Dual (2022, Netflix) é uma mistura de ficção científica e humor ácido, com roteiro e direção de Riley Stearns e estrelado por Karen Gillan. A história se passa em uma realidade onde pessoas à beira da morte podem criar clones de si mesmas para treiná-los a assumir suas vidas.
O objetivo? Quando a pessoa original morre, o clone continua a vida. Estranho, né? A propaganda da empresa responsável promete: “Você vai poupar sua família da dor do luto.” Então, vamos ao enredo e ao desfecho de Dual — com spoilers!
>>> O que você vai ler aqui:
- Dual Final Explicado
- Qual a diferença entre Sarah e o clone?
- Por que Peter prefere o clone de Sarah?
- Como é a relação de Sarah com a mãe?
- Por que Sarah decide lutar em vez de aceitar a substituição?
Dual Final Explicado

Sarah (Gillan) vive uma rotina desolada, imersa em uma existência vazia e desprovida de significado. O namorado parece que está começando a se desinteressar por ela, enquanto a mãe se importa até demais com tudo.
Presa em um ciclo monótono, a bonita trabalha em um emprego sem perspectiva, mantém conversas superficiais com o namorado e se afoga em álcool até cair no sono. Um dia, porém, sua vida vira de cabeça para baixo quando acorda em uma poça do próprio sangue.
A visita ao hospital traz más notícias: Sarah está morrendo. Em uma reviravolta cômica, ela descobre que tem uma chance minúscula de 2% de sobreviver. Seguindo o conselho de uma empresa de tecnologia, Sarah decide adquirir um clone e a insere na rotina.
Qual a diferença entre Sarah e o clone?
A Sarah original é retratada como uma mulher desiludida, que vive uma vida monótona e sem propósito definido. Ela enfrenta problemas de autoestima e parece desconectada das pessoas ao seu redor, incluindo o namorado e a mãe.
Por outro lado, o clone de Sarah, conhecida como “Cópia de Sarah”, embora tenha sido criada para replicar a original, desenvolve traços distintos. Ela demonstra uma atitude mais positiva e enérgica, é mais receptiva às sugestões do namorado e atenciosa com a mãe.
Além disso, a Cópia parece mais disposta a enfrentar desafios, enquanto a verdadeira tende a evitar confrontos e mudanças. Essa diferença é notável no desenvolvimento da trama, especialmente quando as duas são obrigadas a duelar pela sobrevivência.
Por que Peter prefere o clone de Sarah?
O relacionamento entre Peter e Sarah já mostrava sinais de fragilidade. Ao longo do filme, vemos que Sarah também sente que ele está distante. O clone, por sua vez, surge sem o histórico de problemas na relação, oferecendo a Peter uma chance de começar “do zero”.
Além de tudo isso, ele fica encantado com as mudanças de comportamento no clone: ela é mais atenciosa, gosta de sair, é vaidosa: gosta de se arrumar e se maquiar. Tudo indica que ele viu nela uma versão mais “perfeita” ou compatível com o que queria de uma mulher.
Como é a relação de Sarah com a mãe?
A mãe tende a idealizar o clone de Sarah, vendo nele uma versão “melhor” e mais funcional da filha original. Essa idealização reflete sua busca por estabilidade e satisfação emocional, mesmo que isso signifique rejeitar a verdadeira Sarah.
Ao longo da narrativa, a mãe começa a aceitar o clone de Sarah como uma figura substituta. Esse processo é simbólico da forma como a sociedade pode se apegar a versões idealizadas das pessoas, abandonando as complexidades e as realidades da vida.
Por que Sarah decide lutar em vez de aceitar a substituição?
Sarah inicialmente aceita a substituição porque ela está desiludida com a vida e sua doença terminal. No entanto, quando a remissão acontece e ela tem a oportunidade de viver, percebe que não quer perder sua identidade e lugar no mundo. O duelo simboliza a luta pela sobrevivência e autovalorização, temas que vão além da competição com o clone.
Dual é uma crítica à desvalorização da individualidade?
Sim, “Dual” pode ser visto como uma crítica ao desejo de controlar e “melhorar” a vida humana através da tecnologia. A clonagem é apresentada como uma solução simplista e superficial para problemas emocionais e existenciais, mas no final, o filme sugere que a verdadeira essência de uma pessoa não pode ser duplicada. A luta entre Sarah e o clone mostra a resistência da original em ser substituída, levantando questões sobre o valor da individualidade e da experiência humana única.
A Sarah que sobrevive está feliz?
O filme sugere que vencer o duelo não traz a satisfação esperada. Isso pode ser interpretado como uma reflexão sobre a futilidade de lutar pela sobrevivência se a essência de quem você é foi comprometida ou diluída. A batalha pode ter sido vencida, mas o verdadeiro objetivo — encontrar um sentido de pertencimento e propósito — permanece insatisfeito.
Explicação final de Dual
A Sarah original e o clone são obrigadas a lutar até a morte, conforme a lei estabelecida no universo do filme, para determinar qual delas continuará existindo. O filme leva os espectadores a acreditar que essa batalha seria a resolução final para o conflito entre as duas.
Porém, vemos que as duas aparentemente entram em um pacto. Em vez de lutar até a morte, elas optam por fugir da batalha juntas. Elas compartilham um momento no carro, e o clone envenena uma garrafa de água, oferecendo-a à Sarah original. A cena é desconfortante e tensa, e então corta abruptamente, sem mostrar explicitamente o que acontece em seguida.
Na sequência, vemos apenas a clone viva, aparentemente assumindo a vida da original. Ela segue com as atividades da vida de Sarah, vivendo como se fosse a Sarah original — inclusive com Peter e a mãe. A implicação é que a Sarah original foi envenenada e morreu. Porém, o filme nunca mostra o corpo de Sarah original, o que deixa em aberto a possibilidade de outra explicação.
Dual: quem sobrevive?
A teoria dominante: O clone de Sarah envenenou a Sarah original, como sugerido durante a cena no carro. Isso explicaria por que apenas a clone continua vivendo. A morte da Sarah original, embora implícita, não é mostrada, mas parece ser o caminho mais direto que o filme sugere. O clone, que começou a ganhar uma identidade própria e percebeu que queria viver, acaba derrotando Sarah, não com violência física, mas com uma estratégia psicológica.
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| Informação | Detalhes Técnicos |
|---|---|
| Filme: | Dual Ano: 2022 |
| Título Original: | Dual |
| Diretor: | Riley Stearns |
| Gênero: | Ficção Científica, Comédia, Drama |
| Avaliação IMDB: | – |
| Classificação etária: | 16 |
| Duração: | 1h 35min |
| Elenco: | Karen Gillan, Aaron Paul, Beulah Koale, Theo James, Elina Jackson, Maija Paunio, Rea Lest-Liik. |
| Onde assistir: | Netflix |
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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