Quem ousaria pensar em ver o renomado diretor Wes Anderson na Netflix? Ele presenteou os fãs com quatro novos curtas-metragens, todos adaptações de contos do aclamado escritor Roald Dahl.
Os quatro curtas compartilham características inconfundíveis do estilo autêntico de Anderson. Eles foram todos cuidadosamente filmados em filme 16mm e editados com uma paleta de cores intrigante.
Embora o próprio cineasta afirme não ter uma estética definida, o que é discutível, é inegável que recorre a certos elementos criativos de forma consistente, os quais podem ser observados nos trabalhos a seguir.
4 Curtas de Wes Anderson na Netflix
Confira a sinopse de cada curta-metragem.
A Maravilhosa História de Henry Sugar (39 minutos)
Prepare-se para mergulhar na incrível jornada de Henry Sugar, uma história que combina luxo, mistério e uma dose generosa de imaginação.
Somos levados a conhecer a história de um enigmático paciente que vê sem usar os olhos, interpretado por ninguém menos que Ben Kingsley, sob a perspectiva de seus médicos, Dev Patel e Richard Ayoade.
A segunda parte nos apresenta o próprio Henry Sugar, interpretado com maestria por Benedict Cumberbatch, enquanto decide usar o conhecimento adquirido para arrecadar dinheiro.
O curta-metragem é uma intrigante mistura de live-action e stop-motion, com cenários cuidadosamente construídos que nos mantêm cativados.
O narrador, frequentemente olhando por cima do ombro enquanto tece a história, nos leva por uma série de reviravoltas emocionantes.
O Cisne (17 minutos)
Você sabia que “O Cisne”, uma das histórias cativantes de Wes Anderson, tem raízes na realidade?
Roald Dahl, o mestre das narrativas peculiares, encontrou inspiração em um artigo de jornal e guardou o recorte por mais de trinta anos antes de decidir trazê-lo à vida nas páginas do livro.
Os personagens que povoam “O Cisne” são igualmente cativantes, com destaque para um jovem chamado Peter Watson, que enfrenta as agruras de um valentão chamado Ernie.
A trama oscila entre os momentos de infância de Peter, quando ele era conhecido como Asa Jennings, e a narração de sua história como adulto, interpretado brilhantemente por Rupert Friend.
Em grande parte, o filme é conduzido pelo monólogo, o que pode desafiar os espectadores em partes sem elementos visuais para orientá-los.
O Caçador de Ratos (17 minutos)
A terceira história tem o impacto emocional mais suave dos quatro curtas, embora isso não a torne menos intrigante. É narrada por um jornalista (Richard Ayoade).
É sobre um caçador de ratos com aparência de rato, com unhas afiadas, íris pretas e incisivos pontiagudos e amarelos.
Parte do texto foca em sua metodologia e ações estranhas, como permitir que seu furão de estimação persiga e mate um roedor dentro de sua camisa.
Mas a maioria dessas criaturas é invisível, assim como os adereços letais do Homem dos Ratos.
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Veneno (17 minutos)
A trama apresenta um cavalheiro chamado Woods, interpretado por Dev Patel, que chega à sombria casa do amigo Harry, vivido por Benedict Cumberbatch, em uma noite silenciosa.
Ao adentrar a residência, Woods depara-se com uma cena de morte perturbadora: Harry está deitado de costas em sua cama, com um livro aberto sobre o peito.
Ele sussurra para Woods que este deve remover os sapatos e permanecer o mais imóvel possível. A razão para tanta precaução? Uma krait, uma cobra listrada nativa da Ásia e extremamente venenosa.
Para adicionar ainda mais tensão à situação, Harry está lutando para conter a irresistível vontade de tossir.
A situação se torna ainda mais angustiante quando Woods chama o Dr. Ganderbai, interpretado por Ben Kingsley, em busca de ajuda. A combinação de elementos de suspense e o perigo iminente da cobra fazem deste curta uma experiência intensa e emocionante.
Por Monique Gomes
Empreendedora digital, copywriter,
analista de SEO on-page, gestora de tráfego.