Poesia extraída do 'Livro Estranho', uma homenagem póstuma organizada por Mozar Cunha Freire
Quem viveu a infância na zona rural, deve se lembrar do Carro de Boi, um dos principais meios de transporte em sítios e fazendas. A poesia a seguir é de autoria do ubajarense Oscar Magalhães.
Que saudade sem fim! Quanta harmonia eu sinto, eu ouço, pela estrada, quando passas cantando a tua nostalgia, velho carro de boi, lento, rodando...
Sofres, bem sei, mas cantas... na ironia suprema desse canto que, vibrando, vais pela tarde sepulcral, vazia, ocultas teu presente miserando.
E ao ver-te, assim, cantando, a galharia, a mata secular queda evocando em cada nota solta uma alegria!
Canta mais... Canta sempre que eu galgando a montanha da vida atra e sombria arraste a minha cruz também cantando...
O poeta Oscar de Oliveira Magalhães nasceu em Ubajara (ano 1901). Filho de Esmerino Magalhães Francisca Máxima M, irmão do jornalista Raimundo Magalhães e tio de Raimundo M. Júnior, membro da ABL.
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