Se você ainda não a conhece prepare-se para se apaixonar por Mary Dinkle, uma menininha de 8 anos que vive nos subúrbios de Melbourne, na Austrália, no ano 1976.
Sob os cuidados de um pai ausente e de uma mãe alcoólatra, a garotinha solitária de Mary and Max se corresponde por carta com Max, um homem de 44 anos que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York.
É o início de uma linda e duradoura amizade que tem como destaque a ingenuidade de ambos. Ela, curiosa para saber como nascem os bebês. Ele, com as limitações por ser diferente.
O impacto de Mary and Max
É baseado em uma história real e foi estreado em 2009. Produzido com massinha de modelar, é praticamente todo narrado.
Temas como amizade, autismo, alcoolismo, suicídio, ansiedade, obesidade, cleptomania, diferença sexual, confiança, perdão e diferenças religiosas são abordados nessa animação. Sim, é programa pra gente grande.
A fotografia do filme utiliza apenas duas cores predominantes: o marrom, para o mundo de Mary – sua cor favorita – e o cinza, para o universo de Max, refletindo tudo que ele considerava caótico.
Curioso é que os objetos que simbolizam a amizade deles contrastam com o cenário porque são os únicos que aparecem coloridos, como o autorretrato de Mary que foi presenteado ao amigo e o pompom vermelho que Max usava em cima do quipá.
Síndrome de Asperger, um dos temas do filme
É um assunto que muitos ficam com medo de se envolver, principalmente por falta de conhecimento: Asperger.
Infelizmente, tornou-se um assunto quase ‘tabu’. Mary & Max’ não se desculpa em suas representações da vida de Max com Asperger, e deve ser aplaudido por simplesmente tornar isso um fato.
Max considera isso um aspecto de quem ele é.
É uma representação honesta e tragicamente leva aos eventuais problemas de Max com saúde mental, problemas sociais e eventual colapso na depressão.
Mary and Max não é fácil de assistir, pode ser desagradável, mas o fato é que, apesar de sua natureza animada, esta é talvez uma das peças corpóreas mais acessíveis do cinema para a saúde mental cotidiana.
Phillip Seymour Hoffman oferece grande parte da caracterização de Max, reforçando a caricatura das esculturas de Darren Bell.
Há uma franqueza, uma honestidade inocente e não filtrada em como Hoffman interpreta o papel, o que é preciso para um personagem que vive com Asperger, que não vê defeito em como ele fala ou interage com as pessoas, apesar de seus abusos e repreensões.
Onde assistir Mary And Max
No momento, o filme não está disponível em nenhum streaming, mas talvez você o encontre no Youtube.
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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