Brad Anderson, é um daqueles thrillers psicológicos que prendem o espectador do início ao fim. O filme começa com um cenário simples, mas repleto de possibilidades: um homem, esposa e filha param em um posto de gasolina na estrada.

A partir desse momento, tudo se desenrola de forma imprevisível, e a narrativa conduz o público por um labirinto de dúvidas e teorias. O que realmente aconteceu com a família de Ray? O hospital está escondendo algo? Ou será que o próprio Ray é o maior mistério da trama?

>>> O que você vai ler aqui:

Fratura Final Explicado
O que Ray acha que aconteceu no hospital?
O hospital faz tráfico de órgãos?
O que aconteceu com Peri e Jo em Fratura?
Peri caiu no poço de verdade?
Onde Ray escondeu os corpos?
O que Abby tem a ver com tudo isso?
Como Abby morreu?
Fratura é baseado em uma história real?
Por que Ray matou a família?
Explicação final de Fratura

Fratura Final Explicado

Ray (Sam Worthington) é um viúvo que tem uma segunda chance de felicidade com a segunda esposa Joanne (Lily Rabe) e a filha Peri (Lucy Capri). Ele está dirigindo para casa depois de um jantar de Ação de Graças tenso com a família crítica de Jo.

Peri precisa usar o banheiro, então eles param em um ponto sombrio ao longo de uma rodovia de duas pistas. Ray vai até a loja para comprar pilhas para o tocador de música de Peri. Enquanto ele está fora, um cão selvagem desperta e caminha em direção a Peri.

Aterrorizada, ela recua lentamente — até cair em um poço de construção. Peri cai rápido demais para Ray pegá-la. Joanne e Ray a seguem rapidamente. Mas o que acontece com Peri? Ray parece se dissociar. A realidade se torna desconexa para ele, e assim para o público.

Em um momento, parece que Peri está morta. Então, no próximo, ela está acordada. Essa versão da realidade persiste, e os Monroes vão para o hospital. É o início da investigação.

O que Ray acha que aconteceu no hospital?

O resto do filme é filtrado pela perspectiva não confiável de Ray. No hospital, o Dr. Berthram (Stephen Tobolowsky) recomenda que Peri faça uma tomografia computadorizada para o ferimento na cabeça. Ray diz: “Eu farei qualquer coisa pela minha família”.

Jo e Peri entram em um elevador para o andar inferior do hospital para fazer o exame e não aparecem mais. É quando Ray começa a ficar paranoico. Ele está convencido de que elas desapareceram ou foram capturadas.

Ele relê as interações passadas com a equipe do hospital e imagina uma rede ilegal de extração de órgãos. Aquela enfermeira estranhamente sombria que queria listar Peri para doação de órgãos e os comentários do médico sobre os lindos olhos de Peri reforçaram.

A polícia e um psicólogo se envolvem. É óbvio que ninguém acredita em Ray; na verdade, eles acham que ele assassinou Peri. Mas Ray encontra algumas pistas que corroboram sua percepção: o cachecol de Peri, seu bicho de pelúcia, o cachorro que a empurrou para dentro do poço da construção.

Ray fica desesperado — e assassino. Ele mata um guarda para pegar a chave do elevador e desce para o andar inferior proibido do hospital. O que ele encontra é horrível. Peri está na mesa de operação. Jo está desmaiada. Mas será que são elas mesmo?

Seria um final feliz, se fosse verdade. Não é verdade.

O hospital faz tráfico de órgãos?

Não, o hospital não está vendendo órgãos humanos. A teoria da extração ilegal de órgãos é uma construção da mente de Ray, que está em um estado de profunda confusão mental após um trauma. Ele cria essa narrativa para justificar o desaparecimento de Jo e Peri.

O hospital é uma instalação comum, e os médicos e funcionários apenas tentavam ajudá-lo. Toda a perseguição e conspiração vistas no filme fazem parte da ilusão de Ray, que se recusa a aceitar a verdade sobre suas próprias ações.

O que aconteceu com Peri e Jo em Fratura?

Essencialmente, a primeira hora e meia do filme é uma mentira completa. Como diz o Dr. Berthram, Ray está “profundamente confuso”. Ele criou uma ilusão para ajudá-lo a lidar com a terrível realidade do que aconteceu no posto de gasolina.

Enquanto Ray dirige para longe do hospital no final do filme , a verdade é revelada. Os corpos que Ray tira do hospital são, na verdade, dos garotos do acidente de carro (um ainda está vivo). Os corpos de Peri e Jo estão no porta-malas; elas morreram no começo do filme.

Peri caiu no poço de verdade?

Sim. Peri caiu no poço, bateu a cabeça com o impacto e morreu imediatamente de traumatismo craniano. Ray pulou logo atrás dela e bateu a cabeça também — o que contribuiu para o estado de confusão mental. Jo aparece chorando, ele dá um tapa e ela cai contra um metal e morre na hora.

Onde Ray escondeu os corpos?

Ray colocou os corpos de Jo e Peri no porta-malas e dirigiu até o hospital por causa de um ferimento na cabeça, assim como o Dr. Bertham disse que ele fez. Na primeira cena, uma voz disse: “As duas se foram”, se referindo à primeira esposa e filha recém nascida dele.

Como Abby morreu?

Não é nenhuma surpresa que a mente de Ray esteja em Abby, a primeira esposa. Oito anos atrás, ela morreu em uma colisão frontal — o filme sugere que Ray foi o responsável, pois estava dirigindo bêbado. Com Jo e Peri, ele está tentando fazer as coisas “certas”.

Ele insiste que é um “motorista seguro” na primeira cena. Ele parou de beber. Mas suas tentativas de reconstrução não são suficientes. Ao logo do filme, ele perde a família novamente.

Fratura é baseado em uma história real?

Não. O filme é uma obra de ficção dirigida por Brad Anderson e escrita por Alan B. McElroy. No entanto, a trama se inspira em elementos psicológicos e narrativas paranoicas que já foram exploradas em outros filmes, como Ilha do Medo (Shutter Island, 2010) e O Maquinista (The Machinist, 2004). A ideia central do filme é um tema comum no cinema e na literatura.

Por que Ray matou a família?

Ray matou a esposa, Joanne, e sua filha, Peri, por acidente, em um momento de descontrole. Após Peri cair em um poço de construção e sofrer um grave ferimento na cabeça, Ray, em pânico, desce para tentar ajudá-la. Joanne chega logo depois.

Ao ver a filha ferida, entra em desespero. No meio da tensão, Ray acaba batendo em Joanne, que cai e morre ao bater a cabeça em uma barra de metal. Ray entra em um estado de negação e cria uma narrativa alternativa em sua mente, na qual ele leva Peri e Joanne ao hospital, apenas para descobrir uma conspiração de tráfico de órgãos.

Essa ilusão permite que ele se veja como um herói tentando salvar sua família, em vez de aceitar que foi o responsável por suas mortes. Ao longo do filme, pequenas pistas sugerem que Ray já tinha um histórico de trauma e culpa, especialmente relacionado à morte de sua primeira esposa, Abby, em um acidente de carro.

Explicação final de Fratura

Fratura (2019) é um thriller psicológico que nos coloca na perspectiva de Ray Monroe (Sam Worthington), um homem que leva sua esposa, Joanne (Lily Rabe), e sua filha, Peri (Lucy Capri), ao hospital após um acidente. No local, Peri precisa fazer exames, e Joanne a acompanha, mas depois disso, elas simplesmente desaparecem.

Desesperado, Ray tenta encontrar a família, mas os funcionários do hospital afirmam que elas nunca estiveram ali. Aos poucos, o filme nos faz questionar se ele está certo ou se está apenas paranoico, enquanto Ray mergulha cada vez mais em uma teoria conspiratória sobre o hospital estar envolvido em tráfico de órgãos.

No entanto, a grande reviravolta é que toda a trama foi distorcida pela mente de Ray. Na verdade, Peri morreu ao cair em um buraco no posto de gasolina, e Joanne, ao tentar ajudar, acabou sendo acidentalmente morta por ele. Incapaz de lidar com a realidade, Ray criou uma versão alternativa dos eventos, onde o hospital seria o vilão e ele o herói.

Isso deixa claro que Ray sofreu um colapso psicológico e que sua mente distorceu os acontecimentos para protegê-lo da culpa. Sua primeira esposa já havia morrido em um acidente de carro anos antes, por culpa dele, e agora, ele repete a tragédia de forma ainda pior.

O filme termina com Ray dirigindo satisfeito, acreditando que salvou a família, enquanto o espectador encara a dura realidade: ele não é um herói injustiçado, mas sim um homem que perdeu tudo e se agarrou a uma mentira para suportar a dor.

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Por Monique Gomes

Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.

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