Políticos do sexo masculino e feminino devem trabalhar juntos para resolver o máximo de problemas. Para construir democracias fortes e sustentáveis, as mulheres devem ser encorajadas, empoderadas e apoiadas para se tornarem líderes políticas e comunitárias fortes.
O Brasil registrou mais de 66.000 casos de violência sexual em 2018. Isso representa mais de 180 estupros por dia. Entre as vítimas, 54% tinham menos de 13 anos. Os números estão aumentando.
Quem pode sentir essa dor e querer mudar essa realidade se não as próprias mulheres?
A violência contra a mulher não é só física. A Lei Maria da Penha, de 2006, classifica os tipos de abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência física, violência moral (calúnia, difamação ou injúria) e violência psicológica, como:
Apesar de as mulheres constituírem metade da população mundial, representam menos de 1/4 dos membros dos parlamentos nacionais em todo o mundo. Sem contar que na política e nos negócios elas ainda precisam navegar em sistemas que foram projetados e mantidos por homens durante séculos.
Os direitos humanos básicos incluem os direitos políticos de mulheres e homens. A participação equitativa das mulheres na política e em todos os cargos de tomada de decisão é essencial para construir e sustentar uma democracia.
Em uma democracia justa, os interesses dos cidadãos devem ser ouvidos, deliberados e legislados. A voz das mulheres deve ser ouvida e considerada no processo democrático para uma melhor representação do público.
Infelizmente, as líderes femininas costumam ser tratadas com mais severidade na mídia com base em sua aparência. Muitas vezes são levadas menos a sério por seus pares.
A cota da participação feminina nas eleições está sendo usada ilegalmente por corruptos que querem se aproveitar da verba destinada aos partidos. Quem mais pode mudar isso se não as próprias mulheres?
A extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos criado em 2015 chamam a atenção para as dificuldades em se falar sobre determinados assuntos na agenda do atual governo.
Infelizmente, o novo Ministério da Mulher faz o que nenhum governo deveria fazer: misturar crenças pseudoreligiosas com políticas públicas. Nesse cenário, a comunidade LGBTQI+ é a mais prejudicada.
Uma pesquisa feita na Índia descobriu que o número de projetos de água potável em áreas com conselhos liderados por mulheres era 62% maior do que aos dos conselhos liderados por homens. Além disso, a maior participação feminina não só aumentou o fornecimento de bens públicos, mas também reduziu os níveis de corrupção.
“As mulheres só conseguirão empoderamento na política
se houver reservas para elas na política.
Para superar as barreiras sociais,
as vozes e raízes das mulheres
devem ser ativadas e ouvidas na política”.
Naema Ali Abdullah
Precisamos levar a sério o empoderamento das mulheres, principalmente as meninas, para aprender, liderar, decidir e prosperar. O desenvolvimento da capacidade de liderança ajuda a criar uma geração capaz de promover mudanças futuras.
Não devemos perder de vista o fato de que as meninas têm direitos iguais aos dos meninos para liderar. É importante apoiá-los para que falem por si próprios, tomem decisões sobre suas vidas e assumam as posições de poder a que têm direito.
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