Talvez você não esteja lendo tanto quanto gostaria e queira se encorajar a pegar um livro com mais frequência. Foi o que aconteceu comigo. Então me inscrevi na 3ª edição do Clube do Livro Gabriela Prioli e Leandro Karnal.
É um grupo restrito a assinantes que dá direito a um aulão virtual e uma live tira-dúvidas por cada livro lido. Além deste, existem outros clubes muito bons no Telegram — e gratuitos. Basta fazer uma busca que você acha fácil.
Como funciona o Clube do Livro Gabriela Prioli?

No grupo de leitura tradicional, as pessoas se encontram pessoalmente em intervalos regulares – geralmente a cada mês – para discutir um livro específico.
Com a praticidade da internet, muitos clubes de leitura acontecem no formato virtual com uma agenda definida de leitura e rodas de conversa.
O Clube do Livro do Leandro Karnal e Gabriela Prioli tem um agenda fixa de encontros que você recebe quando se cadastra. As aulas ficam gravadas, então podem ser acessadas em tempo real ou depois.
Atualmente o clube está na 5ª edição, confira a lista completa de acordo com o ano.
5ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli
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4ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli
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3ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli
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2ª edição – Lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli
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1ª edição – lista de livros do Clube do Livro Gabriela Prioli
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Resenha de alguns livros que li no Clube do Livro Prioli e Karnal
Confira uma breve descrição de três livros da terceira edição do Clube que gostei bastante.
A Mente Moralista
Tenho me esforçado a não rir das ações humanas, nem chorar por elas, nem odiá-las, apenas entendê-las. Baruch Spinoza, 1676
Essa frase ilustra a introdução do livro A Mente Moralista, de Jonathan Haidt. Achei extremamente simbólico. Primeiro porque Spinoza é meu filósofo favorito.
Segundo porque é exatamente assim que eu me sinto nesse momento da vida: tentando entender as ações humanas da maneira mais imparcial possível.
O livro chega nesse momento em que as relações estão cada vez mais tensas. Mais e mais pessoas estão apelando para a polêmica de nós contra eles, e a distância entre elas se torna maior e mais hostil.
O autor aborda essa divisão com calma racionalidade e um desejo genuíno de aprender sobre o que causa essa divisão, perguntando de onde nossa moralidade pode se originar e o que pode nos tornar incapazes de ver o outro ponto de vista.
A religião, diz Haidt, é um “esporte de equipe”. Em uma das muitas imagens impressionantes do livro, ele sugere que:
“tentar entender a persistência e a paixão da religião estudando as crenças sobre Deus é como tentar entender a persistência e a paixão do futebol estudando o movimento da bola”.
Galileu e os Negadores da Ciência
Aqui, o astrofísico Mario Livio explora a vida do cientista renascentista Galileu Galilei e o destino sombrio nas mãos da Igreja Católica. Nascido em 1564, Galileu começou cedo na matemática. Os pais queriam que ele se tornasse médico.
Em vez disso, foi professor de matemática mal pago na Universidade de Pisa e lá iniciou os experimentos. O autor relata os esforços do cientista para sustentar sua família e explorar as afirmações de Copérnico de que a Terra girava em torno do sol, em vez do contrário.
Acusado de sustentar teorias “falsas e contrárias ao divino e à Sagrada Escritura”, foi condenado por heresia e forçado a desmentir suas descobertas, passando seus últimos anos em prisão domiciliar.
Ironicamente, ele era um crente fiel que não estava fazendo nenhuma tentativa de minar ou discordar dos ensinamentos da igreja. O autor faz um paralelo entre os negadores das descobertas científicas de Galileu os negacionistas atuais.
Algoritmos da destruição em massa
Talvez você já tenha ouvido falar de big data e como os algoritmos que usam esses dados estão fornecendo novos insights sobre padrões de consumo, política e plataformas de mídia social. De fato, os algoritmos estão em toda parte: eles orientam nossos feeds e peneiram os anúncios que vemos.
A principal premissa da autora é que muitos algoritmos não são inerentemente justos apenas porque têm uma base matemática. Em vez disso, eles equivalem a opiniões embutidas em código.
O livro inclui uma série convincente de estudos de caso que demonstram como as armas de destruição em massa podem surgir como resultado da aplicação de tecnologias de big data à vida cotidiana.
Exemplos:
- algoritmos usados por juízes para tomar decisões de sentença com base nas taxas de reincidência;
- algoritmos que filtram candidatos a empregos de salário mínimo;
- algoritmos de micro segmentação usados na política que personalizam mensagens para eleitores individuais;
- algoritmos para avaliar o desempenho do professor com base nas pontuações dos testes padronizados dos alunos;
- algoritmos que usam dados demográficos para determinar anúncios online, julgar nossa credibilidade, etc.
Aqui está como O’Neil caracteriza as armas de destruição em massa no livro:
“Os aplicativos baseados em matemática que impulsionam a economia de dados foram baseados em escolhas feitas por seres humanos falíveis. Algumas dessas escolhas foram, sem dúvida, feitas com as melhores intenções. No entanto, muitos desses modelos codificaram preconceitos humanos e mal-entendidos nos sistemas de software que cada vez mais administravam nossas vidas. Como deuses, esses modelos matemáticos eram opacos, seu funcionamento invisível para todos, exceto para os mais altos sacerdotes em seus domínios: matemáticos e cientistas da computação. Seus veredictos, mesmo quando errados ou prejudiciais, eram indiscutíveis ou apelativos. Eles tendiam a punir os pobres e oprimidos em nossa sociedade, enquanto tornavam os ricos mais ricos.”
Lembre-se: mesmo que você não pretenda assinar o Clube do Livro Gabriela Prioli e Leandro Karnal, essa lista de livros é uma ótima recomendação de leitura ou opções para presentear.
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Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.
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