Imagine que você está andando normalmente no centro da cidade e pah… topa com a figura de Adolph Hitler. Qual a sua reação? Medo? Pânico? Estranheza? Ou faria uma selfie com ele? (Credo!!). Estava eu fuçando o acervo do Netflix quando me deparei com um título curioso:
Filme satiriza Adolph Hitler
A capa estampa os traços mais marcantes da fisionomia de Hitler: cabelo e bigode. O filme é uma comédia alemã baseada no livro de mesmo nome, do escritor Timur Vermes.
Oliver Masucci encarna o ditador, que ressurge misteriosamente em Berlim no ano 2014. No entanto, as únicas lembranças que tem é de uma Alemanha de 1945. Seu primeiro contato é com um grupo de garotos que jogava futebol ali perto, a quem ele chamou de “jovens hitleristas”.
Por que os garotos não fizeram a saudação alemã? Ficou desapontado! Ainda meio atordoado, encontrou abrigo em uma banca de revistas e ao ler os jornais descobriu que estava no século XXI.
A capacidade de se comunicar com multidões sempre foi uma habilidade que ele usava para pregar suas ideias, por isso decepção mesmo foi quando encontrou um aparelho de televisão moderno.
O canal exibia um programa de culinária. “Inacreditável! Haviam desenvolvido uma tecnologia tão avançada e a utilizavam para supervisionar um cozinheiro ridículo? ”, pensou.
Fez uma tentativa de ligar o rádio, mas não havia rádio ali.
“Se até naquele alojamento humilde não havia rádio, e só um aparelho de televisão, então era inevitável concluir que o aparelho de televisão tornou-se o mais importante dos dois meios de comunicação”, concluiu.
Humor nonsense, porém ácido
O humor ácido do filme começa quando Hitler sai pelas ruas de Berlim. A reação das pessoas é um misto de felicidade e pavor. Uma cena hilária mostra o “Führer” sentado diante de uma tela de pano, pintando a fisionomia das pessoas para ganhar um trocado.
Ao ser descoberto por um canal de televisão, Hitler é convidado para apresentar um programa que alcançará recordes de audiência e será o assunto mais falado nas redes sociais.
‘Ele está de volta’ não é apenas uma obra de ficção para fazer a gente dar risada. É também um filme para pensar no FALSO MORALISMO dos hipócritas que estão bem perto de nós.
Gente que, em nome do “combate à corrupção”, dissemina o ódio e a intolerância. Está sempre em busca de um herói capaz de resolver todos os problemas em nome da religião, da moral e dos bons costumes.
Leia também: Ele está de volta
Ele está de volta é uma sátira mordaz sobre a sociedade contemporânea governada pela mídia. Uma história bizarramente inteligente, bizarramente engraçada e bizarramente plausível contada pela perspectiva de um personagem repulsivo, carismático e até mesmo ridículo, mas indiscutivelmente marcante.
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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