Há muitas formas de um misógino atacar, desde insultar e ridicularizar a aparência da vítima até o uso da violência física como instrumento de controle.
A misoginia pode ser implícita ou explícita e está presente em todas as camadas da sociedade, independentemente de religião, raça, etnia, nacionalidade ou classe social.
É importante observar que o risco de feminicídio é maior para mulheres LBTQIA+, mulheres com deficiência, mulheres negras e indígenas.
Os dados também apontam que as mulheres que vivem em países com maior desigualdade de gênero e menos representantes femininas no governo são mais afetadas.
Mas, independentemente de qualquer coisa, todos os feminicídios têm algo em comum: a misoginia.
Em alguns casos, a misoginia é difícil de detectar e mais ainda quando se trata de relacionamentos ou amizades.
Confira os sinais para saber identificar um misógino:
O ódio do misógino pelas mulheres anda de mãos dadas com a obsessão por elas. Ele é predatório, simplifica as mulheres em objetos, troféus, coisas para colecionar.
Essa natureza significa que uma vez que escolhe um alvo, vai persegui-lo, cortejá-lo. Será charmoso, espirituoso, irresistível até. Quando você menos perceber, a fila vai andar pra coleção continuar.
Um minuto, um namorado perfeito. No minuto seguinte: agressivo, rude, mesquinho e destrutivo.
O comportamento de pavio curto aponta para o fato de que ele está jogando. O misógino, ironicamente, precisa das mulheres para validar complexos, definir valores próprios e se expressar.
Ele vê a mulher como objeto cujo trabalho é agradar esteticamente aos homens. Quando ela “falha” nesse trabalho, fica ofendido com sua incapacidade em agradar a seus olhos.
Ele gosta de avaliar a mulher em uma escala de um a dez e menciona as que acha pouco atraentes com termos humilhantes.
O misógino sutil controla o que você veste, a maneira como você faz o cabelo e a maquiagem. Isso é diferente de expressar uma preferência — o que é saudável nos relacionamentos.
Esse cara vai mandar você de volta para casa para se trocar se não gostar do que você está vestindo. Isso se estende a hábitos alimentares, hobbies, amigos e contato com a família. Quanto mais isolado você estiver, mais controle ele tem.
Se ele tem visões sexistas desatualizadas sobre quais papéis as mulheres devem desempenhar na sociedade e na força de trabalho, isso é sinal de misoginia.
Você saberá que é um misógino se ele não acreditar em salários iguais para cargos iguais ou ser preconceituoso com mulheres no local de trabalho.
Ele acredita que os homens devem estar em posições de poder e se sente desconfortável com mulheres bem-sucedidas.
Mesmo que não diga isso abertamente, fica mais confortável quando você ganha menos dinheiro, tem menos poder e menos sucesso que ele.
Para fazer você se sentir inferior e diminuir seu poder, ele pode dizer que seus seios não são grandes o suficiente, sua cintura deveria ser menor, suas coxas são gordas, seu nariz é muito exagerado.
Faz você se sentir mal com sua aparência e pode até sugerir uma cirurgia plástica.
Um narcisista sexual se sente no direito de ter as necessidades sexuais atendidas. Ele tem uma visão egocêntrica do sexo e tende a não ser bom na intimidade emocional.
Superestima a própria habilidade na cama porque não está muito sintonizado com você — mas sempre espera receber elogios pelo desempenho na cama.
Quando um misógino realmente se compromete a estar em um relacionamento monogâmico, engana as mulheres porque se sente no direito de fazer sexo com quem quiser.
Há quem acredite que esse homem tem muito medo de se apegar a uma mulher e perder o poder que acredita ter.
Esse é um conceito psicológico criado por Sigmund Freud. Homens que têm esse complexo veem as mulheres em termos de preto e branco. Ou são santas e puras ou são sujas, degradadas e o “arquétipo da prostituta”.
Os homens que lutam contra isso são incapazes de fazer sexo com uma mulher que consideram “para casar”.
Não importa o quão charmoso e sedutor um misógino possa ser no começo, quando se trata de fazer amor, eles são terríveis. Ou seja, sexo para um misógino é unilateral.
Você, como mulher, está ali para atender às necessidades dele, para lhe dar prazer e nada mais. O desempenho dele é ruim, não há preliminares e ele não se importa com o seu prazer.
Se seus sucessos perturbam um homem, há uma chance de ele ser um misógino. Afinal, ele não consegue lidar com a ideia de uma mulher ser melhor que ele.
Em outras palavras, ele não acredita que nenhuma mulher seja digna de qualquer tipo de sucesso. Eles são inerentemente inferiores aos homens e inferiores a ele.
Insinuar qualquer outra coisa é uma ameaça direta à sua masculinidade.
Um misógino procura oportunidades para colocar as mulheres “em seu lugar”.
Ele tem uma grande variedade de verbetes que pode usar para insultar as mulheres, degradá-las, fazê-las se sentirem mal e, assim, se sentir mais macho.
Nenhuma mulher está a salvo de suas generalizações e conversas inúteis, a menos que seja uma “santa” aos olhos dele.
Se o feminicídio é um problema tão recorrente, por que os agressores continuam impunes? Uma questão importante é a falta de dados.
Ainda não existe uma forma consistente e padronizada de registrar crimes de região para região. Em muitos casos, a violência de gênero não é denunciada.
Outro revés é que na maioria dos países, o feminicídio não é reconhecido como um crime diferente do homicídio.
A socióloga Diana Russell, que criou o termo ‘feminicídio’ na década de 1970, argumenta que “rotular a forma mais extrema de violência contra a mulher é essencial para combatê-la”.
Educar meninos e meninas é fundamental para acabar com a violência contra as mulheres e desenvolver uma sociedade igualitária.
Afinal, o comportamento misógino tem consequências graves para todas as pessoas, incluindo mulheres, homens e a sociedade de modo geral.
Por que os homens fogem do amor?
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
Publicar comentário